Ambiente virtual de aprendizagem no contexto presencial do ensino médio: indícios de autonomia na escrita via estratégias de aprendizagem

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Agleice Marques Gama
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/MGSS-9PRQ9K
Resumo: O advento das tecnologias digitais de informação e comunicação e sua utilização no âmbito educacional, principalmente como ambiente virtual de aprendizagem (AVA), traz a necessidade de se estudar o que elas limitam, mudam ou acrescentam no processo ensino-aprendizagem de línguas no que tange ao desenvolvimento da autonomia. Neste trabalho, defendo que um AVA configurado na plataforma Moodle e integrado ao contexto presencial do ensino médio possibilita o desenvolvimento da autonomia dos alunos em sua aprendizagem de língua materna (LM) por favorecer o uso de estratégias de aprendizagem que levam a uma escrita mais reflexiva. Para tal, identifico e classifico as estratégias de aprendizagem utilizadas pelos alunos durante o uso do AVA; apresento as ferramentas do AVA que permitem maior emprego de estratégias de aprendizagem; e discuto as potencialidades e as limitações do AVA identificadas como possibilitadoras ou inibidoras de autonomia no ensino-aprendizagem da escrita de LM. O AVA investigado, no período de maio a dezembro de 2012, foi coordenado por dois professores de português e por mim, enquanto tutora-pesquisadora, e teve como clientela alunos do 3º ano do ensino médio de uma escola estadual do interior do Pará. Por abarcar os campos on-line e off-line, a investigação pautou-se em uma perspectiva etnográfica (ANGROSINO, 2009) de pesquisa qualitativa imbuída de sua variante virtual (HINE, 2000). Para a análise dos dados, utilizo como embasamento teórico os estudos de autonomia de Benson (1997, 2001), Little (1991, 2000), Paiva (2005, 2006); os de estratégias de aprendizagem de Oxford (1990); os de AVAs de Dillenbourg (2000), Dillenbourg, Schneider e Synteta (2002); os de plataforma Moodle de Dougiamas (1998, 1999, 2000); os de escrita de Olson (1995); entre outros que, ainda que indiretamente, reforçam o que prega a abordagem sociocultural Vygotskiana. Os resultados da análise apontam para um acréscimo no emprego de estratégias de aprendizagem pelos alunos, unindo as já conhecidas de contexto presencial a outras advindas do contexto virtual; indicam as ferramentas fóruns e wiki como as que permitem maior emprego de estratégias de aprendizagem, mobilizando os alunos a fazerem uso de uma escrita mais reflexiva e, ainda, cooperarem uns com os outros; e mostram a convergência da integração no ensino presencial da modalidade on-line como somadora de significativas potencialidades possibilitadoras de autonomia no processo ensino-aprendizagem da escrita de LM. Concluo que a integração de AVA ao ensino presencial pode ajudar a aprimorar estratégias de aprendizagem já anteriormente utilizadas e a desenvolver novas possibilidades de aprender a aprender a língua contextualizadamente com as novas tecnologias, levando os interagentes a desenvolver maior autonomia em seu processo de aprendizagem.
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Para tal, identifico e classifico as estratégias de aprendizagem utilizadas pelos alunos durante o uso do AVA; apresento as ferramentas do AVA que permitem maior emprego de estratégias de aprendizagem; e discuto as potencialidades e as limitações do AVA identificadas como possibilitadoras ou inibidoras de autonomia no ensino-aprendizagem da escrita de LM. O AVA investigado, no período de maio a dezembro de 2012, foi coordenado por dois professores de português e por mim, enquanto tutora-pesquisadora, e teve como clientela alunos do 3º ano do ensino médio de uma escola estadual do interior do Pará. Por abarcar os campos on-line e off-line, a investigação pautou-se em uma perspectiva etnográfica (ANGROSINO, 2009) de pesquisa qualitativa imbuída de sua variante virtual (HINE, 2000). Para a análise dos dados, utilizo como embasamento teórico os estudos de autonomia de Benson (1997, 2001), Little (1991, 2000), Paiva (2005, 2006); os de estratégias de aprendizagem de Oxford (1990); os de AVAs de Dillenbourg (2000), Dillenbourg, Schneider e Synteta (2002); os de plataforma Moodle de Dougiamas (1998, 1999, 2000); os de escrita de Olson (1995); entre outros que, ainda que indiretamente, reforçam o que prega a abordagem sociocultural Vygotskiana. Os resultados da análise apontam para um acréscimo no emprego de estratégias de aprendizagem pelos alunos, unindo as já conhecidas de contexto presencial a outras advindas do contexto virtual; indicam as ferramentas fóruns e wiki como as que permitem maior emprego de estratégias de aprendizagem, mobilizando os alunos a fazerem uso de uma escrita mais reflexiva e, ainda, cooperarem uns com os outros; e mostram a convergência da integração no ensino presencial da modalidade on-line como somadora de significativas potencialidades possibilitadoras de autonomia no processo ensino-aprendizagem da escrita de LM. Concluo que a integração de AVA ao ensino presencial pode ajudar a aprimorar estratégias de aprendizagem já anteriormente utilizadas e a desenvolver novas possibilidades de aprender a aprender a língua contextualizadamente com as novas tecnologias, levando os interagentes a desenvolver maior autonomia em seu processo de aprendizagem.With the arrival of digital information and communication technologies and their usage in the domain of education, especially in the form of virtual learning environments (VLEs), it is necessary to study how they limit, change, or facilitate the process of teaching and learning languages, with regard to the development of autonomy. In this work, I argue that a VLE based on the Moodle platform, integrated into a face-to-face secondary school environment, fosters the students development of autonomy in their native language (L1) learning, by promoting the use of learning strategies that lead to more reflective writing. To this end, I identify and classify the learning strategies utilized by the students while using the VLE; introduce the tools of the VLE that allow for greater use of learning strategies; and discuss the capabilities and limitations of the VLE, identified as enablers or inhibitors of autonomy in the teaching and learning of L1 writing. The VLE studied, between May and December 2012, was coordinated by two Portuguese language teachers and myself, then an instructor-researcher, and his participants were final-year students from a secondary school in the state education system of Pará. To bridge the online and offline worlds, the study was guided by an ethnographic approach (ANGROSINO, 2009) to qualitative research, in its virtual form (HINE, 2000). For the data analysis, I utilize as a theoretical base the studies by Benson (1997, 2001), Little (1991, 2000), and Paiva (2005, 2006), regarding autonomy; by Oxford (1990), regarding learning strategies; by Dillenbourg (2000) and Dillenbourg, Schneider & Synteta (2002), regarding VLEs; by Dougiamas (1998, 1999, 2000), regarding the Moodle platform; and by Olson (1995), regarding writing; among others that, albeit indirectly, reinforce the Vygotskian sociocultural approach. The results of the analysis point to an increase in the students application of learning strategies, combining strategies already familiar from face-to-face settings with new strategies from virtual settings; suggest forums and wikis as the tools that permit the greatest application of learning strategies, propelling the students to employ a more reflexive writing style while still cooperating with each other; and demonstrate that the integration of online functionality into face-to-face education serves as an aggregator of meaningful capabilities for enabling autonomy in the teaching-learning process of L1 writing. I conclude that the integration of VLEs into face-to-face education helps advance the use of existing learning strategies and also develop new capabilities for learning how to learn a language with the new technologies, leading participants to develop greater autonomy in their learning processes.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGLínguas Métodos de ensinoAprendizagem autônomaLíngua materna Estudo e ensinoLíngua portuguesa Ensino auxiliado por computadorInternet na educaçãoEstratégias de aprendizagemLíngua maternaEscritaAutonomiaAmbiente virtual de aprendizagemAmbiente virtual de aprendizagem no contexto presencial do ensino médio: indícios de autonomia na escrita via estratégias de aprendizageminfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese.agleice.poslin.ufmg.docx..pdfapplication/pdf12667498https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MGSS-9PRQ9K/1/tese.agleice.poslin.ufmg.docx..pdf16ee7630fabffdd056c0e2e5b22d67f5MD51TEXTtese.agleice.poslin.ufmg.docx..pdf.txttese.agleice.poslin.ufmg.docx..pdf.txtExtracted texttext/plain826850https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MGSS-9PRQ9K/2/tese.agleice.poslin.ufmg.docx..pdf.txt7b4d60f95f5d3a57caab15d33bac7609MD521843/MGSS-9PRQ9K2019-11-14 06:09:36.658oai:repositorio.ufmg.br:1843/MGSS-9PRQ9KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T09:09:36Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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