Expressão plasmática e placentária da pentraxina 3 e do fator de crescimento de fibroblasto 2 na pré-eclâmpsia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Flávia Ivair Santiago de Oliveira
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/52250
Resumo: A pré-eclâmpsia (PE) é uma doença multifatorial sistêmica que ocorre a partir da vigésima semana de gestação em mulheres previamente normotensas. É caracterizada por hipertensão arterial acompanhada de uma ou mais das seguintes condições: proteinúria, trombocitopenia, insuficiência renal, função hepática prejudicada, edema pulmonar e sintomas cerebrais. O desequilíbrio entre os fatores pró e antiangiogênicos tem sido considerado fundamental para o desenvolvimento da PE. Dentre as moléculas responsáveis por regular o processo angiogênico em condições fisiológicas e patológicas, está o Fator de Crescimento de Fibroblasto 2 (FGF2), que é expresso pelas vilosidades do trofoblasto. A ação pró-angiogênica de FGF2 pode ser inibida pela proteína de fase aguda Pentraxina 3 (PTX3). A ligação altamente específica de PTX3 ao FGF2 impede o engajamento deste fator aos seus receptores específicos e impede a sinalização a partir desta via, inibindo as atividades biológicas mediadas por FGF2, dentre elas a angiogênese. Na PE, tanto a concentração plasmática de PTX3 como de FGF2 já foram descritas como aumentadas, entretanto não está claro o envolvimento destas moléculas e os impactos de sua interação no estado antiangiogênico característico da doença. Considerando que os mecanismos fisiopatológicos que levam ao desenvolvimento da PE ainda são obscuros, a importância da angiogênese na progressão da doença, a ação pró-angiogênica de FGF2 e sua inibição por PTX3, torna-se relevante estudar a correlação de PTX3 e FGF2 no contexto da PE. O objetivo deste trabalho foi avaliar a concentração plasmática e placentária de PTX3 e FGF2 em gestantes normotensas e com pré-eclâmpsia e correlacionar estes níveis de entre si e com os aspectos clínicos da doença. Trata-se de um estudo do tipo caso-controle que utilizou 19 amostras de mulheres não gestantes, 42 de gestantes normotensas e 43 de gestantes com PE. Detectamos por ELISA sanduíche que as concentrações de PTX3 e de FGF2 encontradas no plasma de gestantes com PE no último trimestre da gestação são significativamente maiores (p<0,05) do que as presentes no plasma das gestantes normotensas. Os níveis elevados de PTX3 no plasma de gestantes com PE não apresentam diferença significativa que permitaa discriminação entre os quadros de PE precoce e tardia. FGF2, por sua vez, é um fator cuja concentração no plasma das gestantes que desenvolveram PE precoce foi, em média, 2 vezes maior (37,45 pg/mL) daqueles observados no plasma tanto das gestantes normotensas (15,77 pg/mL, p=0,004) quanto com PE tardia (13,08 pg/mL). PTX3 e FGF2 se comportam de forma independente e não foi encontrada correlação entre a concentração plasmática desses fatores entre si e nem com outros fatores de risco para PE analisados, tais como primigestação e ganho de peso durante a gravidez. No entanto, a concentração da PTX3 apresentou correlação positiva com ANX1A, uma importante molécula pró-resolutiva da inflamação. Nossos achados corroboram, em mulheres brasileiras, com os dados de outros autores que apontam para o aumento da concentração de PTX3 e FGF2 na PE. Nossos dados mostram, de maneira inédita, o aumento dos níveis plasmáticos de FGF2 na PE precoce e a correlação entre a concentração de PTX3 e ANX1A no plasma de gestantes com PE. Os resultados aqui apresentados servem como base para a realização de outros estudos buscando avaliar o potencial preditivo de FGF2 e PTX3 e elucidar o papel biológico dessas moléculas na PE.
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A ação pró-angiogênica de FGF2 pode ser inibida pela proteína de fase aguda Pentraxina 3 (PTX3). A ligação altamente específica de PTX3 ao FGF2 impede o engajamento deste fator aos seus receptores específicos e impede a sinalização a partir desta via, inibindo as atividades biológicas mediadas por FGF2, dentre elas a angiogênese. Na PE, tanto a concentração plasmática de PTX3 como de FGF2 já foram descritas como aumentadas, entretanto não está claro o envolvimento destas moléculas e os impactos de sua interação no estado antiangiogênico característico da doença. Considerando que os mecanismos fisiopatológicos que levam ao desenvolvimento da PE ainda são obscuros, a importância da angiogênese na progressão da doença, a ação pró-angiogênica de FGF2 e sua inibição por PTX3, torna-se relevante estudar a correlação de PTX3 e FGF2 no contexto da PE. O objetivo deste trabalho foi avaliar a concentração plasmática e placentária de PTX3 e FGF2 em gestantes normotensas e com pré-eclâmpsia e correlacionar estes níveis de entre si e com os aspectos clínicos da doença. Trata-se de um estudo do tipo caso-controle que utilizou 19 amostras de mulheres não gestantes, 42 de gestantes normotensas e 43 de gestantes com PE. Detectamos por ELISA sanduíche que as concentrações de PTX3 e de FGF2 encontradas no plasma de gestantes com PE no último trimestre da gestação são significativamente maiores (p<0,05) do que as presentes no plasma das gestantes normotensas. Os níveis elevados de PTX3 no plasma de gestantes com PE não apresentam diferença significativa que permitaa discriminação entre os quadros de PE precoce e tardia. FGF2, por sua vez, é um fator cuja concentração no plasma das gestantes que desenvolveram PE precoce foi, em média, 2 vezes maior (37,45 pg/mL) daqueles observados no plasma tanto das gestantes normotensas (15,77 pg/mL, p=0,004) quanto com PE tardia (13,08 pg/mL). PTX3 e FGF2 se comportam de forma independente e não foi encontrada correlação entre a concentração plasmática desses fatores entre si e nem com outros fatores de risco para PE analisados, tais como primigestação e ganho de peso durante a gravidez. No entanto, a concentração da PTX3 apresentou correlação positiva com ANX1A, uma importante molécula pró-resolutiva da inflamação. Nossos achados corroboram, em mulheres brasileiras, com os dados de outros autores que apontam para o aumento da concentração de PTX3 e FGF2 na PE. Nossos dados mostram, de maneira inédita, o aumento dos níveis plasmáticos de FGF2 na PE precoce e a correlação entre a concentração de PTX3 e ANX1A no plasma de gestantes com PE. Os resultados aqui apresentados servem como base para a realização de outros estudos buscando avaliar o potencial preditivo de FGF2 e PTX3 e elucidar o papel biológico dessas moléculas na PE.Preeclampsia (PE) is a systemic multifactorial disease that occurs from the twentieth week of gestation in previously normotensive women. It is characterized by arterial hypertension accompanied by one or more of the following conditions: proteinuria, thrombocytopenia, renal failure, impaired liver function, pulmonary edema and neurological symptoms. The imbalance between pro and antiangiogenic factors has been considered fundamental for the development of PE. Fibroblast Growth Factor 2 (FGF2) is one of the molecules expressed by the villi of the trophoblast and responsible for regulating the angiogenic process in physiological and pathological conditions. The highly specific interaction of FGF2 with the acute phase protein Pentraxin 3 (PTX3) prevents the engagement of FGF2 to its specific receptors and impair the biological activities FGF2-dependent, including angiogenesis. Some studies report the increased levels of PTX3 and FGF2 in plasma and sera of pregnant women that developed PE. However, it is not clear the involvement of these molecules and the impact of their interaction on the characteristic antiangiogenic state of the disease. Considering that the pathophysiological mechanisms that lead to the development of PE are still unclear, the importance of angiogenesis in the progression of PE, the pro-angiogenic action of FGF2 and its inhibition by PTX3, it is relevant to study the correlation between PTX3 and FGF2 in the context of PE. The aim of this study was to evaluate the plasma and placental concentration of PTX3 and FGF2 in normotensive and pre-eclamptic pregnant women, to correlate these levels with each other and with the clinical aspects of the disease. This is a case-control study that used 19 samples from non-pregnant women, 42 from normotensive pregnant women and 43 from pregnant women with PE. We detected by sandwich ELISA that the concentrations of PTX3 and FGF2 in the plasma of pregnant women with PE at the final third trimester of pregnancy are significantly higher (p <0.05) than those present in the plasma of normotensive pregnant women in the same period of gestation. The higher levels of PTX3 in the plasma of pregnant women with PE do not allow the discrimination between early and late PE. On the other hand, the concentration of FGF2 in the plasma of pregnant women who developed early PE was on average 2 times higher (37.45 pg / mL) than those observed in both the plasma of normotensive (15.77 pg / mL, p=0.002) and pregnant women with late PE (13.08 pg / mL, p=0.004). PTX3 and FGF2 behave independently and no correlation was found between the plasma concentration of these factors and neither with other risk factors for PE analyzed, such as primigestation and weight gain during pregnancy. However, the concentration of PTX3 has shown a positive correlation with that of ANX1A, an important pro-resolving molecule of inflammation. Our findings together corroborate, in Brazilian women, data from other authors that point out the increased concentration of PTX3 and FGF2 in PE. Our data show, in an unprecedented way, the plasma levels increase of FGF2 in early PE and the correlation between the concentration of PTX3 and ANX1A in the plasma of pregnant women with PE. The results presented here serve as a basis for carrying out other studies seeking to evaluate the predictive potential of FGF2 and PTX3 and to elucidate the biological role of these molecules in PE.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoFAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em GenéticaUFMGBrasilICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICASGenéticaPré-eclâmpsiaNeovascularizaçãoProteínas da fase agudaFator 2 de crescimento de fiobroblastosPentraxina 3Pré-eclâmpsiaInflamaçãoGestaçãoExpressão plasmática e placentária da pentraxina 3 e do fator de crescimento de fibroblasto 2 na pré-eclâmpsiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação Mestrado - Flávia Versão FINAL - BIBLIOTECA.pdfDissertação Mestrado - Flávia Versão FINAL - BIBLIOTECA.pdfapplication/pdf3458553https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/52250/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Mestrado%20-%20Fl%c3%a1via%20Vers%c3%a3o%20FINAL%20-%20BIBLIOTECA.pdfe07facaabf5d872f77577904c908ab29MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/52250/4/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD541843/522502023-04-19 12:28:19.076oai:repositorio.ufmg.br:1843/52250TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-04-19T15:28:19Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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