Efeito do MTA (Agregado de Trióxido Mineral) sobre a atividade de macrófagos peritoneais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Taia Maria Berto Rezende
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ZMRO-7HPLK8
Resumo: O agregado de trióxido mineral (MTA), por ser um cimento retrobturador utilizado em regiões inflamadas e/ou infectadas, deve ser biocompatível e não interferir na atividade dos macrófagos. Recentes estudos diferenciam os macrófagos de acordo com o tipo de resposta: M1 (ativados pela produção de IL-12); M2 (ativados alternativamente pela ausência de IL-12). Neste estudo, testou-se o efeito de duas marcas comerciais do MTA (ProRoot, gentilmente cedido pela Tulsa Dental, Ballaigues, Suíça e MTA-Ângelus, gentilmente cedido pela Odonto-lógika, Londrina, Brasil) sobre a atividade de macrófagos inflamatórios peritoneais M1 (provenientes de camundongos C57BL/6) e M2 (provenientes de camundongos C57BL/6 IL-12p40-/-). Foram avaliadas: a viabilidade e aderência celular, a fagocitose da Saccharomyces boulardii, a produção de ROIs, quando os macrófagos foram estimulados e não com zymosan, e a produção de TNF, IL-12, IL-10 e NO, quando estimulados e não com Fusobacterium nucleatun, Peptostreptococcus anaerobious, com e sem IFN-. Os cimentos não interferiram nos parâmetros analisados da atividade dos macrófagos M1 e M2. Porém, quando se compararam os macrófagos M2 com os M1, pode-se observar: os macrófagos M2 sobreviveram menos, nos experimentos de viabilidade celular em tubos de polipropileno; apresentaram maior número de leveduras fagocitadas; tiveram maior produção de IL-10, quando estimulados com F. nucleatum; produziram menos ROIs. Nos demais parâmetros analisados, não houve diferenças significativas entre ambos. Conclui-se que os cimentos não inibem a resposta pró-inflamatória dos macrófagos M1 e M2; as respostas desses dois tipos celulares diferenciam-se em alguns aspectos.
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