Prevalência de histamina em peixes escombrídeos e intoxicação histamínica no Brasil de 2007 a 2009
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8D4MWY |
Resumo: | Este trabalho teve como objetivos investigar a qualidade de peixes da família Scombridae com relação aos teores de histamina e investigar a ocorrência de intoxicação histamínica. No Brasil, entre 2007 e 2009, amostras de atuns e afins foram obtidas e analisadas quanto aos teores de histamina por cromatografia líquida de alta eficiência por par iônico e detecção fluorimétrica após derivação pós-coluna com oftaladeído. De acordo com os mapas e diários de bordo, a captura dos peixes foi feita por espinhel pelágico ou por vara e isca viva. Os peixes mais analisados nos respectivos tipos de captura foram albacora lage (Thunnus albacares), bonito listrado (Katsuwonus pelamis), e espadarte (Xiphias gladius). As condições prevalentes durante a captura por espinhel pelágico foram 6 a 107 dias de pesca; temperatura da superfície da água de 18,3 a 30,8 °C; profundidade da isca 800 a 5.500 m; número de anzóis de 880 a 2.200; local da pesca latitude 04°47N a 22°20S e longitude 40°15O a 50°22O; e 3.320 a 195.000 kg de peixes capturados. As condições prevalentes durante a captura por vara e isca foram 2 a 35 dias de pesca; temperatura da superfície da água de 22,8 a 27,6 °C; profundidade da isca 100 a 2000 m; local da pesca latitude22°40S a 32°44S e longitude 20°11O a 48°30O; e 3.669 a 123.823 kg de peixes capturados. Após a captura, os peixes eram sangrados, eviscerados além de retiradas as nadadeiras e a cabeça. Dentre as 864 amostras analisadas, apenas 7,3% continham histamina em níveis que chegaram a 878,22 mg/kg (média de 5,8 mg/kg e mediana de 0,0 mg/kg). As amostras eram divididas em lotes de 9 amostras cada.Apenas dois (02) dos 96 lotes analisados não atenderam a legislação Européia. Os teores de histamina encontrados foram afetados pelo ano, mês do ano e região de captura. Três surtos de intoxicação por histamina envolvendo 25 indivíduos foram relatados na cidade de Natal, RN. Os sintomas incluíram eritema, prurido, vômito, náusea e taquicardia e foram observados 20 a 30 min. após o consumo do peixe. As amostras incriminadas continham histamina em teores de 3.701,8; 750,4 e 1.565,5 mg/kg. |
id |
UFMG_c48a5b2587b1678f806a32b3fb9da7c6 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-8D4MWY |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Maria Beatriz Abreu GloriaEdgar de Alencar TeixeiraDavid Lee NelsonRenata Adriana Labanca de Almeida SantosWarlley Pinheiro Evangelista2019-08-12T02:03:42Z2019-08-12T02:03:42Z2010-11-05http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8D4MWYEste trabalho teve como objetivos investigar a qualidade de peixes da família Scombridae com relação aos teores de histamina e investigar a ocorrência de intoxicação histamínica. No Brasil, entre 2007 e 2009, amostras de atuns e afins foram obtidas e analisadas quanto aos teores de histamina por cromatografia líquida de alta eficiência por par iônico e detecção fluorimétrica após derivação pós-coluna com oftaladeído. De acordo com os mapas e diários de bordo, a captura dos peixes foi feita por espinhel pelágico ou por vara e isca viva. Os peixes mais analisados nos respectivos tipos de captura foram albacora lage (Thunnus albacares), bonito listrado (Katsuwonus pelamis), e espadarte (Xiphias gladius). As condições prevalentes durante a captura por espinhel pelágico foram 6 a 107 dias de pesca; temperatura da superfície da água de 18,3 a 30,8 °C; profundidade da isca 800 a 5.500 m; número de anzóis de 880 a 2.200; local da pesca latitude 04°47N a 22°20S e longitude 40°15O a 50°22O; e 3.320 a 195.000 kg de peixes capturados. As condições prevalentes durante a captura por vara e isca foram 2 a 35 dias de pesca; temperatura da superfície da água de 22,8 a 27,6 °C; profundidade da isca 100 a 2000 m; local da pesca latitude22°40S a 32°44S e longitude 20°11O a 48°30O; e 3.669 a 123.823 kg de peixes capturados. Após a captura, os peixes eram sangrados, eviscerados além de retiradas as nadadeiras e a cabeça. Dentre as 864 amostras analisadas, apenas 7,3% continham histamina em níveis que chegaram a 878,22 mg/kg (média de 5,8 mg/kg e mediana de 0,0 mg/kg). As amostras eram divididas em lotes de 9 amostras cada.Apenas dois (02) dos 96 lotes analisados não atenderam a legislação Européia. Os teores de histamina encontrados foram afetados pelo ano, mês do ano e região de captura. Três surtos de intoxicação por histamina envolvendo 25 indivíduos foram relatados na cidade de Natal, RN. Os sintomas incluíram eritema, prurido, vômito, náusea e taquicardia e foram observados 20 a 30 min. após o consumo do peixe. As amostras incriminadas continham histamina em teores de 3.701,8; 750,4 e 1.565,5 mg/kg.PREVALENCE OF HISTAMINE IN SCOMBROID FISH AND OF HISTAMINE POISONING IN BRAZIL FROM 2007 TO 2009. The objectives of this study were to investigate the quality of scombroid fish with respect to histamine and to investigate the occurrence of histamine poisoning. Samples of Scombroid fish were obtained during this period and analyzed for histamine by ion-pair high performance liquidchromatography with fluorimetric detection after post-column derivatization with ophthaladehyde. The samples were captured by means of long line and troll caught. The fishes mostly captured were, respectively yellowfin (Thunnus albacares) and skipjack (Katsuwonus pelamis), and swordfish (Xiphias gladius). The prevalent conditions during capture by long line were 6 to 107 days of fishing; water surfacetemperature 18.3 to 30.8 °C; depth of the bait 800 to 5500 m; number of lines - 880 to 2200; fishing area - latitude 04°47N to 22°20S and longitude 40°15W to 50°22W; and 3,320 a 195,000 kg of captured fish. The prevalent conditions during capture by troll caught were 2 to 35 days of fishing; water surface temperature 22.8 a 27.6 °C; depth of the bait - 100 to 2000 m; fishing area - latitude 22°40S to 32°44S and longitude20°11W to 48°30W; and 3,669 to 123,823 kg of fish captured. After capture, the fishes were bled, eviscerated and the flippers, head and tail were cut. Among the 864 samples analyzed, only 7.3% contained histamine at levels varying from non detected (<0.56 mg/kg) to 878.22 mg/kg (mean 5.8 mg/kg and median of 0.0 mg/kg). Only two of the 96 lots analyzed did not attend the European legislation. The levels of histamine detected were affected by the year, month of the year and region of capture. Three cases of histamine poisoning involving 25 individuals were reported in the city of Natal, RN. The symptoms included erithema, rush, vomiting, nausea and tachycardia and were observed 20-30 min after fish consumption. The samples incriminated were observed to contain 3,701.8, 750.4 and 1,565.5 mg/kg.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGAlimentosPescado InspeçãoIntoxicação alimentarPeixe como alimentoAminaspescadoQualidade deIntoxicação histamínicaHistaminaAminas biogênicasScombridaePrevalência de histamina em peixes escombrídeos e intoxicação histamínica no Brasil de 2007 a 2009info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALwarlley_p._evangelista_2010.pdfapplication/pdf3795802https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8D4MWY/1/warlley_p._evangelista_2010.pdf9ba4c4a646810bee95a6bcce5f99833fMD51TEXTwarlley_p._evangelista_2010.pdf.txtwarlley_p._evangelista_2010.pdf.txtExtracted texttext/plain123107https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8D4MWY/2/warlley_p._evangelista_2010.pdf.txt7ec1d36a479b5bd7ae13a4b92db52c33MD521843/BUOS-8D4MWY2019-11-14 12:02:35.696oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-8D4MWYRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T15:02:35Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Prevalência de histamina em peixes escombrídeos e intoxicação histamínica no Brasil de 2007 a 2009 |
title |
Prevalência de histamina em peixes escombrídeos e intoxicação histamínica no Brasil de 2007 a 2009 |
spellingShingle |
Prevalência de histamina em peixes escombrídeos e intoxicação histamínica no Brasil de 2007 a 2009 Warlley Pinheiro Evangelista pescado Qualidade de Intoxicação histamínica Histamina Aminas biogênicas Scombridae Alimentos Pescado Inspeção Intoxicação alimentar Peixe como alimento Aminas |
title_short |
Prevalência de histamina em peixes escombrídeos e intoxicação histamínica no Brasil de 2007 a 2009 |
title_full |
Prevalência de histamina em peixes escombrídeos e intoxicação histamínica no Brasil de 2007 a 2009 |
title_fullStr |
Prevalência de histamina em peixes escombrídeos e intoxicação histamínica no Brasil de 2007 a 2009 |
title_full_unstemmed |
Prevalência de histamina em peixes escombrídeos e intoxicação histamínica no Brasil de 2007 a 2009 |
title_sort |
Prevalência de histamina em peixes escombrídeos e intoxicação histamínica no Brasil de 2007 a 2009 |
author |
Warlley Pinheiro Evangelista |
author_facet |
Warlley Pinheiro Evangelista |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Maria Beatriz Abreu Gloria |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Edgar de Alencar Teixeira |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
David Lee Nelson |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Renata Adriana Labanca de Almeida Santos |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Warlley Pinheiro Evangelista |
contributor_str_mv |
Maria Beatriz Abreu Gloria Edgar de Alencar Teixeira David Lee Nelson Renata Adriana Labanca de Almeida Santos |
dc.subject.por.fl_str_mv |
pescado Qualidade de Intoxicação histamínica Histamina Aminas biogênicas Scombridae |
topic |
pescado Qualidade de Intoxicação histamínica Histamina Aminas biogênicas Scombridae Alimentos Pescado Inspeção Intoxicação alimentar Peixe como alimento Aminas |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Alimentos Pescado Inspeção Intoxicação alimentar Peixe como alimento Aminas |
description |
Este trabalho teve como objetivos investigar a qualidade de peixes da família Scombridae com relação aos teores de histamina e investigar a ocorrência de intoxicação histamínica. No Brasil, entre 2007 e 2009, amostras de atuns e afins foram obtidas e analisadas quanto aos teores de histamina por cromatografia líquida de alta eficiência por par iônico e detecção fluorimétrica após derivação pós-coluna com oftaladeído. De acordo com os mapas e diários de bordo, a captura dos peixes foi feita por espinhel pelágico ou por vara e isca viva. Os peixes mais analisados nos respectivos tipos de captura foram albacora lage (Thunnus albacares), bonito listrado (Katsuwonus pelamis), e espadarte (Xiphias gladius). As condições prevalentes durante a captura por espinhel pelágico foram 6 a 107 dias de pesca; temperatura da superfície da água de 18,3 a 30,8 °C; profundidade da isca 800 a 5.500 m; número de anzóis de 880 a 2.200; local da pesca latitude 04°47N a 22°20S e longitude 40°15O a 50°22O; e 3.320 a 195.000 kg de peixes capturados. As condições prevalentes durante a captura por vara e isca foram 2 a 35 dias de pesca; temperatura da superfície da água de 22,8 a 27,6 °C; profundidade da isca 100 a 2000 m; local da pesca latitude22°40S a 32°44S e longitude 20°11O a 48°30O; e 3.669 a 123.823 kg de peixes capturados. Após a captura, os peixes eram sangrados, eviscerados além de retiradas as nadadeiras e a cabeça. Dentre as 864 amostras analisadas, apenas 7,3% continham histamina em níveis que chegaram a 878,22 mg/kg (média de 5,8 mg/kg e mediana de 0,0 mg/kg). As amostras eram divididas em lotes de 9 amostras cada.Apenas dois (02) dos 96 lotes analisados não atenderam a legislação Européia. Os teores de histamina encontrados foram afetados pelo ano, mês do ano e região de captura. Três surtos de intoxicação por histamina envolvendo 25 indivíduos foram relatados na cidade de Natal, RN. Os sintomas incluíram eritema, prurido, vômito, náusea e taquicardia e foram observados 20 a 30 min. após o consumo do peixe. As amostras incriminadas continham histamina em teores de 3.701,8; 750,4 e 1.565,5 mg/kg. |
publishDate |
2010 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2010-11-05 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-08-12T02:03:42Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-08-12T02:03:42Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8D4MWY |
url |
http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8D4MWY |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8D4MWY/1/warlley_p._evangelista_2010.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8D4MWY/2/warlley_p._evangelista_2010.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
9ba4c4a646810bee95a6bcce5f99833f 7ec1d36a479b5bd7ae13a4b92db52c33 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589286068486144 |