Estresse e burnout: um estudo com gestores de escolas estaduais de Belo Horizonte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Etienne Barbosa da Silva Moreira
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A5AJE4
Resumo: Este estudo tem por objetivo geral analisar aspectos pertinentes as dimensões do estresse ocupacional e da síndrome de bournout em diretores de escolas estaduais do município de Belo Horizonte (MG). Para atingir tais objetivos, realizou-se uma pesquisa de caráter descritivo, com abordagem quantitativa e qualitativa. O método de investigação envolveu o estudo de caso. Para a investigação das variáveis do estresse ocupacional, foi utilizado o modelo de Cooper, Sloan e Williams (1988). Quanto as variáveis componentes do burnout, foram investigadas a partir do Maslach Burnout Inventory, elaborado por Maslach e Jackson (1981). A amostra contou com 77 diretores que responderam ao questionário e 12 que participaram de uma entrevista. Os resultados obtidos por meio dos questionário foram tratados nos moldes estatísticos uni e bivariado, com base no software estatístico SPSS (versão 15). As entrevistas foram direcionadas por meio de um roteiro semi-estruturado e os resultados analisados à luz da técnica de analise de conteúdo. O conjunto dos resultados mais relevantes, referentes as variáveis demográficas e funcionais, evidenciou que o perfil dos diretores de escolas estaduais pesquisado e do sexo feminino, com idade acima de 40 anos, casados, com filhos e, no aspecto da escolaridade, a maioria tem especialização e atuam já mais de 20 anos na profissão e no serviço público e de um a cinco anos no cargo. Não ocupam outro emprego e cumprem jornada de trabalho de 40 horas. De forma geral, todos os fatores de estresse ocupacional avaliados revelam um pressão moderada no trabalho dos gestores pesquisados, com exceção daqueles associados ao relacionamento interpessoal, que se apresentou de forma mais acentuada. Entre as subcategorias mais relevantes do fator relacionamento interpessoal, os diretores queixaram-se de conflitos com diversos públicos (pais, alunos, professores, subordinados) e do gerenciamento de denuncias infundadas e anônimas, junto a Secretaria Estadual de Educação. Ainda, quanto as fontes de pressão, observou-se, pela analise quantitativa, que a menor fonte provem dos fatores intrínsecos do trabalho. Em contrapartida, os depoimentos revelam com destaque as características intrínsecas do trabalho como fonte de pressão, alem de outras duas: as características organizacionais e o papel gerencial. Neste caso, as subcategorias de maior incidência, respectivamente, foram: a sobrecarga de trabalho, o baixo piso salarial e a baixa autonomia. Quanto as características individuais, verificou-se leve superioridade de indivíduos que se enquadram no tipo A de personalidade e predominância do lócus de controle interno. Notou-se que, de maneira geral, há poucos resultados relativos ao aparecimento de sintomas físicos e mentais na fase quantitativa, contradizendo os achados da fase qualitativa, e os respondentes tem se utilizado das estratégias como forma de combater o estresse com freqüência satisfatória. No que se refere aos resultados de síndrome de burnout, os achados evidenciaram predominância do nível baixo na variável resumo da seção, com baixos níveis de exaustão emocional e despersonalização e elevado grau de realização pessoal. Nas entrevistas, nota-se que , a despeito das queixas freqüentes relacionadas as características do cargo e a percepção do trabalho e do contexto laboral, alem de relatos que revelam esgotamento dos recursos emocionais e sentimento de desvalorização dos gestores, eles se mostram entusiasmado e realizados profissionalmente no exercício de sua função.
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