Insurgências urbanas e direito à cidade na perspectiva de ativistas em Belo Horizonte
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B4RL3W |
Resumo: | Esta tese teve como objetivo compreender os sentidos intrínsecos da luta pelo direito à cidade, por parte de ativistas na cidade de Belo Horizonte. O cenário atual no Brasil, de diversas manifestações e reivindicações por parte das populações que residem nas periferias urbanas, com agudos e aguerridos questionamentos ao Estado, tem mostrado a necessidade de se analisar, cada vez mais, os sentidos das ações destes sujeitos. Nesta perspectiva, o construto da análise buscou também identificar a participação dos sujeitos nas manifestações que ocorreram em junho de 2013 na cidade, momento histórico que assinala o inconformismo com a constante prevalência dos interesses econômicos e políticos em detrimento às questões de ordem social. A tese tem como questão central a percepção do conceito direito à cidade e das propostas dos ativistas para uma nova concepção da urbe, mais centrada em seus interesses. Parte-se da ideia de que a cidade é plural, diversa, de que os ativistas também são construtores da cidade material e imaterial. O direito à cidade, para além de uma retórica ainda que bem intencionada, diz respeito, fundamentalmente, a existir, resistir, construir, compartilhar, e, para isso, percebe-se a necessidade de que a população periférica seja reconhecida como povo citadino, ouvida e respeitada em suas necessidades prementes de mobilidade, trabalho e formação. A particularidade do estudo sobre a cidade, nesta análise, se dá na medida em que nos tornamos leitores, mas também construtores da ação educativa e da cena cidadã no meio urbano, entendendo os sentidos que a cidade tem para os sujeitos pesquisados, em sua própria voz. A perspectiva de um projeto outro de cidade traz sinalizações importantes que remetem à necessidade ampla de maior conhecimento sobre as sociabilidades e significados dos modos de vida, sobretudo para residentes nas periferias urbanas como sujeitos que explicitam e vivenciam a segregação e a violação de seus direitos. Trata-se de um estudo qualitativo, que contou com 10 entrevistas narrativas, articulando as concepções individuais e coletivas dos sujeitos. As insurgências urbanas são corpos, vozes, ideais e histórias de resistências em movimento para uma sociedade mais justa, democrática, antirracista, antimachista e anticapitalista. |
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Rogerio Cunha de CamposShirley Aparecida de MirandaLeoncio Jose Gomes SoaresMiria Gomes de OliveiraBruno Sena MartinsMaria da Consolação Gomes CastroVitória Régia Izaú2019-08-12T07:14:13Z2019-08-12T07:14:13Z2017-12-15http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B4RL3WEsta tese teve como objetivo compreender os sentidos intrínsecos da luta pelo direito à cidade, por parte de ativistas na cidade de Belo Horizonte. O cenário atual no Brasil, de diversas manifestações e reivindicações por parte das populações que residem nas periferias urbanas, com agudos e aguerridos questionamentos ao Estado, tem mostrado a necessidade de se analisar, cada vez mais, os sentidos das ações destes sujeitos. Nesta perspectiva, o construto da análise buscou também identificar a participação dos sujeitos nas manifestações que ocorreram em junho de 2013 na cidade, momento histórico que assinala o inconformismo com a constante prevalência dos interesses econômicos e políticos em detrimento às questões de ordem social. A tese tem como questão central a percepção do conceito direito à cidade e das propostas dos ativistas para uma nova concepção da urbe, mais centrada em seus interesses. Parte-se da ideia de que a cidade é plural, diversa, de que os ativistas também são construtores da cidade material e imaterial. O direito à cidade, para além de uma retórica ainda que bem intencionada, diz respeito, fundamentalmente, a existir, resistir, construir, compartilhar, e, para isso, percebe-se a necessidade de que a população periférica seja reconhecida como povo citadino, ouvida e respeitada em suas necessidades prementes de mobilidade, trabalho e formação. A particularidade do estudo sobre a cidade, nesta análise, se dá na medida em que nos tornamos leitores, mas também construtores da ação educativa e da cena cidadã no meio urbano, entendendo os sentidos que a cidade tem para os sujeitos pesquisados, em sua própria voz. A perspectiva de um projeto outro de cidade traz sinalizações importantes que remetem à necessidade ampla de maior conhecimento sobre as sociabilidades e significados dos modos de vida, sobretudo para residentes nas periferias urbanas como sujeitos que explicitam e vivenciam a segregação e a violação de seus direitos. Trata-se de um estudo qualitativo, que contou com 10 entrevistas narrativas, articulando as concepções individuais e coletivas dos sujeitos. As insurgências urbanas são corpos, vozes, ideais e histórias de resistências em movimento para uma sociedade mais justa, democrática, antirracista, antimachista e anticapitalista.This thesis aimed to understand the intrinsic meanings of the struggle for the right to the city by activists in the city of Belo Horizonte. The current scenario in Brazil of various manifestations and demands by the populations residing in the urban peripheries, with acute and fierce questions to the State, has shown the need to analyze more and more the senses of the actions of these subjects. In this perspective, the analysis construct also sought to identify the participation of the subjects in the demonstrations that took place in June 2013 in the city, a historical moment that marks the nonconformity with the constant prevalence of economic and political interests to the detriment of social issues. The thesis has as central question the perception of the concept Right to the city and the proposals of the activists for a new conception of the city, more focused on their interests. It starts from the idea that the city is plural, diverse, that activists are also constructors of the material and immaterial city. The right to the city, in addition to a well-intentioned rhetoric, is fundamentally about existing, resisting, building, sharing, and for this, it is perceived the need for the peripheral population to be recognized as a city people, heard and respected in their pressing needs for mobility, work and training. The particularity of the study about the city in this analysis, is the extent to which we become readers, but also constructors of educational action and the citizen scene in the urban environment, understanding the senses that the city has for the subjects researcher in their own voice. The perspective of a project of another city are important signs that point to the broad need for greater knowledge about the sociabilities and meanings of lifestyles, especially for residents in the urban peripheries as subjects that explicit and experience segregation and violation of their rights. It is a qualitative study that counted on 10 narrative interviews, articulating the individual and collective conceptions of the subjects. Urban insurgencies are bodies, voices, ideals, and stories of resistance on the move to a more just, democratic and anti-racist, anti-macho and anti-capitalist society.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGEducação EtnologiaSociologia educacionalEducaçãoAtivistas políticos Belo HorizonteEducação urbanaAntropologia urbanaParticipação politicaAntropologia educacionalDireito à cidadeInsurgências urbanasAtivistasPeriferiasInsurgências urbanas e direito à cidade na perspectiva de ativistas em Belo Horizonteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_completa_em_pdf._vit_ria_r_gia_iza_.pdfapplication/pdf4339698https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B4RL3W/1/tese_completa_em_pdf._vit_ria_r_gia_iza_.pdfa1baf406617df0ab8a1c0f8c1d4081bbMD51TEXTtese_completa_em_pdf._vit_ria_r_gia_iza_.pdf.txttese_completa_em_pdf._vit_ria_r_gia_iza_.pdf.txtExtracted texttext/plain337597https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B4RL3W/2/tese_completa_em_pdf._vit_ria_r_gia_iza_.pdf.txt1a44f37a4c14fe5d8fd974a2a2618874MD521843/BUOS-B4RL3W2019-11-14 11:46:18.545oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-B4RL3WRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T14:46:18Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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Esta tese teve como objetivo compreender os sentidos intrínsecos da luta pelo direito à cidade, por parte de ativistas na cidade de Belo Horizonte. O cenário atual no Brasil, de diversas manifestações e reivindicações por parte das populações que residem nas periferias urbanas, com agudos e aguerridos questionamentos ao Estado, tem mostrado a necessidade de se analisar, cada vez mais, os sentidos das ações destes sujeitos. Nesta perspectiva, o construto da análise buscou também identificar a participação dos sujeitos nas manifestações que ocorreram em junho de 2013 na cidade, momento histórico que assinala o inconformismo com a constante prevalência dos interesses econômicos e políticos em detrimento às questões de ordem social. A tese tem como questão central a percepção do conceito direito à cidade e das propostas dos ativistas para uma nova concepção da urbe, mais centrada em seus interesses. Parte-se da ideia de que a cidade é plural, diversa, de que os ativistas também são construtores da cidade material e imaterial. O direito à cidade, para além de uma retórica ainda que bem intencionada, diz respeito, fundamentalmente, a existir, resistir, construir, compartilhar, e, para isso, percebe-se a necessidade de que a população periférica seja reconhecida como povo citadino, ouvida e respeitada em suas necessidades prementes de mobilidade, trabalho e formação. A particularidade do estudo sobre a cidade, nesta análise, se dá na medida em que nos tornamos leitores, mas também construtores da ação educativa e da cena cidadã no meio urbano, entendendo os sentidos que a cidade tem para os sujeitos pesquisados, em sua própria voz. A perspectiva de um projeto outro de cidade traz sinalizações importantes que remetem à necessidade ampla de maior conhecimento sobre as sociabilidades e significados dos modos de vida, sobretudo para residentes nas periferias urbanas como sujeitos que explicitam e vivenciam a segregação e a violação de seus direitos. Trata-se de um estudo qualitativo, que contou com 10 entrevistas narrativas, articulando as concepções individuais e coletivas dos sujeitos. As insurgências urbanas são corpos, vozes, ideais e histórias de resistências em movimento para uma sociedade mais justa, democrática, antirracista, antimachista e anticapitalista. |
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