Leitura crítica de textos da mídia: desnaturalizando discursos hegemônicos em aulas de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental II

• Autor(a) principal: Camila Emanuele de Oliveira Abreu
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/LETR-BBAGWS
• topic: Leitura crítica mídia discurso; Compreensão na leitura; Discurso midiático; Leitura (Ensino fundamental) Estudo e ensino; Gêneros textuais; Leitores Reação crítica

Este trabalho propõe a análise de um conjunto de estratégias de leitura crítica, dentre elas as oficinas de leitura de diversos textos veiculados na mídia brasileira. As atividades foram desenvolvidas nas aulas de língua portuguesa, na educação básica, com uma turma de 8º ano de uma escola pública municipal. O trabalho foi dividido em três etapas distintas: a primeira etapa objetivou diagnosticar o perfil socioeconômico e os interesses de leitura dos alunos, tendo em vista os hábitos de consumo de mídias impressas, televisivas e virtuais. Posteriormente, os alunos participaram de oficinas de leitura de textos jornalísticos e publicitários, convergentes com os interesses elencados na primeira etapa, a fim de lançar sobre estes um olhar reflexivo quanto aos posicionamentos adotados pelos veículos de comunicação e também quanto aos impactos sociais da disseminação e recepção passiva desses enunciados. A terceira etapa consistiu na verificação do progresso alcançado com as oficinas de leitura crítica, por meio da produção de vídeos de divulgação e alerta sobre os interesses mercadológicos dos textos veiculados na mídia, a fim de conscientizar o público sobre a importância de uma leitura crítico-reflexiva desses textos jornais, telenovelas, publicidades, etc. Para isso, foi criado um canal na plataforma Youtube, de livre acesso pela comunidade escolar, no qual foram postados os vídeos produzidos pela turma. Os resultados obtidos mostraram-se relevantes no campo da análise discursiva, uma vez que demonstrou a percepção de que todas as escolhas linguísticas, visuais e discursivas não são aleatórias, mas movidas por interesses ideológicos.