Trabalho a céu aberto e sua relação com a saúde dos trabalhadores: exposição ao calor e a radiação solar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jelvis Santos Machado
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/53993
https://orcid.org/0000-0002-3873-3512
Resumo: Grande parte das atividades agroflorestais são desenvolvidas em campo, a céu aberto, sujeitas às intempéries climáticas, exposição ao calor e radiação ultravioleta (UV) e demais condições estressantes. No Brasil, somente o Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG) é normatizado para avaliações de exposição ocupacional ao calor e este não leva em consideração variáveis importantes e especificas para a mensuração da radiação UV, fator que pode ocasionar fragilidade na caracterização dos agentes ambientais nocivos presentes nas atividades rurais desenvolvidas a céu aberto. A região de radiação UV, embora classificada como não ionizante e não reconhecida na legislação brasileira, pode causar câncer de pele, envelhecimento precoce, catarata e queimaduras. Há que se considerar, ainda, que a radiação UV pode variar em sua intensidade a depender de fatores diversos como latitude, altitude, reflexão da superfície local (albedo), nebulosidade, dentre outros fatores que, nem sempre estarão relacionados diretamente com a temperatura ou sensação térmica local. Desta forma, este estudo objetivou avaliar, em diferentes regiões brasileiras e latinas, a existência de correlação entre o IBUTG e o índice Ultravioleta (IUV), bem como a aplicabilidade desses índices para a determinação do risco de desenvolvimento distúrbios ocupacionais relacionados a esses agentes físicos em trabalhadores rurais que desenvolvem suas atividades laborais a céu aberto. Para abranger a maior variação possível de latitude, altitude e clima entre os pontos amostrais, foram utilizados dados de cinco regiões localizadas no Brasil e em outras duas localizadas em países da América do Sul. Para cada uma das regiões amostradas, utilizando equações de regressão, foram estimados os valores médios de IBUTG e IUV, com base nos seguintes dados meteorológicos: temperatura do ar, pressão do vapor de água, umidade relativa do ar e radiação solar global. Os resultados demonstraram que não houve correlação entre o IBUTG e o IUV, sendo o primeiro um índice bem correlacionado com a temperatura local, já o segundo teve maior correlação com a radiação local, corroborando o fato de que, localidades que apresentam temperaturas abaixo dos limites de tolerância de exposição ocupacional, de acordo com o IBUTG, podem apresentar condições que exponham os trabalhadores aos riscos de insalubridade decorrentes da exposição à radiação UV. Conclui-se que os índices IBUTG e IUV são índices com diferentes aplicabilidades, sendo o IBUTG apropriado para a caracterização da exposição ocupacional ao calor e o IUV mais eficaz para caracterizar a exposição a radiação UV sendo, ambos, conjuntamente importantes ferramentas para a proposição de medidas preventivas capazes de evitar o adoecimento dos trabalhadores agroflorestais devido a exposição ao calor e a radiação UV.
id UFMG_d59a1152b27bb3aad99095653cd62583
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/53993
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Stanley Schettinohttp://lattes.cnpq.br/8972308303810680Edy Eime Pereira BaraúnaDenise Ransolin Soransohttp://lattes.cnpq.br/8720454170180162Jelvis Santos Machado2023-05-26T14:32:17Z2023-05-26T14:32:17Z2022-10-05http://hdl.handle.net/1843/53993https://orcid.org/0000-0002-3873-3512Grande parte das atividades agroflorestais são desenvolvidas em campo, a céu aberto, sujeitas às intempéries climáticas, exposição ao calor e radiação ultravioleta (UV) e demais condições estressantes. No Brasil, somente o Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG) é normatizado para avaliações de exposição ocupacional ao calor e este não leva em consideração variáveis importantes e especificas para a mensuração da radiação UV, fator que pode ocasionar fragilidade na caracterização dos agentes ambientais nocivos presentes nas atividades rurais desenvolvidas a céu aberto. A região de radiação UV, embora classificada como não ionizante e não reconhecida na legislação brasileira, pode causar câncer de pele, envelhecimento precoce, catarata e queimaduras. Há que se considerar, ainda, que a radiação UV pode variar em sua intensidade a depender de fatores diversos como latitude, altitude, reflexão da superfície local (albedo), nebulosidade, dentre outros fatores que, nem sempre estarão relacionados diretamente com a temperatura ou sensação térmica local. Desta forma, este estudo objetivou avaliar, em diferentes regiões brasileiras e latinas, a existência de correlação entre o IBUTG e o índice Ultravioleta (IUV), bem como a aplicabilidade desses índices para a determinação do risco de desenvolvimento distúrbios ocupacionais relacionados a esses agentes físicos em trabalhadores rurais que desenvolvem suas atividades laborais a céu aberto. Para abranger a maior variação possível de latitude, altitude e clima entre os pontos amostrais, foram utilizados dados de cinco regiões localizadas no Brasil e em outras duas localizadas em países da América do Sul. Para cada uma das regiões amostradas, utilizando equações de regressão, foram estimados os valores médios de IBUTG e IUV, com base nos seguintes dados meteorológicos: temperatura do ar, pressão do vapor de água, umidade relativa do ar e radiação solar global. Os resultados demonstraram que não houve correlação entre o IBUTG e o IUV, sendo o primeiro um índice bem correlacionado com a temperatura local, já o segundo teve maior correlação com a radiação local, corroborando o fato de que, localidades que apresentam temperaturas abaixo dos limites de tolerância de exposição ocupacional, de acordo com o IBUTG, podem apresentar condições que exponham os trabalhadores aos riscos de insalubridade decorrentes da exposição à radiação UV. Conclui-se que os índices IBUTG e IUV são índices com diferentes aplicabilidades, sendo o IBUTG apropriado para a caracterização da exposição ocupacional ao calor e o IUV mais eficaz para caracterizar a exposição a radiação UV sendo, ambos, conjuntamente importantes ferramentas para a proposição de medidas preventivas capazes de evitar o adoecimento dos trabalhadores agroflorestais devido a exposição ao calor e a radiação UV.A large part of agroforestry activities are carried out in the field, in the open, subject to weather conditions, exposure to heat and ultraviolet radiation (UV) and other stressful conditions. In Brazil, only the Globe Thermometer Wet Bulb Index (WGBT) is standardized for assessments of occupational exposure to heat and it does not take into account important and specific variables for the measurement of UV radiation, a factor that can cause fragility in the characterization of the agents. harmful environmental factors present in rural activities carried out in the open. The UV radiation region, although classified as non-ionizing and not recognized in Brazilian legislation, can cause skin cancer, premature aging, cataracts and burns. It should also be considered that UV radiation can vary in its intensity depending on several factors such as latitude, altitude, local surface reflection (albedo), cloud cover, among other factors that are not always directly related to temperature or temperature. local thermal sensation. Thus, this study aimed to evaluate, in different Brazilian and Latin regions, the existence of a correlation between the WGBT and the Ultraviolet Index (UVI), as well as the applicability of these indices to determine the risk of developing occupational disorders related to these physical agents. in rural workers who develop their work activities in the open. In order to encompass the greatest possible variation in latitude, altitude and climate between the sampling points, data from five regions located in Brazil and two other located in South American countries were used. For each of the sampled regions, using regression equations, the mean values of WGBT and UVI were estimated, based on the following meteorological data: air temperature, water vapor pressure, relative humidity and global solar radiation. The results showed that there was no correlation between the WGBT and the UVI, the first being an index well correlated with the local temperature, while the second had a greater correlation with the local radiation, corroborating the fact that, locations that present temperatures below the limits of occupational exposure tolerance, according to the WGBT, may present conditions that expose workers to the risks of insalubrity resulting from exposure to UV radiation. It is concluded that the WGBT and UVI indices are indices with different applicability, being the WGBT appropriate for the characterization of occupational exposure to heat and the IUV more effective to characterize the exposure to UV radiation, both being together important tools for the proposition of preventive measures capable of preventing agroforestry workers from becoming ill due to exposure to heat and UV radiation.FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciências FlorestaisUFMGBrasilICA - INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIASTrabalhadores florestaisSegurança do trabalhoSaúde ambientalDoenças profissionaisTrabalho florestalInsalubridadeSaúde do trabalhadorDoenças ocupacionaisRiscos físicosTrabalho a céu aberto e sua relação com a saúde dos trabalhadores: exposição ao calor e a radiação solarOutdoor work and its relationship with the workers’ health: exposure to heat and solar radiationinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação Jelvis -Final.pdfDissertação Jelvis -Final.pdfapplication/pdf873062https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/53993/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Jelvis%20-Final.pdf7989d091dca265cc94e7b40811db0d2cMD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/53993/4/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD541843/539932023-05-26 11:32:18.114oai:repositorio.ufmg.br:1843/53993TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-05-26T14:32:18Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Trabalho a céu aberto e sua relação com a saúde dos trabalhadores: exposição ao calor e a radiação solar
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Outdoor work and its relationship with the workers’ health: exposure to heat and solar radiation
title Trabalho a céu aberto e sua relação com a saúde dos trabalhadores: exposição ao calor e a radiação solar
spellingShingle Trabalho a céu aberto e sua relação com a saúde dos trabalhadores: exposição ao calor e a radiação solar
Jelvis Santos Machado
Trabalho florestal
Insalubridade
Saúde do trabalhador
Doenças ocupacionais
Riscos físicos
Trabalhadores florestais
Segurança do trabalho
Saúde ambiental
Doenças profissionais
title_short Trabalho a céu aberto e sua relação com a saúde dos trabalhadores: exposição ao calor e a radiação solar
title_full Trabalho a céu aberto e sua relação com a saúde dos trabalhadores: exposição ao calor e a radiação solar
title_fullStr Trabalho a céu aberto e sua relação com a saúde dos trabalhadores: exposição ao calor e a radiação solar
title_full_unstemmed Trabalho a céu aberto e sua relação com a saúde dos trabalhadores: exposição ao calor e a radiação solar
title_sort Trabalho a céu aberto e sua relação com a saúde dos trabalhadores: exposição ao calor e a radiação solar
author Jelvis Santos Machado
author_facet Jelvis Santos Machado
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Stanley Schettino
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8972308303810680
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Edy Eime Pereira Baraúna
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Denise Ransolin Soranso
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8720454170180162
dc.contributor.author.fl_str_mv Jelvis Santos Machado
contributor_str_mv Stanley Schettino
Edy Eime Pereira Baraúna
Denise Ransolin Soranso
dc.subject.por.fl_str_mv Trabalho florestal
Insalubridade
Saúde do trabalhador
Doenças ocupacionais
Riscos físicos
topic Trabalho florestal
Insalubridade
Saúde do trabalhador
Doenças ocupacionais
Riscos físicos
Trabalhadores florestais
Segurança do trabalho
Saúde ambiental
Doenças profissionais
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Trabalhadores florestais
Segurança do trabalho
Saúde ambiental
Doenças profissionais
description Grande parte das atividades agroflorestais são desenvolvidas em campo, a céu aberto, sujeitas às intempéries climáticas, exposição ao calor e radiação ultravioleta (UV) e demais condições estressantes. No Brasil, somente o Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG) é normatizado para avaliações de exposição ocupacional ao calor e este não leva em consideração variáveis importantes e especificas para a mensuração da radiação UV, fator que pode ocasionar fragilidade na caracterização dos agentes ambientais nocivos presentes nas atividades rurais desenvolvidas a céu aberto. A região de radiação UV, embora classificada como não ionizante e não reconhecida na legislação brasileira, pode causar câncer de pele, envelhecimento precoce, catarata e queimaduras. Há que se considerar, ainda, que a radiação UV pode variar em sua intensidade a depender de fatores diversos como latitude, altitude, reflexão da superfície local (albedo), nebulosidade, dentre outros fatores que, nem sempre estarão relacionados diretamente com a temperatura ou sensação térmica local. Desta forma, este estudo objetivou avaliar, em diferentes regiões brasileiras e latinas, a existência de correlação entre o IBUTG e o índice Ultravioleta (IUV), bem como a aplicabilidade desses índices para a determinação do risco de desenvolvimento distúrbios ocupacionais relacionados a esses agentes físicos em trabalhadores rurais que desenvolvem suas atividades laborais a céu aberto. Para abranger a maior variação possível de latitude, altitude e clima entre os pontos amostrais, foram utilizados dados de cinco regiões localizadas no Brasil e em outras duas localizadas em países da América do Sul. Para cada uma das regiões amostradas, utilizando equações de regressão, foram estimados os valores médios de IBUTG e IUV, com base nos seguintes dados meteorológicos: temperatura do ar, pressão do vapor de água, umidade relativa do ar e radiação solar global. Os resultados demonstraram que não houve correlação entre o IBUTG e o IUV, sendo o primeiro um índice bem correlacionado com a temperatura local, já o segundo teve maior correlação com a radiação local, corroborando o fato de que, localidades que apresentam temperaturas abaixo dos limites de tolerância de exposição ocupacional, de acordo com o IBUTG, podem apresentar condições que exponham os trabalhadores aos riscos de insalubridade decorrentes da exposição à radiação UV. Conclui-se que os índices IBUTG e IUV são índices com diferentes aplicabilidades, sendo o IBUTG apropriado para a caracterização da exposição ocupacional ao calor e o IUV mais eficaz para caracterizar a exposição a radiação UV sendo, ambos, conjuntamente importantes ferramentas para a proposição de medidas preventivas capazes de evitar o adoecimento dos trabalhadores agroflorestais devido a exposição ao calor e a radiação UV.
publishDate 2022
dc.date.issued.fl_str_mv 2022-10-05
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-05-26T14:32:17Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-05-26T14:32:17Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/53993
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0002-3873-3512
url http://hdl.handle.net/1843/53993
https://orcid.org/0000-0002-3873-3512
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICA - INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/53993/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Jelvis%20-Final.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/53993/4/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 7989d091dca265cc94e7b40811db0d2c
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589406801526784