A presença do analista no hospital geral e o manejo da transferência em situação de urgência subjetiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Glauco Batista
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AQKJSG
Resumo: A medicina moderna, cada vez mais baseada na tecnociência, fundamenta-se numa lógica que exclui o sujeito enquanto subjetividade. Contudo, pelo fato mesmo de não existir um acordo entre o médico, o paciente e o analista quanto ao sentido que se dá ao traumatismo, e não se ter como eliminar o desamparo e a finitude próprios ao paciente internado numa instituição hospitalar, as situações de impasse sempre intervêm e a dimensão subjetiva irrompe, momento em que se convoca o psicanalista para solucionar o problema. Neste sentido, torna-se uma questão digna de reflexão o lugar que o analista ocupa no hospital geral, qual a natureza de sua inserção na equipe, bem como o poder de sua atuação e de onde ele opera. Nesta perspectiva, este trabalho teve como objetivo dar maior exatidão à noção de urgência subjetiva e seus conceitos correlatos: trauma, angústia, pânico e desamparo, e articular o conceito de transferência ao de urgência subjetiva como forma de dar lugar à criatividade e cumplicidade do analista para que ele possa sustentar o espaço necessário para a subjetividade emergir na instituição hospitalar. O método usado para atingir tais objetivos foi a revisão bibliográfica e o estudo de caso. Os resultados desta pesquisa concluem que o lugar do analista numa equipe hospitalar é da ordem de uma construção e só se faz possível enquanto efeito do estabelecimento de uma relação transferencial. Isto porque no campo psicanalítico, do que se trata é sempre de uma aposta neste caso específico, de como a equipe médica reagirá ao surgimento da subjetividade: com uma demanda de saber sobre ela; ou com um pedido de solução de dificuldade?
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