Morte da arte?: O tema do fim da arte nos Cursos de estética de Hegel

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Katia Silva Araujo
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ARBZ-6XWDZZ
Resumo: O presente trabalho tem por escopo esboçar um exame acerca da problemática do Fim da Arte nos Cursos de Estética de Hegel. Para tanto, partimos de duas hipóteses. A primeira aponta para um fim sistemático da arte na tríade do Espírito Absoluto, ou seja, a arte cede lugar a outras manifestações do espírito tais como a religião e a filosofia, sob a forma do conceito. A segunda hipótese diz respeito à própria intenção sistemática dos Cursos de Estética. Primeiro, considerando as modalidades sucessivas de expressão artística apontadas pelo filósofo sob a Forma das artes simbólica, clássica e romântica e, segundo considerando as formas específicas de artes, todas elas submetidas a uma ordenação histórica, tais como a arquitetura, a escultura, a pintura, a música e a poesia. Concluímos que para delinear esta problemática, deveríamos partir do pressuposto do conceito de arte na filosofia de Hegel, pois o mesmo nos indica a significação do tema do Fim da Arte na intenção sistemática do filósofo. Tal elucidação levou-nos à conclusão de que o Fim da Arte é ao mesmo tempo sua ressurreição suprassumida e, isso também significa que não podemos atribuir o vaticínio de morte a essa temática. Analogicamente a essa primeira elucidação, concluímos que se considerada esta temática diante dos Cursos de Estética, o Fim da Arte na verdade é o fim do verdadeiramente ideal e ainda, se o nosso olhar se volta para as designações da arte na história, tal como esse objeto nos é apresentado por Hegel, este fim não supõe um pessimismo hegeliano diante da arte, mesmo se considerada a idéia de prosaísmo do mundo atual ou moderno, mas certamente um fim otimista, tal como o filósofo concebe o seu sistema dialético.
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