Avaliação do estado nutricional e prevalencia de anemia de crianças de creches da regional leste de Belo Horizonte, MG
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/ECJS-77NK23 |
Resumo: | O presente trabalho determinou a prevalência de anemia e o estado nutricional e avaliou os fatores de risco para o déficit nutricional em crianças atendidas em período integral em creches. Foram avaliadas 402 crianças de 7 a 74 meses, atendidas em 25 creches da região leste de Belo Horizonte, sendo vinte três conveniadas e duas administradas pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. A dosagem de hemoglobina foi obtida por sangue capilar colhido em microcuvetas descartáveis e verificado em hemoglobinômetro portátil, marca HemoCue, expresso em gramas por decilitro. Foram consideradas como anêmicas as crianças com hemoglobina < 11,0 g/dL para a faixa etária entre 6 e 59 meses, e aquelas com idade > 60 meses, valores < 11,5 g/dL. Paradefinição da magnitude da anemia, utilizou-se as seguintes categorias: anemia grave (Hemoglobina < 7,0 g/dL); anemia moderada (hemoglobina entre 7,0 e 9,0 g/dL) e anemia leve ( hemoglobina > que 9,0 g/dL e < 11,0 g/dL). Medidas de peso e estatura foram coletados e expressos em escore-Z, utilizando os índices antropométricospeso/idade, estatura/idade e peso/estatura, categorizados em três intervalos: menor do que - 2 (desnutrição), de - 2 a valores inferiores a - 1 (risco nutricional) e maior ou igual a - 1. Para análise dos fatores de risco para o déficit nutricional, considerou-se valores de escore-Z inferiores a -1. Foram realizadas entrevistas por meio de questionários, com os pais ou responsáveis pelas crianças, para obtenção de dados socioeconômicos e informações sobre as crianças. O tempo de creche foi calculado pela diferença entre a data da avaliação e a data de ingresso da criança na creche. Para determinação da prevalência de anemia e do estado nutricional foram avaliadas 402 crianças, com média de idade de 45,4±16,2 meses. A prevalência de anemia global foi de 28,8%, sendo 80,0% na faixa etária < 12 meses, 70,3% entre 12 a 24 meses, 32,0% entre 24 e 36 meses, 21,8% entre 36 e 48 meses, 21,3% entre 48 e 60 meses e 22,2% nas crianças entre 60 e 74 meses. As médias de hemoglobina aumentaram com o aumento da idade, sendo que, entre as crianças menores de 24 meses, os valores foram abaixo do ponto de corte para anemia. A prevalência de desnutrição (< -2 escore-Z) foi 5% e 5,5% para os índices peso/estatura e peso/idade, respectivamente. A prevalência de baixa estatura foi de 4,2%. A anemia associou-se com a idade e o déficit de estatura (p< 0,05). Uma subamostra de 312 crianças menores de 60 meses foi considerada para determinação dos fatores de risco para déficit nutricional, sendo 51,9% do sexo masculino, a maior parte das crianças tinha mais de 48 meses (56,4%), 30,1% tinha entre 24 e 48 meses e 13,5% com idade 24 meses. A prevalência de desnutrição, segundo o índice peso/idade epeso/estatura, foi de 5,1% e 4,5%, respectivamente. A baixa estatura para a idade foi encontrada em 3,8% das crianças. Em relação ao risco nutricional encontrou-se maior freqüência para altura/estatura (18,3%), seguida do peso/idade (16,3%) e peso/estatura (12,2%). As variáveis que se relacionaram significantemente com o déficit nutricional foram: o baixo peso ao nascer, a baixa escolaridade paterna ( 1° grau completo) e a baixa renda per capita (< 135,5 reais). Nas crianças atendidas em creches da regional leste de Belo Horizonte a anemia carencial foi considerada moderado problema de saúde pública, sendo de maior magnitude em crianças menores de 24 meses. Em relação ao estado nutricional das crianças, os déficits nutricionais encontrados são acima do esperado considerando os valores de referência recomendados. Embora a forma aguda da desnutrição predominou, deve-se destacar também o elevado índice de risco da forma crônica (estatura/idade). |
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Joel Alves LamounierSylvia do Carmo Castro FranceschiniRocksane de Carvalho NortonVirginia Resende Silva WeffortMarcelo Eustaquio SilvaElizabet Vilar GuimaraesDaniela da Silva Rocha2019-08-09T14:47:38Z2019-08-09T14:47:38Z2006-01-27http://hdl.handle.net/1843/ECJS-77NK23O presente trabalho determinou a prevalência de anemia e o estado nutricional e avaliou os fatores de risco para o déficit nutricional em crianças atendidas em período integral em creches. Foram avaliadas 402 crianças de 7 a 74 meses, atendidas em 25 creches da região leste de Belo Horizonte, sendo vinte três conveniadas e duas administradas pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. A dosagem de hemoglobina foi obtida por sangue capilar colhido em microcuvetas descartáveis e verificado em hemoglobinômetro portátil, marca HemoCue, expresso em gramas por decilitro. Foram consideradas como anêmicas as crianças com hemoglobina < 11,0 g/dL para a faixa etária entre 6 e 59 meses, e aquelas com idade > 60 meses, valores < 11,5 g/dL. Paradefinição da magnitude da anemia, utilizou-se as seguintes categorias: anemia grave (Hemoglobina < 7,0 g/dL); anemia moderada (hemoglobina entre 7,0 e 9,0 g/dL) e anemia leve ( hemoglobina > que 9,0 g/dL e < 11,0 g/dL). Medidas de peso e estatura foram coletados e expressos em escore-Z, utilizando os índices antropométricospeso/idade, estatura/idade e peso/estatura, categorizados em três intervalos: menor do que - 2 (desnutrição), de - 2 a valores inferiores a - 1 (risco nutricional) e maior ou igual a - 1. Para análise dos fatores de risco para o déficit nutricional, considerou-se valores de escore-Z inferiores a -1. Foram realizadas entrevistas por meio de questionários, com os pais ou responsáveis pelas crianças, para obtenção de dados socioeconômicos e informações sobre as crianças. O tempo de creche foi calculado pela diferença entre a data da avaliação e a data de ingresso da criança na creche. Para determinação da prevalência de anemia e do estado nutricional foram avaliadas 402 crianças, com média de idade de 45,4±16,2 meses. A prevalência de anemia global foi de 28,8%, sendo 80,0% na faixa etária < 12 meses, 70,3% entre 12 a 24 meses, 32,0% entre 24 e 36 meses, 21,8% entre 36 e 48 meses, 21,3% entre 48 e 60 meses e 22,2% nas crianças entre 60 e 74 meses. As médias de hemoglobina aumentaram com o aumento da idade, sendo que, entre as crianças menores de 24 meses, os valores foram abaixo do ponto de corte para anemia. A prevalência de desnutrição (< -2 escore-Z) foi 5% e 5,5% para os índices peso/estatura e peso/idade, respectivamente. A prevalência de baixa estatura foi de 4,2%. A anemia associou-se com a idade e o déficit de estatura (p< 0,05). Uma subamostra de 312 crianças menores de 60 meses foi considerada para determinação dos fatores de risco para déficit nutricional, sendo 51,9% do sexo masculino, a maior parte das crianças tinha mais de 48 meses (56,4%), 30,1% tinha entre 24 e 48 meses e 13,5% com idade 24 meses. A prevalência de desnutrição, segundo o índice peso/idade epeso/estatura, foi de 5,1% e 4,5%, respectivamente. A baixa estatura para a idade foi encontrada em 3,8% das crianças. Em relação ao risco nutricional encontrou-se maior freqüência para altura/estatura (18,3%), seguida do peso/idade (16,3%) e peso/estatura (12,2%). As variáveis que se relacionaram significantemente com o déficit nutricional foram: o baixo peso ao nascer, a baixa escolaridade paterna ( 1° grau completo) e a baixa renda per capita (< 135,5 reais). Nas crianças atendidas em creches da regional leste de Belo Horizonte a anemia carencial foi considerada moderado problema de saúde pública, sendo de maior magnitude em crianças menores de 24 meses. Em relação ao estado nutricional das crianças, os déficits nutricionais encontrados são acima do esperado considerando os valores de referência recomendados. Embora a forma aguda da desnutrição predominou, deve-se destacar também o elevado índice de risco da forma crônica (estatura/idade).The present study investigated anemia prevalence, nutritional status and nutritional deficit risk factors in infants and children enrolled in daycare facilities. Four hundred and two infants and children aged 7 to 74 months, enrolled in 25 public daycare facilities in the eastern regional district of the city of Belo Horizonte, were evaluated. Capillary blood was used to measure hemoglobin (Hb) using disposable microcurvettes and evaluated with a portable hemoglobinmeter (HemoCue). Infants and children were considered anemic with hemoglobin levels less than 11.0 g/dL for age group 6 to 59 months, and hemoglobin levels less than 11.5 g/dL in children aged 60 to 74 months of age. Anemia was defined using the following classification: severe anemia (Hb < 7.0 g/dL); moderate anemia (Hb between 7.0 and 9.0 g/dL) and brand anemia (Hb > 9.0g/dL and < 11.0 g/dL). Anthropometric data on weight and height were measured and expressed as Z-score using anthropometry indexes for weight-for-age, height-for-age and weight-for-height and classified according to three groups: < -2 (malnutrition), < -2 to values < -1 (nutritional risk for malnutrition) and -1. To exam factors of nutritionaldeficiency, Z-score values less than -1 were used. Enrollment time in daycare was calculated as the difference between baseline evaluation and the enrollment dates of infant and children. Anemia prevalence and nutritional status were evaluated in 402 infants and children with mean age of 45.4 ± 16.2 months. Overall anemia prevalence was 28.8%. When divided into age groups, 80%, 70.3%, 32%, 21.8%, 21.3% and 22.2%of infants and children pertaining to age groups less than 12, 12 to 24, 24 to 36, 36 to 48, 48 to 60 and 60 to 73.5 months, respectively, were diagnosed with anemia. Mean hemoglobin increased with age, however, infants and children aged less than 24 months had below cut-off values for anemia. The prevalence of malnutrition (<-2 Z-score) was 5% and 5.5% for weight-for-height and weight-for-age, respectively. The prevalence of stunting was 4.2%. There was a significant between anemia and age and a deficiency in height (p<0.05). A sub-sample of 312 infants and children were evaluated to determine risk factors for nutritional deficits, of which 51.9% were boys, and a greater part of the subjects were greater than 48 (56.4%) months of age; 30.1% were between 24 and 48, and 13.5% had less than or equal to 24 months of age. The prevalence of malnutrition, according to weight-for-age and weight-for-height Z-score index was 5.1% and 4.5%, respectively. Stunting was seen in 3.8% of the subjects. Nutritional risk in infants andchildren was shown more frequent in height-for-age (18.3%), followed by weight-forage (16.3%) and weight-for-height (12.2%). Variables statistically significant in relation to nutritional deficits were as followed: low birth weight, paternal education ( elementary school education) and low income earnings (< R$ 135.50 reais). Infants and children enrolled in daycare facilities in the eastern region of Belo Horizonte were considered moderately anemic, most of which had less than 24 months of age. Although there were a predominancy of the acute nutritional deficiency, it has to point out the higher risk for the chronic malnutrition (height/age).Universidade Federal de Minas GeraisUFMGEstado nutricionalFatores socioeconômicosEstudos transversaisAnemia ferropriva/epidemiologiaFatores de riscoCrechesEscolaridadeTranstornos da nutrição do lactente/epidemiologiaDoença agudaAnemia ferropriva/complicaçõesLactentePré-escolarPaiTranstornos da nutrição infantil/complicaçõesTranstornos da nutrição infantil/epidemiologiaCriançaPediatriaEstado nutricionalDoença agudaPré-escolarAnemia ferropriva/epidemiologiaTranstornos da nutrição infantil/epidemiologiaFatores de riscoCrechesAvaliação do estado nutricional e prevalencia de anemia de crianças de creches da regional leste de Belo Horizonte, MGinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdaniela_silva_rocha.pdfapplication/pdf653433https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-77NK23/1/daniela_silva_rocha.pdf9f3bdafed280fcb72c9fedfc4af8578eMD51TEXTdaniela_silva_rocha.pdf.txtdaniela_silva_rocha.pdf.txtExtracted texttext/plain181519https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-77NK23/2/daniela_silva_rocha.pdf.txt7890b25c35cb6fc5263cf8a89e03e84cMD521843/ECJS-77NK232019-11-14 08:36:12.066oai:repositorio.ufmg.br:1843/ECJS-77NK23Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T11:36:12Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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O presente trabalho determinou a prevalência de anemia e o estado nutricional e avaliou os fatores de risco para o déficit nutricional em crianças atendidas em período integral em creches. Foram avaliadas 402 crianças de 7 a 74 meses, atendidas em 25 creches da região leste de Belo Horizonte, sendo vinte três conveniadas e duas administradas pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. A dosagem de hemoglobina foi obtida por sangue capilar colhido em microcuvetas descartáveis e verificado em hemoglobinômetro portátil, marca HemoCue, expresso em gramas por decilitro. Foram consideradas como anêmicas as crianças com hemoglobina < 11,0 g/dL para a faixa etária entre 6 e 59 meses, e aquelas com idade > 60 meses, valores < 11,5 g/dL. Paradefinição da magnitude da anemia, utilizou-se as seguintes categorias: anemia grave (Hemoglobina < 7,0 g/dL); anemia moderada (hemoglobina entre 7,0 e 9,0 g/dL) e anemia leve ( hemoglobina > que 9,0 g/dL e < 11,0 g/dL). Medidas de peso e estatura foram coletados e expressos em escore-Z, utilizando os índices antropométricospeso/idade, estatura/idade e peso/estatura, categorizados em três intervalos: menor do que - 2 (desnutrição), de - 2 a valores inferiores a - 1 (risco nutricional) e maior ou igual a - 1. Para análise dos fatores de risco para o déficit nutricional, considerou-se valores de escore-Z inferiores a -1. Foram realizadas entrevistas por meio de questionários, com os pais ou responsáveis pelas crianças, para obtenção de dados socioeconômicos e informações sobre as crianças. O tempo de creche foi calculado pela diferença entre a data da avaliação e a data de ingresso da criança na creche. Para determinação da prevalência de anemia e do estado nutricional foram avaliadas 402 crianças, com média de idade de 45,4±16,2 meses. A prevalência de anemia global foi de 28,8%, sendo 80,0% na faixa etária < 12 meses, 70,3% entre 12 a 24 meses, 32,0% entre 24 e 36 meses, 21,8% entre 36 e 48 meses, 21,3% entre 48 e 60 meses e 22,2% nas crianças entre 60 e 74 meses. As médias de hemoglobina aumentaram com o aumento da idade, sendo que, entre as crianças menores de 24 meses, os valores foram abaixo do ponto de corte para anemia. A prevalência de desnutrição (< -2 escore-Z) foi 5% e 5,5% para os índices peso/estatura e peso/idade, respectivamente. A prevalência de baixa estatura foi de 4,2%. A anemia associou-se com a idade e o déficit de estatura (p< 0,05). Uma subamostra de 312 crianças menores de 60 meses foi considerada para determinação dos fatores de risco para déficit nutricional, sendo 51,9% do sexo masculino, a maior parte das crianças tinha mais de 48 meses (56,4%), 30,1% tinha entre 24 e 48 meses e 13,5% com idade 24 meses. A prevalência de desnutrição, segundo o índice peso/idade epeso/estatura, foi de 5,1% e 4,5%, respectivamente. A baixa estatura para a idade foi encontrada em 3,8% das crianças. Em relação ao risco nutricional encontrou-se maior freqüência para altura/estatura (18,3%), seguida do peso/idade (16,3%) e peso/estatura (12,2%). As variáveis que se relacionaram significantemente com o déficit nutricional foram: o baixo peso ao nascer, a baixa escolaridade paterna ( 1° grau completo) e a baixa renda per capita (< 135,5 reais). Nas crianças atendidas em creches da regional leste de Belo Horizonte a anemia carencial foi considerada moderado problema de saúde pública, sendo de maior magnitude em crianças menores de 24 meses. Em relação ao estado nutricional das crianças, os déficits nutricionais encontrados são acima do esperado considerando os valores de referência recomendados. Embora a forma aguda da desnutrição predominou, deve-se destacar também o elevado índice de risco da forma crônica (estatura/idade). |
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