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Rosangela Pereira de Tugnyhttp://lattes.cnpq.br/8693017792087928Tássio Ferreira SantanaCesar Geraldo GuimarãesEduardo Pires Rossehttp://lattes.cnpq.br/2379610104541517Leonardo Bittencourt Silva2021-03-10T17:36:12Z2021-03-10T17:36:12Z2020-12-11http://hdl.handle.net/1843/35152Esta dissertação é fruto de uma etnografia compartilhada com a mestra quilombola Maria Luiza Marcelino, tendo como principal eixo os pontos cantados do terreiro de Umbanda Caboclo Pena Branca como um terreno de trabalho da memória e atualização dos vínculos da comunidade com seus ancestrais. Para tanto, apresentamos o quilombo Namastê da cidade de Ubá-MG, que mantem vivo, abriga e alimenta este terreiro. O histórico da comunidade quilombola e do terreiro de Umbanda são aqui apresentados com base nas histórias narradas e escritas por Maria Luiza Marcelino, cotejadas com minhas observações etnográficas realizadas entre setembro 2018 e fevereiro 2020 e pesquisa documental e bibliográfica. Um importante acervo de registros de pontos cantados e depoimentos de Maria Luíza Marcelino sobre a ancestralidade e espiritualidade que eles encerram, bem como sobre o histórico desta comunidade, foi construído ao longo da pesquisa, e serviu como base das informações aqui apresentadas. Os pontos cantados e os relatos foram escolhidos em colaboração com Maria Luiza Marcelino e seus guias espirituais. Ressalta-se de todo o trabalho, o papel da mestra Maria Luiza Marcelino como historiadora, liderança política, ativista negra, defensora da comunidade quilombola, sacerdote, mensageira de mediunidade múltipla dos guias espirituais, guardiã e ativadora das memórias presentes na comunidade. O trabalho de rememoração permanente no fio de mais de 200 anos contínuos da história desta comunidade negra e invizibilizada, marcada pelos traumas dos processos violentos da escravidão, tem nos pontos cantados do Terreiro Caboclo Pena Branca a materialidade das suas práticas fundamentais de resistência, sociabilidade e espiritualidade. A partir dos escritos e das exegeses da Mestra Maria Luiza sobre a história do povo negro e de seu povo, e da forte relação com os guias ancestrais que formam sua espiritualidade, o lamento emerge como a principal marca dos pontos cantados, atravessando uma história de sofrimento, resistência e consciência histórica.This dissertation is the result of an ethnography shared with the Quilombola Master Maria Luiza Marcelino, having as main axis the sung points of the Terreiro Umbanda Caboclo Pena Branca as a working ground for the memory and updating of the community's bonds with its ancestors. Thus, we present the Quilombo Namastê in the city of Ubá-MG, which keeps alive, shelters and feeds this terreiro. The history of the quilombola community and the Umbanda terreiro are presented based on the stories narrated and written by Maria Luiza Marcelino, comparing to my ethnographic observations made between September 2018 and February 2020, in addition to a documentary and bibliographic research. An important collection of records of sung points and testimonies by Maria Luíza Marcelino about their ancestry and spirituality, as well as reports of the history of this community, was built throughout the research, and served as the basis for the information presented here. The sung points and the reports were chosen in collaboration with Maria Luiza Marcelino and her spiritual guides. The role of the Quilombola Master Maria Luiza Marcelino is highlighted as a historian, political leader, black activist, defender of the quilombola community, priest, messenger of multiple mediumship from spiritual guides, guardian and activator of the memories present in the community. The work of permanent remembrance in the thread of more than 200 continuous years of history of this black and invisible community, marked by the traumas of the violent processes of slavery, has in the points sung by Terreiro Caboclo Pena Branca the materiality of its fundamental practices of resistance, sociability and spirituality. From Quilombola Master Maria Luiza's writings and exegesis on the history of the black people and her people, and the strong relationship with the ancestral guides who form their spirituality, the lament emerges as the main mark of the sung points, crossing a history of suffering, resistance and historical awareness.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em MúsicaUFMGBrasilMUSICA - ESCOLA DE MUSICAEtnomusicologiaUmbandaQuilombos - Minas GeraisQuilombo NamastêPontos cantadosUmbandaEtnomusicologiaLamento de um povo negro: o trabalho da memória de uma mestra dos pontos cantados de umbanda na Comunidade Quilombola Namastê - Ubá/MG.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALLAMENTO DE UM POVO NEGRO. O trabalho da memória de uma mestra dos pontos cantados de umbanda na Comunidade Quilombola Namastê - Ubá MG. Dissertação.Leonardo Bittencourt.pdfLAMENTO DE UM POVO NEGRO. O trabalho da memória de uma mestra dos pontos cantados de umbanda na Comunidade Quilombola Namastê - Ubá MG. Dissertação.Leonardo Bittencourt.pdfapplication/pdf3839606https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35152/1/LAMENTO%20DE%20UM%20POVO%20NEGRO.%20O%20trabalho%20da%20mem%c3%b3ria%20de%20uma%20mestra%20dos%20pontos%20cantados%20de%20umbanda%20na%20Comunidade%20Quilombola%20Namast%c3%aa%20-%20Ub%c3%a1%20MG.%20Disserta%c3%a7%c3%a3o.Leonardo%20Bittencourt.pdf03ca50f688fe8dd60c3e66d7ef0720e9MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35152/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/351522021-03-10 14:36:12.663oai:repositorio.ufmg.br:1843/35152TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-03-10T17:36:12Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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