Tradução e transposição no campo da pulsão de morte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Janaina Patricia Rocha de Paula
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/TMCB-7Y3NKK
Resumo: Neste trabalho, recuperamos o conceito de pulsão de morte e as argumentações freudianas que nos permitem lê-lo no seu aspecto fora do campo da representação, apontando para o caráter traumático e disruptivo do pulsional. A pulsão de morte é formalizada no livro Além do princípio de prazer, e nos parece ser o resultado de um trabalho de tradução operado por Freud, diante da escuta clínica daquilo que excedia aos domínios do princípio do prazer. Freud define a pulsão como uma força continuamente a fluir, nos indicando um campo deintensidades que impele à tarefa tradutiva e, no entanto, resiste a que tudo seja traduzido. Diante desse conceito muitos analistas se colocaram a trabalho na tentativa de defini-lo. Tomamos nesta dissertação a leitura empreendida por Laplanche e Lacan indicando que, na tradução operada por esses autores, há um vetor que aponta para o corpo no seu aspecto intensivo. Da mesma maneira que o conceito de pulsão de morte levou ao trabalho os analistas, na tentativa de traduzi-lo, também a pulsão aparece na clínica como aquilo queincita o trabalho de tradução, ao mesmo tempo em que resiste a ele. Diante da resistência da própria pulsão a exigência parece ser de um trabalho a mais. Na teoria e na clínica o que resta dessa operação tradutiva é o aspecto de um corpo pulsional que exige um trabalho que passa pela tradução e segue um ponto além. É a partir dessas noções que tomamos a escrita de Pascal Quignard, apontando que ela transita entre a tradução e a transposição como uma medida de trabalho exigido pelo campo pulsional. É nesse sentido que a transposição é pensada como esse trabalho a mais, que não elimina a intensidade pulsional, mas a escreve num outro registro.
id UFMG_d06575f2f168e5defbbb5fab86965489
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/TMCB-7Y3NKK
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Paulo Cesar de Carvalho RibeiroRegina Alice NeriAngela Maria Resende VorcaroJanaina Patricia Rocha de Paula2019-08-11T14:01:11Z2019-08-11T14:01:11Z2008-08-20http://hdl.handle.net/1843/TMCB-7Y3NKKNeste trabalho, recuperamos o conceito de pulsão de morte e as argumentações freudianas que nos permitem lê-lo no seu aspecto fora do campo da representação, apontando para o caráter traumático e disruptivo do pulsional. A pulsão de morte é formalizada no livro Além do princípio de prazer, e nos parece ser o resultado de um trabalho de tradução operado por Freud, diante da escuta clínica daquilo que excedia aos domínios do princípio do prazer. Freud define a pulsão como uma força continuamente a fluir, nos indicando um campo deintensidades que impele à tarefa tradutiva e, no entanto, resiste a que tudo seja traduzido. Diante desse conceito muitos analistas se colocaram a trabalho na tentativa de defini-lo. Tomamos nesta dissertação a leitura empreendida por Laplanche e Lacan indicando que, na tradução operada por esses autores, há um vetor que aponta para o corpo no seu aspecto intensivo. Da mesma maneira que o conceito de pulsão de morte levou ao trabalho os analistas, na tentativa de traduzi-lo, também a pulsão aparece na clínica como aquilo queincita o trabalho de tradução, ao mesmo tempo em que resiste a ele. Diante da resistência da própria pulsão a exigência parece ser de um trabalho a mais. Na teoria e na clínica o que resta dessa operação tradutiva é o aspecto de um corpo pulsional que exige um trabalho que passa pela tradução e segue um ponto além. É a partir dessas noções que tomamos a escrita de Pascal Quignard, apontando que ela transita entre a tradução e a transposição como uma medida de trabalho exigido pelo campo pulsional. É nesse sentido que a transposição é pensada como esse trabalho a mais, que não elimina a intensidade pulsional, mas a escreve num outro registro.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGMortePsicologiaTtraduçãoTransposiçãoPulsão de mortePsicologiaTradução e transposição no campo da pulsão de morteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALcap_i.pdfapplication/pdf300011https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/TMCB-7Y3NKK/1/cap_i.pdf9fe84087b53fb24d63d252427564c1a0MD51cap_ii.pdfapplication/pdf232913https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/TMCB-7Y3NKK/2/cap_ii.pdf09e2ad356d1f190c9c20c9ed167317cbMD52cap_iii.pdfapplication/pdf355641https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/TMCB-7Y3NKK/3/cap_iii.pdf1d5cef894e15848d6af272cd2cfb6901MD53cap_iv.pdfapplication/pdf294667https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/TMCB-7Y3NKK/4/cap_iv.pdf518752da3dc06a0bf4a2a0220f5cde1dMD54introdu__o.pdfapplication/pdf127324https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/TMCB-7Y3NKK/5/introdu__o.pdf1ae9c20186998844cd6e187fe3ed9a9eMD55TEXTcap_i.pdf.txtcap_i.pdf.txtExtracted texttext/plain81482https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/TMCB-7Y3NKK/6/cap_i.pdf.txt80d1cfefac909e74355b77fc174e70bbMD56cap_ii.pdf.txtcap_ii.pdf.txtExtracted texttext/plain54170https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/TMCB-7Y3NKK/7/cap_ii.pdf.txt94c9532f6ce9c3b1162fb0f56f14a8d2MD57cap_iii.pdf.txtcap_iii.pdf.txtExtracted texttext/plain99802https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/TMCB-7Y3NKK/8/cap_iii.pdf.txt138182abece23ba8ebb9d4d3063493c0MD58cap_iv.pdf.txtcap_iv.pdf.txtExtracted texttext/plain69938https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/TMCB-7Y3NKK/9/cap_iv.pdf.txtf97138e2e68552fc2008e65c132e3c7eMD59introdu__o.pdf.txtintrodu__o.pdf.txtExtracted texttext/plain17943https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/TMCB-7Y3NKK/10/introdu__o.pdf.txt894ccbb4f7bb651b886ab1ab4d9b1803MD5101843/TMCB-7Y3NKK2019-11-14 09:01:29.603oai:repositorio.ufmg.br:1843/TMCB-7Y3NKKRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T12:01:29Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Tradução e transposição no campo da pulsão de morte
title Tradução e transposição no campo da pulsão de morte
spellingShingle Tradução e transposição no campo da pulsão de morte
Janaina Patricia Rocha de Paula
Ttradução
Transposição
Pulsão de morte
Psicologia
Morte
Psicologia
title_short Tradução e transposição no campo da pulsão de morte
title_full Tradução e transposição no campo da pulsão de morte
title_fullStr Tradução e transposição no campo da pulsão de morte
title_full_unstemmed Tradução e transposição no campo da pulsão de morte
title_sort Tradução e transposição no campo da pulsão de morte
author Janaina Patricia Rocha de Paula
author_facet Janaina Patricia Rocha de Paula
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Paulo Cesar de Carvalho Ribeiro
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Regina Alice Neri
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Angela Maria Resende Vorcaro
dc.contributor.author.fl_str_mv Janaina Patricia Rocha de Paula
contributor_str_mv Paulo Cesar de Carvalho Ribeiro
Regina Alice Neri
Angela Maria Resende Vorcaro
dc.subject.por.fl_str_mv Ttradução
Transposição
Pulsão de morte
Psicologia
topic Ttradução
Transposição
Pulsão de morte
Psicologia
Morte
Psicologia
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Morte
Psicologia
description Neste trabalho, recuperamos o conceito de pulsão de morte e as argumentações freudianas que nos permitem lê-lo no seu aspecto fora do campo da representação, apontando para o caráter traumático e disruptivo do pulsional. A pulsão de morte é formalizada no livro Além do princípio de prazer, e nos parece ser o resultado de um trabalho de tradução operado por Freud, diante da escuta clínica daquilo que excedia aos domínios do princípio do prazer. Freud define a pulsão como uma força continuamente a fluir, nos indicando um campo deintensidades que impele à tarefa tradutiva e, no entanto, resiste a que tudo seja traduzido. Diante desse conceito muitos analistas se colocaram a trabalho na tentativa de defini-lo. Tomamos nesta dissertação a leitura empreendida por Laplanche e Lacan indicando que, na tradução operada por esses autores, há um vetor que aponta para o corpo no seu aspecto intensivo. Da mesma maneira que o conceito de pulsão de morte levou ao trabalho os analistas, na tentativa de traduzi-lo, também a pulsão aparece na clínica como aquilo queincita o trabalho de tradução, ao mesmo tempo em que resiste a ele. Diante da resistência da própria pulsão a exigência parece ser de um trabalho a mais. Na teoria e na clínica o que resta dessa operação tradutiva é o aspecto de um corpo pulsional que exige um trabalho que passa pela tradução e segue um ponto além. É a partir dessas noções que tomamos a escrita de Pascal Quignard, apontando que ela transita entre a tradução e a transposição como uma medida de trabalho exigido pelo campo pulsional. É nesse sentido que a transposição é pensada como esse trabalho a mais, que não elimina a intensidade pulsional, mas a escreve num outro registro.
publishDate 2008
dc.date.issued.fl_str_mv 2008-08-20
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-11T14:01:11Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-11T14:01:11Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/TMCB-7Y3NKK
url http://hdl.handle.net/1843/TMCB-7Y3NKK
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/TMCB-7Y3NKK/1/cap_i.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/TMCB-7Y3NKK/2/cap_ii.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/TMCB-7Y3NKK/3/cap_iii.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/TMCB-7Y3NKK/4/cap_iv.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/TMCB-7Y3NKK/5/introdu__o.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/TMCB-7Y3NKK/6/cap_i.pdf.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/TMCB-7Y3NKK/7/cap_ii.pdf.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/TMCB-7Y3NKK/8/cap_iii.pdf.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/TMCB-7Y3NKK/9/cap_iv.pdf.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/TMCB-7Y3NKK/10/introdu__o.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 9fe84087b53fb24d63d252427564c1a0
09e2ad356d1f190c9c20c9ed167317cb
1d5cef894e15848d6af272cd2cfb6901
518752da3dc06a0bf4a2a0220f5cde1d
1ae9c20186998844cd6e187fe3ed9a9e
80d1cfefac909e74355b77fc174e70bb
94c9532f6ce9c3b1162fb0f56f14a8d2
138182abece23ba8ebb9d4d3063493c0
f97138e2e68552fc2008e65c132e3c7e
894ccbb4f7bb651b886ab1ab4d9b1803
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589429812527104