Avaliação clínica e parasitológica da coinfecção experimental por Leishmania (Leishmania) amazonensis e Leishmania (L.) infantum em hamster (Mesocricetus auratus)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jordanna Luiza de Lima Celeste
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9WEVWA
Resumo: No Brasil, encontram-se duas formas clínicas das leishmanioses: Leishmaniose Visceral (LV) e a Leishmaniose Tegumentar (LT). A LV tem como agente etiológico Leishmania (L.) infantum (=L. (L.) chagasi) atingindo principalmente órgãos como o baço e fígado, e a LT apresenta diversas manifestações clínicas e tem como agentes etiológicos várias espécies, incluindo L. (L.) amazonensis, causando lesões cutâneas. Sabe-se que no país existem áreas de sobreposição dessas duas espécies, o que pode possibilitar a ocorrência de coinfecção. Embora seja mais comum o relato de LV causada por L. infantum e de LT causada por L. amazonensis, no Brasil há relatos de casos de visceralização causada por L. amazonensis em humanos e cães de área urbana. Por serem considerados bons modelos experimentais em infecções por Leishmania spp, hamsters foram utilizados nesse estudo para um melhor entendimento desse tipo de infecção. Assim, as espécies L. (L.) infantum (MCAN/BR/2002/BH401) e L. (L.) amazonensis (IFLA/BR/1967/PH8) foram inoculadas separadamente e simultaneamente nesses animais, pelas vias intraperitoneal e subcutânea, e estes foram acompanhados durante 90 dias. A via de inoculação não teve influência nas alterações clínicas das infecções por L. infantum ou L. amazonesis, porém, L. infantum tem estabelecimento mais típico por via IP enquanto L. amazonensis por via SC. L. amazonensis possui capacidade de invadir baço e fígado mais precocemente que L. infantum em todas as situações avaliadas, mas L. infantum pode prevalecer com o passar do tempo. A coinfecção foi mais grave, com L. amazonensis provocando esplenomegalia precoce e lesões de pele no local do inóculo e disseminadas.
id UFMG_cb956dc7cee2591cae88ebbfb3ca65f2
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-9WEVWA
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Helida Monteiro de AndradeNelder de Figueiredo GontijoWagner Luiz TafuriJordanna Luiza de Lima Celeste2019-08-09T20:23:46Z2019-08-09T20:23:46Z2015-02-25http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9WEVWANo Brasil, encontram-se duas formas clínicas das leishmanioses: Leishmaniose Visceral (LV) e a Leishmaniose Tegumentar (LT). A LV tem como agente etiológico Leishmania (L.) infantum (=L. (L.) chagasi) atingindo principalmente órgãos como o baço e fígado, e a LT apresenta diversas manifestações clínicas e tem como agentes etiológicos várias espécies, incluindo L. (L.) amazonensis, causando lesões cutâneas. Sabe-se que no país existem áreas de sobreposição dessas duas espécies, o que pode possibilitar a ocorrência de coinfecção. Embora seja mais comum o relato de LV causada por L. infantum e de LT causada por L. amazonensis, no Brasil há relatos de casos de visceralização causada por L. amazonensis em humanos e cães de área urbana. Por serem considerados bons modelos experimentais em infecções por Leishmania spp, hamsters foram utilizados nesse estudo para um melhor entendimento desse tipo de infecção. Assim, as espécies L. (L.) infantum (MCAN/BR/2002/BH401) e L. (L.) amazonensis (IFLA/BR/1967/PH8) foram inoculadas separadamente e simultaneamente nesses animais, pelas vias intraperitoneal e subcutânea, e estes foram acompanhados durante 90 dias. A via de inoculação não teve influência nas alterações clínicas das infecções por L. infantum ou L. amazonesis, porém, L. infantum tem estabelecimento mais típico por via IP enquanto L. amazonensis por via SC. L. amazonensis possui capacidade de invadir baço e fígado mais precocemente que L. infantum em todas as situações avaliadas, mas L. infantum pode prevalecer com o passar do tempo. A coinfecção foi mais grave, com L. amazonensis provocando esplenomegalia precoce e lesões de pele no local do inóculo e disseminadas.In Brazil, there are two clinical forms of leishmaniasis: Visceral Leishmaniasis (VL) and Tegumentary Leishmaniasis (LT). The VL has the etiologic agent Leishmania (L.) infantum (= L. (L.) chagasi) affecting mainly organs such as the spleen and liver, and TL has several clinical manifestations and has as etiological agents several species, including L. (L.) amazonensis, causing skin lesions. It is known that in country there are overlapping areas of these two species, which may facilitate the occurrence of coinfection. Although it is more common VL caused by L. infantum and TL caused by L. amazonensis, in Brazil there are reports of visceralization caused by L. amazonensis in humans and dogs from urban areas. Hamsters are considered good experimental models in Leishmania spp infections and were used in this study to a better understanding of this type of infection. Thus, the species L. (L.) infantum (MCAN/BR/2002/BH401) and L. (L.) amazonensis (IFLA/BR/1967/PH8) were inoculated separately and simultaneously in these animals by intraperitoneal and subcutaneous routes, and they were followed for 90 days. The route of inoculation had no influence on the clinical changes of infection by L. infantum or L. amazonesis, however, L. infantum has more typical establishment intraperitoneally while L. amazonensis subcutaneously. L. amazonensis has the capacity to invade the spleen and liver earlier than L. infantum in all situations evaluated, but L. infantum can prevail over time. The coinfection was more severe, with L. amazonensis causing early splenomegaly and skin lesions in the inoculum site and disseminated.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGParasitologiaParasitologiaAvaliação clínica e parasitológica da coinfecção experimental por Leishmania (Leishmania) amazonensis e Leishmania (L.) infantum em hamster (Mesocricetus auratus)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_vers_o_final.pdfapplication/pdf3644419https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9WEVWA/1/disserta__o_vers_o_final.pdfbe5f8698e98026a81915e8b3a5441c56MD51TEXTdisserta__o_vers_o_final.pdf.txtdisserta__o_vers_o_final.pdf.txtExtracted texttext/plain159286https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9WEVWA/2/disserta__o_vers_o_final.pdf.txt5f535e364c85dc08db9001ebc49f5173MD521843/BUOS-9WEVWA2019-11-14 06:03:44.102oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-9WEVWARepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T09:03:44Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Avaliação clínica e parasitológica da coinfecção experimental por Leishmania (Leishmania) amazonensis e Leishmania (L.) infantum em hamster (Mesocricetus auratus)
title Avaliação clínica e parasitológica da coinfecção experimental por Leishmania (Leishmania) amazonensis e Leishmania (L.) infantum em hamster (Mesocricetus auratus)
spellingShingle Avaliação clínica e parasitológica da coinfecção experimental por Leishmania (Leishmania) amazonensis e Leishmania (L.) infantum em hamster (Mesocricetus auratus)
Jordanna Luiza de Lima Celeste
Parasitologia
Parasitologia
title_short Avaliação clínica e parasitológica da coinfecção experimental por Leishmania (Leishmania) amazonensis e Leishmania (L.) infantum em hamster (Mesocricetus auratus)
title_full Avaliação clínica e parasitológica da coinfecção experimental por Leishmania (Leishmania) amazonensis e Leishmania (L.) infantum em hamster (Mesocricetus auratus)
title_fullStr Avaliação clínica e parasitológica da coinfecção experimental por Leishmania (Leishmania) amazonensis e Leishmania (L.) infantum em hamster (Mesocricetus auratus)
title_full_unstemmed Avaliação clínica e parasitológica da coinfecção experimental por Leishmania (Leishmania) amazonensis e Leishmania (L.) infantum em hamster (Mesocricetus auratus)
title_sort Avaliação clínica e parasitológica da coinfecção experimental por Leishmania (Leishmania) amazonensis e Leishmania (L.) infantum em hamster (Mesocricetus auratus)
author Jordanna Luiza de Lima Celeste
author_facet Jordanna Luiza de Lima Celeste
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Helida Monteiro de Andrade
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Nelder de Figueiredo Gontijo
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Wagner Luiz Tafuri
dc.contributor.author.fl_str_mv Jordanna Luiza de Lima Celeste
contributor_str_mv Helida Monteiro de Andrade
Nelder de Figueiredo Gontijo
Wagner Luiz Tafuri
dc.subject.por.fl_str_mv Parasitologia
topic Parasitologia
Parasitologia
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Parasitologia
description No Brasil, encontram-se duas formas clínicas das leishmanioses: Leishmaniose Visceral (LV) e a Leishmaniose Tegumentar (LT). A LV tem como agente etiológico Leishmania (L.) infantum (=L. (L.) chagasi) atingindo principalmente órgãos como o baço e fígado, e a LT apresenta diversas manifestações clínicas e tem como agentes etiológicos várias espécies, incluindo L. (L.) amazonensis, causando lesões cutâneas. Sabe-se que no país existem áreas de sobreposição dessas duas espécies, o que pode possibilitar a ocorrência de coinfecção. Embora seja mais comum o relato de LV causada por L. infantum e de LT causada por L. amazonensis, no Brasil há relatos de casos de visceralização causada por L. amazonensis em humanos e cães de área urbana. Por serem considerados bons modelos experimentais em infecções por Leishmania spp, hamsters foram utilizados nesse estudo para um melhor entendimento desse tipo de infecção. Assim, as espécies L. (L.) infantum (MCAN/BR/2002/BH401) e L. (L.) amazonensis (IFLA/BR/1967/PH8) foram inoculadas separadamente e simultaneamente nesses animais, pelas vias intraperitoneal e subcutânea, e estes foram acompanhados durante 90 dias. A via de inoculação não teve influência nas alterações clínicas das infecções por L. infantum ou L. amazonesis, porém, L. infantum tem estabelecimento mais típico por via IP enquanto L. amazonensis por via SC. L. amazonensis possui capacidade de invadir baço e fígado mais precocemente que L. infantum em todas as situações avaliadas, mas L. infantum pode prevalecer com o passar do tempo. A coinfecção foi mais grave, com L. amazonensis provocando esplenomegalia precoce e lesões de pele no local do inóculo e disseminadas.
publishDate 2015
dc.date.issued.fl_str_mv 2015-02-25
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-09T20:23:46Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-09T20:23:46Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9WEVWA
url http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9WEVWA
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9WEVWA/1/disserta__o_vers_o_final.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9WEVWA/2/disserta__o_vers_o_final.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv be5f8698e98026a81915e8b3a5441c56
5f535e364c85dc08db9001ebc49f5173
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1797971320852447232