Tradução e transposição no campo da pulsão de morte
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/TMCB-7Y3NKK |
Resumo: | Neste trabalho, recuperamos o conceito de pulsão de morte e as argumentações freudianas que nos permitem lê-lo no seu aspecto fora do campo da representação, apontando para o caráter traumático e disruptivo do pulsional. A pulsão de morte é formalizada no livro Além do princípio de prazer, e nos parece ser o resultado de um trabalho de tradução operado por Freud, diante da escuta clínica daquilo que excedia aos domínios do princípio do prazer. Freud define a pulsão como uma força continuamente a fluir, nos indicando um campo deintensidades que impele à tarefa tradutiva e, no entanto, resiste a que tudo seja traduzido. Diante desse conceito muitos analistas se colocaram a trabalho na tentativa de defini-lo. Tomamos nesta dissertação a leitura empreendida por Laplanche e Lacan indicando que, na tradução operada por esses autores, há um vetor que aponta para o corpo no seu aspecto intensivo. Da mesma maneira que o conceito de pulsão de morte levou ao trabalho os analistas, na tentativa de traduzi-lo, também a pulsão aparece na clínica como aquilo queincita o trabalho de tradução, ao mesmo tempo em que resiste a ele. Diante da resistência da própria pulsão a exigência parece ser de um trabalho a mais. Na teoria e na clínica o que resta dessa operação tradutiva é o aspecto de um corpo pulsional que exige um trabalho que passa pela tradução e segue um ponto além. É a partir dessas noções que tomamos a escrita de Pascal Quignard, apontando que ela transita entre a tradução e a transposição como uma medida de trabalho exigido pelo campo pulsional. É nesse sentido que a transposição é pensada como esse trabalho a mais, que não elimina a intensidade pulsional, mas a escreve num outro registro. |
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