Declínio da velocidade da marcha e desfechos de saúde em idosos: dados da Rede Fibra

• Autor(a) principal: Rita de Cássia Guedes
• Data de Publicação: 2019
• Outros Autores: Rosângela Corrêa Dias, Anita Liberalesso Neri, Eduardo Ferriolli, Roberto Alves Lourenço, Lygia Paccini Lustosa
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: https://doi.org/10.1590/1809-2950/18036026032019; http://hdl.handle.net/1843/43201; http://orcid.org/0000-0001-8490-1882; http://orcid.org/0000-0002-1027-7746; http://orcid.org/0000-0002-6833-7668; http://orcid.org/0000-0002-5028-2451; http://orcid.org/0000-0003-0838-1285; http://orcid.org/0000-0002-0919-1320
• topic: Idoso; Marcha; Doenças crônicas; Idosos; Marcha; Doenças crônicas

A velocidade da marcha (VM) tem sido considerada um marcador de saúde em idosos capaz de predizer desfechos adversos de saúde, mas a compreensão de fatores associados a ela ainda é limitada e controversa. O objetivo deste trabalho é identificar desfechos adversos de saúde relacionados ao declínio da velocidade de marcha em idosos comunitários. Trata-se de estudo transversal e multicêntrico, que avaliou o autorrelato de doenças crônicas e de hospitalização no último ano, polifarmácia e velocidade de marcha. Utilizou-se análise de regressão logística para estimar os efeitos de cada variável independente na chance de os idosos apresentarem declínio na velocidade de marcha inferior (VM<0,8m/s) (α=0,05). Participaram da pesquisa 5.501 idosos. A menor velocidade da marcha mostrou-se associada a portadores de doenças cardíacas (OR=2,06; IC: 1,67-2,54), respiratórias (OR=3,25; IC: 2,02-5,29), reumáticas (OR=2,16; IC: 1,79-2,52) e/ou depressão (OR=2,51; IC: 2,10-3,14), hospitalizados no último ano (OR=1,51; IC: 1,21-1,85) e polifarmácia (OR=2,14; IC: 1,80-2,54). Assim, os resultados indicaram que idosos com velocidade de marcha menor que 0,8m/s apresentam maior risco de eventos adversos de saúde. Dessa forma, sugere-se que a velocidade de marcha não seja negligenciada na avaliação de idosos comunitários, inclusive na atenção básica.