Prevalencia de alterações fonoaudiológicas em crianças de 1º a 4º serie de escolas públicas da área de abrangência de um centro de saúde de Belo Horizonte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alessandra Terra Vasconcelos Rabelo
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-85EGY4
Resumo: Objetivo: Estudar a prevalência de alterações de fala, motricidade orofacial e processamento auditivo em crianças de 1ª a 4ª série de escolas públicas da área de abrangência de um centro de saúde de Belo Horizonte, correlacionando-as com estado nutricional e defasagem escolar e investigar associação entre as alterações de fala e as demais alterações fonoaudiológicas. Metodologia: A amostra foi aleatória e estratificada por escola e série. Para avaliação foram utilizados: Protocolo de Motricidade Orofacial para avaliação das estruturas orofaciais; teste de avaliação de linguagem ABFW Fonologia para avaliação de fala; avaliação simplificada do processamento auditivo. Foi realizada antropometria e calculado IMC. Os dados foram analisados utilizando-se Epi Info, versão 6.04. O nível de significância foi 5%.Resultados: Foram analisados os testes de 288 crianças, 49,7% do sexo masculino, mediana de idade de 8,9 anos. Houve perda de 7,29%. Cerca de 29,5% das crianças apresentaram inadequação série/idade, 3,1% e 19,4% apresentaram baixo e elevado IMC para idade respectivamente. Das crianças avaliadas, 44,8% apresentaram algum tipo de alteração fonoaudiológica, sendo a prevalência de alterações de fala de 31,9%, processamento auditivo 17,7% e motricidade orofacial 14,9%. Das 288 crianças da amostra, 18,0% tinham desvio fonético e 9,7% tinham desvio fonológico. Foi observado um padrão cultural da população em 38,5% das crianças, ocorrendo simplificação em palavras específicas do teste de fala como /plãt./ e /tãboh/ (planta e tambor) que foram substituídas por /p.ãt./ e /tãbo/ (pranta e tambô). As alterações de motricidade orofacial foram mais frequentes nas crianças de 8 e 9 anos (p=0,05). Não houve associação entre alterações encontradas e estado nutricional e inadequação idade/série. Houve associação também entre desvio fonético e alterações de motricidade orofacial (p<0,001) e entre desvio fonológico e alterações do processamento auditivo (p<0,001). Conclusão: O estudo mostrou alta prevalência de alterações fonoaudiológicas, com presença de associação entre elas. As associações entre as alterações fonoaudiológicas sugerem que uma alteração pode ser consequência de outra, com agravamento do quadro inicial, apontando para a necessidade de diagnóstico e intervenções precoces, além de investigação dos fatores de risco. Tornam-se necessários novos estudos e olhar atento para as alterações fonoaudiológicas, a fim de conhecê-las melhor, preveni-las e promover diagnóstico e tratamento oportunos, diminuindo assim os prejuízos na vida das crianças. O envolvimento de diferente profissionais na prevenção, identificação, diagnóstico, tratamento e acompanhamento das crianças com distúrbios de fala é de suma importância, no sentido de possibilitar a essas crianças um saudável padrão de comunicação e melhor qualidade de vida. Espera-se que este estudo possa auxiliar no planejamento de ações coletivas educativas e assistenciais mais eficazes.
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