Avaliação da evolução dos recém-nascidos com doença hemolítica perinatal por aloimunização materna, submetidos e não à transfusão intrauterina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Julia Freitas Villaschi
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9HKGTY
Resumo: A doença hemolítica perinatal (DHPN) por aloimunização Rh materna é doença rara, mas ainda é grave e incide sobre muito dos recém-nascidos (RN). As melhorias nas últimas décadas na condução pré-natal resultaram em redução da mortalidade perinatal. Com o aumento da sobrevida, estudos sobre desfecho em curto e longo prazos se fizeram necessários.Objetivos: 1/ Avaliar as condições de nascimento, o tratamento e a evolução dos recémnascidos com DHPN por aloimunização Rh durante seu período de internação hospitalar, após o parto; 2/ Comparar a evolução clínica pós-natal dos que foram submetidos a procedimento transfusional durante a gestação com a daqueles que não receberam transfusão intrauterina (TIU).Pacientes e métodos: Estudo de coorte, do período de 2005 a 2011, em que todas 114 gestantes com aloimunização Rh matriculadas no CEMEFE-HC/UFMG foram recrutadas. Características da gestação que pudessem influenciar o desfecho pós-natal foram descritas e analisadas. Seus 75 conceptos resultantes com DHPN nascidos na maternidade Otto Cirne do HC/UFMG foram avaliados quanto às características clínicas e laboratoriais, tratamentos, comorbidades e mortalidade apresentados. Comparou-se a evolução pós-natal entre o grupo exposto à TIU com a do grupo não exposto à TIU.Resultados: Dos 75 RN, 31 foram submetidos à TIU e 44 não expostos à TIU. Os dois grupos se assemelharam quanto às seguintes características: mortalidade pós-natal, Apgar de 5° minuto, necessidade de terapêutica (fototerapia e exsanguineotransfusão), total de dias de internação; o que se explica, em parte, pela excelência dos cuidados prestados. Recémnascidos submetidos à TIU apresentaram evolução neonatal mais grave quanto ao Apgar 1° minuto, necessidade de reanimação em sala de parto, prematuridade, baixo peso ao nascer, hidropisia ao nascer, valores de hemoglobina durante a internação, bilirrubina de sangue de cordão, sepse, desconforto respiratório, ventilação mecânica, hemorragia intraventricular e necessidade de terapia intensiva.Conclusões: Os tratamentos antenatal e pós-natal em serviço de referência fizeram com que os fetos levemente anêmicos e gravemente anêmicos, mesmo com características diferentes ao nascer, apresentassem evolução comparável sob muitos aspectos, demandando terapêuticas semelhantes para o tratamento da DHPN. No entanto, houve demanda diferenciada pelo tratamento para as comorbidades, provavelmente secundárias às características da prematuridade e do baixo peso e não somente da DHPN.
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Comparou-se a evolução pós-natal entre o grupo exposto à TIU com a do grupo não exposto à TIU.Resultados: Dos 75 RN, 31 foram submetidos à TIU e 44 não expostos à TIU. Os dois grupos se assemelharam quanto às seguintes características: mortalidade pós-natal, Apgar de 5° minuto, necessidade de terapêutica (fototerapia e exsanguineotransfusão), total de dias de internação; o que se explica, em parte, pela excelência dos cuidados prestados. 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No entanto, houve demanda diferenciada pelo tratamento para as comorbidades, provavelmente secundárias às características da prematuridade e do baixo peso e não somente da DHPN.Hemolytic disease of the newborn (HDN) due to maternal Rh alloimmunization, though rare, is still very serious and affects many newborns (NB). Improvements in prenatal care in the recent decades effectively reduced perinatal mortality. With increased survival, outcome studies of short and long term are needed.Objectives: 1/ To evaluate birth conditions,treatment, and outcome of newborns with HDN by Rh alloimmunization after delivery, during hospital stay. 2/ To compare the postnatal clinical course of those who underwent transfusion procedure during pregnancy with those who did not receive intrauterine transfusion (IUT). Patients and methods: A cohort study in which all 114 pregnant women with Rh alloimmunization enrolled in the CEMEFE-HC/UFMG were recruited. Pregnancy facts that might influence the outcome of post-natal development were described and analyzed. The 75 resulting fetuses with HDN born in the HC/UFMG Otto Cirne maternity were evaluated for clinical and laboratory characteristics, treatment, comorbidity and mortality. The postnatal outcomes of the group exposed to the IUT were compared to those of the group not exposed to the IUT.Results: Of the 75 newborns, 31 were exposed to the IUT and 44 were not. The two groups were similar in the following characteristics: postnatal mortality, Apgar score at 5th minute, need for therapy (phototherapy and exchange transfusion), and total hospital days, which can be partly explained by the excellence of care. Newborns undergoing IUT had more serious neonatal progression in the Apgar score 1 minute, needing resuscitation in the delivery room, and showing prematurity, low birth weight, hydrops at birth, low hemoglobin levels during hospital stay, high cord blood bilirubin levels, sepsis, respiratory distress, need for mechanical ventilation, intraventricular hemorrhage, and need for intensive care.Conclusions: The prenatal and postnatal treatments in a reference center meant that mildly anemic and severely anemic fetuses, even with different characteristics at birth, presented with courses similar in many ways, requiring similar therapeutics for HDN treatment. There was, however, a demand for differentiated treatment of comorbidities, probably secondary to the prematurity characteristics to low birth weight and not just to the HDN.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGIsoimunização RH/complicaçõesMortalidade perinatalResultado de tratamentoPrognósticoEritroblastose fetalTransfusão de sangue intra-uterinaPerinatologiaComorbidadeEstudos de coortesCuidado pós-natalSobrevidaEstudo observacionalFototerapiaIsoimunização RhPrognósticoAnemia hemoliticaComorbidadesHiperbilirrubinemiaTransfusão intrauterinaTransfusão totalAvaliação da evolução dos recém-nascidos com doença hemolítica perinatal por aloimunização materna, submetidos e não à transfusão intrauterinainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_final.pdfapplication/pdf2110606https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9HKGTY/1/disserta__o_final.pdf225397dc8fe3bfe914de37da01d1a3feMD51TEXTdisserta__o_final.pdf.txtdisserta__o_final.pdf.txtExtracted texttext/plain193835https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9HKGTY/2/disserta__o_final.pdf.txtfc03c0dac6eae03571865e2ff2a2aa86MD521843/BUOS-9HKGTY2019-11-14 10:07:07.509oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-9HKGTYRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T13:07:07Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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