Tem festa de negro na república branca: o reinado em Belo Horizonte na Primeira República
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AQHH3W |
Resumo: | O presente trabalho apresenta a negação do negro em Belo Horizonte no período da Primeira República. A cidade foi planejada para ser a nova capital do estado de Minas Gerais na esteira dos ideais de modernização e modernidade o Brasil após a proclamação da República. Suplantando estrutura urbana colonial da antiga capital Ouro Preto, a construção da nova capital apontou para uma forte preocupação limpeza urbana, que por sua vez, caminhou para além das estruturas físicas. A pretensão de uma higienização social também fez parte dos planos da nascente cidade e desta maneira, a cidade deveria ser ocupada por moradores que conseguissem se integrar e compreender a proposta de progresso contida em seu projeto. Na esteira deste ideal, percebe-se a ausência dos negros nos registros da cidade na Primeira República. Na busca pelas referencias dos negros na cidade, este estudo debruça na religiosidade negra, com foco na Irmandade os Carolinos, única referência de Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos existente na Primeira República que ainda mantem suas atividades na cidade. Tendo tradicionalmente seus festejos realizados nas ruas, as manifestações da Irmandade os Carolinos percorreu e ainda percorrem a periferia noroeste da cidade. Para além de uma análise apenas na Primeira República, esta tese aponta para o reconhecimento das Irmandade como possíveis Patrimônios Culturais de Minas Gerais pelas agências preservacionista, ocasionando assim uma aparecimento do negro na história da cidade. Esta mudança em relação ao negro mais especificamente, o negro das Irmandades de Nossa Senhora do Rosário nos leva a dois caminhos de análise. O primeiro que percebe a patrimonialização como um subsidio de uma espetacularização das festas, tornando-as um produto cultural a ser consumido nas cidades. O segundo viés de estudo aponta a patrimonialização das irmandades. |
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Regina Helena Alves da SilvaLaura Antunes MacielJuliana Gonzaga JaymeAndréa Casa Nova MaiaTarcisio Rodrigues BotelhoWanessa Pires Lott2019-08-12T00:18:40Z2019-08-12T00:18:40Z2017-05-26http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AQHH3WO presente trabalho apresenta a negação do negro em Belo Horizonte no período da Primeira República. A cidade foi planejada para ser a nova capital do estado de Minas Gerais na esteira dos ideais de modernização e modernidade o Brasil após a proclamação da República. Suplantando estrutura urbana colonial da antiga capital Ouro Preto, a construção da nova capital apontou para uma forte preocupação limpeza urbana, que por sua vez, caminhou para além das estruturas físicas. A pretensão de uma higienização social também fez parte dos planos da nascente cidade e desta maneira, a cidade deveria ser ocupada por moradores que conseguissem se integrar e compreender a proposta de progresso contida em seu projeto. Na esteira deste ideal, percebe-se a ausência dos negros nos registros da cidade na Primeira República. Na busca pelas referencias dos negros na cidade, este estudo debruça na religiosidade negra, com foco na Irmandade os Carolinos, única referência de Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos existente na Primeira República que ainda mantem suas atividades na cidade. Tendo tradicionalmente seus festejos realizados nas ruas, as manifestações da Irmandade os Carolinos percorreu e ainda percorrem a periferia noroeste da cidade. Para além de uma análise apenas na Primeira República, esta tese aponta para o reconhecimento das Irmandade como possíveis Patrimônios Culturais de Minas Gerais pelas agências preservacionista, ocasionando assim uma aparecimento do negro na história da cidade. Esta mudança em relação ao negro mais especificamente, o negro das Irmandades de Nossa Senhora do Rosário nos leva a dois caminhos de análise. O primeiro que percebe a patrimonialização como um subsidio de uma espetacularização das festas, tornando-as um produto cultural a ser consumido nas cidades. O segundo viés de estudo aponta a patrimonialização das irmandades.The present work presents the negation of the black in Belo Horizonte in the period of the First Republic. The city was planned to be the new capital of the state of Minas Gerais in the wake of the ideals of modernization and modernity Brazil after the proclamation of the Republic. Supplanting colonial urban structure of the former capital Ouro Preto, the construction of the new capital pointed to a strong concern urban cleansing, which in turn, walked beyond physical structures. The pretension of a social hygiene was also part of the plans of the nascent city and in this way, the city should be occupied by residents who could integrate and understand the proposal of progress contained in their project. In the wake of this ideal, one can see the absence of blacks in the records of the city in the First Republic. In the search for the references of blacks in the city, this study focuses on black religiosity, focusing on Os Carolinos Brotherhood, the only reference of the Brotherhood of Our Lady of the Black Rosary existing in the First Republic that still maintains its activities in the city. Having traditionally held its festivities in the streets, the manifestations of the Brotherhood Os Carolinos traveled and still travel the northwest outskirts of the city. In addition to an analysis only in the First Republic, this thesis points to the recognition of the Fellowship as possible Cultural Patrimony of Minas Gerais by the preservation agencies, thus causing an 'appearance' of the black in the history of the city. This change in relation to the black - more specifically, the Black of the Fraternities of Our Lady of the Rosary - leads us to two ways of analysis. The first that perceives patrimonialization as a subsidy of a spectacularization of the parties, making them a cultural product to be consumed in the cities. The second study bias indicates the patrimonialisation of the brotherhoods.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGIrmandade de Nossa Senhora do RosárioBelo Horizonte HistóriaHistóriaFestas religiosasNegrosIrmandade de Nossa Senhora do RosárioNegroBelo HorizonteFestaTem festa de negro na república branca: o reinado em Belo Horizonte na Primeira Repúblicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_hist_ria_wanessa_pires_lott.pdfapplication/pdf1924059https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AQHH3W/1/tese_hist_ria_wanessa_pires_lott.pdf4d87c5823417209af3183835614baa44MD51TEXTtese_hist_ria_wanessa_pires_lott.pdf.txttese_hist_ria_wanessa_pires_lott.pdf.txtExtracted texttext/plain525352https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AQHH3W/2/tese_hist_ria_wanessa_pires_lott.pdf.txt29fac1d923f7a85a4250bc79bb11b741MD521843/BUBD-AQHH3W2019-11-14 11:51:08.676oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-AQHH3WRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T14:51:08Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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