Indicadores de sustentabilidade da pecuária de corte no Cerrado e na Amazônia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Raphael Amazonas Mandarino
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-BBYP62
Resumo: O objetivo geral deste trabalho foi estudar indicadores de sustentabilidade de sistemas de produção de pecuária de corte no Bioma Cerrado e Amazônico. O estudo realizado no bioma Cerrado envolveu a avaliação de três diferentes sistemas integrados de produção. As variáveis analisadas como indicadores de sustentabilidade foram a emissão de metano entérico, o ganho de peso e a razão entre emissão de metano entérico e indicadores de consumo de matéria seca e desempenho de novilhas Nelore (279 Kg ± 21,4 de peso vivo) nos diferentes sistemas. A forrageira utilizada foi a Brachiaria brizantha cv. BRS Piatã e a espécie arbórea o eucalipto urograndis (Eucalyptus grandis x E. urophylla) plantado na orientação norte-sul, sendo os tratamentos: ILP1 forrageira cultivada com um ano de formada sob sistema de (ILP); ILP6 forrageira cultivada com seis anos de formada sob sistema de ILP bem manejada ao longo dos anos e; ILPF1 - forrageira com um ano de formada via ILPF, cultivada em sub-bosque de eucalipto com espaçamento entre renques de 22 m (417 árvores.ha-1). Além dos indicadores mencionados, foram avaliados, nas estações seca e chuvosa, a disponibilidade de massa seca e a relação folha:colmo da pastagem. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 3 (tratamentos) por 2 (períodos). As avaliações foram conduzidas de abril de 2013 a maio de 2014. Novilhas criadas em ILP6 emitiram mais metano por quilo de matéria seca ingerida e, por consequência, apresentaram maiores perdas de energia bruta da dieta na foram de metano (6,15% na seca e 8,65% no período chuvoso). Comparando sistemas integrados ambos com pastagem de primeiro ano, a presença de árvores (ILPF1) não proporcionou incrementos significativos no ganho de peso animal. Por outro lado, o ganho de peso por área (kgPV.ha-1) no sistema ILP1 foi 54% maior do que os demais na seca e 47% maior do que ILPF1 nas águas. As emissões de metano entérico foram afetadas pelos períodos do ano, com maior emissão bruta (g/dia e kg/ano) para a época da chuva. Conclui-se que os sistemas integrados, baseados em pastagem de primeiro ano (com 1 ano de formada) foram mais eficientes, por apresentarem menores valores para os indicadores perda de energia da dieta via fermentação entérica (Ym) e emissão de CH4 por kg de matéria seca ingerida. O objetivo do segundo estudo foi avaliar o impacto da implantação de projetos de boas práticas agropecuárias (BPA) sobre indicadores de sustentabilidade de sistemas de produção de pecuária de corte no bioma da Amazônia Brasileira. O experimento conduzido no município de Alta Floresta - MT teve início em agosto de 2012. A abordagem técnica do projeto foi baseada em Boas Práticas Agropecuárias (BPA) e compreendeu a avaliação dos impactos decorrentes da implementação de gestão administrativa e econômica dentro de fazendas. Realizou-se uma seleção de seis propriedades de pecuária de corte onde dados técnicos e econômicos foram coletados durante os anos de 2013 e 2014. Foram realizados diagnósticos por meio da aplicação de questionários abordando a capacidade gerencial do produtor, nível de conhecimento técnico, adoção de tecnologias na propriedade, manejo sanitário, reprodutivo, manejo alimentar, tipos de suplementos fornecidos, condições de água, animais e estruturas e, em sequência, elaborados projetos de viabilidade técnica e econômica. Além disto, realizou-se um estudo complementar para avaliar emissões de metano entérico nos sistemas intensificados, em Unidades de Referência Tecnológica (URT) e em áreas de pastagens de baixa produtividade (DEG). O período do ano influenciou na produção da bovinocultura de corte e nos custos de pastejo em áreas intensificadas. A intensificação de sistemas produtivos aliada às Boas Práticas Agropecuárias (BPA) propiciaram melhores indicadores de eficiência dos sistemas de produção, quando comparados à fazenda que não adotou as BPAs, como aumento na margem bruta por hectare, apresentando valor de R$ 749,39. Observaram-se também incrementos de 16% na produção de peso vivo por hectare, 2,05% na TIR e R$ 335,92 no Valor Presente Líquido (VPL) entre os anos de 2013 e 2014. As emissões de metano por quilo de ganho de peso vivo (gCH4-1.kgPV-1) foram 38,18% menores em sistemas intensificados, baseados em pastagens de maior produtividade (URT). Os ganhos sociais puderam ser verificados nos questionários respondidos, de acordo com o conjunto de aspectos que favoreceram o desenvolvimento do trabalhador como ser humano, e de forma ampliada como pessoa, profissional e socialmente. Este incremento foi verificado com uma melhor avaliação do conhecimento do processo ao longo da implantação das boas práticas e da verificação dos benefícios obtidos ao sistema produtivo. Além disto, o incremento nos coeficientes técnicos, destacou um cenário mais favorável, mantendo o produtor na atividade, gerando empregos novos e com a obtenção de melhores retornos econômicos da atividade. A adoção de Boas Práticas Agropecuárias impactou favoravelmente os indicadores ambientais, técnico-econômicos e sociais, em sistemas de produção de pecuária de corte na Amazônia brasileira. Os sistemas de produção integrados e mais intensificados de pecuária de corte no Cerrado e na Amazônia mostraram-se mais eficientes e sustentáveis
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BRS Piatã e a espécie arbórea o eucalipto urograndis (Eucalyptus grandis x E. urophylla) plantado na orientação norte-sul, sendo os tratamentos: ILP1 forrageira cultivada com um ano de formada sob sistema de (ILP); ILP6 forrageira cultivada com seis anos de formada sob sistema de ILP bem manejada ao longo dos anos e; ILPF1 - forrageira com um ano de formada via ILPF, cultivada em sub-bosque de eucalipto com espaçamento entre renques de 22 m (417 árvores.ha-1). Além dos indicadores mencionados, foram avaliados, nas estações seca e chuvosa, a disponibilidade de massa seca e a relação folha:colmo da pastagem. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 3 (tratamentos) por 2 (períodos). As avaliações foram conduzidas de abril de 2013 a maio de 2014. Novilhas criadas em ILP6 emitiram mais metano por quilo de matéria seca ingerida e, por consequência, apresentaram maiores perdas de energia bruta da dieta na foram de metano (6,15% na seca e 8,65% no período chuvoso). Comparando sistemas integrados ambos com pastagem de primeiro ano, a presença de árvores (ILPF1) não proporcionou incrementos significativos no ganho de peso animal. Por outro lado, o ganho de peso por área (kgPV.ha-1) no sistema ILP1 foi 54% maior do que os demais na seca e 47% maior do que ILPF1 nas águas. As emissões de metano entérico foram afetadas pelos períodos do ano, com maior emissão bruta (g/dia e kg/ano) para a época da chuva. Conclui-se que os sistemas integrados, baseados em pastagem de primeiro ano (com 1 ano de formada) foram mais eficientes, por apresentarem menores valores para os indicadores perda de energia da dieta via fermentação entérica (Ym) e emissão de CH4 por kg de matéria seca ingerida. O objetivo do segundo estudo foi avaliar o impacto da implantação de projetos de boas práticas agropecuárias (BPA) sobre indicadores de sustentabilidade de sistemas de produção de pecuária de corte no bioma da Amazônia Brasileira. O experimento conduzido no município de Alta Floresta - MT teve início em agosto de 2012. A abordagem técnica do projeto foi baseada em Boas Práticas Agropecuárias (BPA) e compreendeu a avaliação dos impactos decorrentes da implementação de gestão administrativa e econômica dentro de fazendas. Realizou-se uma seleção de seis propriedades de pecuária de corte onde dados técnicos e econômicos foram coletados durante os anos de 2013 e 2014. Foram realizados diagnósticos por meio da aplicação de questionários abordando a capacidade gerencial do produtor, nível de conhecimento técnico, adoção de tecnologias na propriedade, manejo sanitário, reprodutivo, manejo alimentar, tipos de suplementos fornecidos, condições de água, animais e estruturas e, em sequência, elaborados projetos de viabilidade técnica e econômica. Além disto, realizou-se um estudo complementar para avaliar emissões de metano entérico nos sistemas intensificados, em Unidades de Referência Tecnológica (URT) e em áreas de pastagens de baixa produtividade (DEG). O período do ano influenciou na produção da bovinocultura de corte e nos custos de pastejo em áreas intensificadas. A intensificação de sistemas produtivos aliada às Boas Práticas Agropecuárias (BPA) propiciaram melhores indicadores de eficiência dos sistemas de produção, quando comparados à fazenda que não adotou as BPAs, como aumento na margem bruta por hectare, apresentando valor de R$ 749,39. Observaram-se também incrementos de 16% na produção de peso vivo por hectare, 2,05% na TIR e R$ 335,92 no Valor Presente Líquido (VPL) entre os anos de 2013 e 2014. As emissões de metano por quilo de ganho de peso vivo (gCH4-1.kgPV-1) foram 38,18% menores em sistemas intensificados, baseados em pastagens de maior produtividade (URT). Os ganhos sociais puderam ser verificados nos questionários respondidos, de acordo com o conjunto de aspectos que favoreceram o desenvolvimento do trabalhador como ser humano, e de forma ampliada como pessoa, profissional e socialmente. Este incremento foi verificado com uma melhor avaliação do conhecimento do processo ao longo da implantação das boas práticas e da verificação dos benefícios obtidos ao sistema produtivo. Além disto, o incremento nos coeficientes técnicos, destacou um cenário mais favorável, mantendo o produtor na atividade, gerando empregos novos e com a obtenção de melhores retornos econômicos da atividade. A adoção de Boas Práticas Agropecuárias impactou favoravelmente os indicadores ambientais, técnico-econômicos e sociais, em sistemas de produção de pecuária de corte na Amazônia brasileira. Os sistemas de produção integrados e mais intensificados de pecuária de corte no Cerrado e na Amazônia mostraram-se mais eficientes e sustentáveisThe general objective of this work was to study the sustainability indicators of crop production systems in the Cerrado and Amazon Biome. The study carried out in the Cerrado biome involved the evaluation of three different integrated production systems. The variables analyzed as indicators of sustainability were the emission of enteric methane, weight gain and the ratio between enteric methane emission and indicators of dry matter intake and performance of Nellore heifers (279 kg ± 21.4 live weight) in the different systems. The forage used was Brachiaria brizantha cv. BRS Piatã and arboreal species Eucalyptus urogrillis (Eucalyptus grandis x E. urophylla) planted in the north-south orientation, with treatments: ILP1 - forage cultivated with one year of formation under ILP system; ILP6 - forage cultivated with six years of training under a well managed ILP system over the years and; ILPF1 - forage with one year of formation via ILPF, cultivated in eucalyptus understory with spacing between rows of 22 m (417 trees.ha-1). In addition to the mentioned indicators, the dry mass and the leaf: stem ratio of the pasture were evaluated in dry and rainy seasons. The experimental design was completely randomized in factorial scheme 3 (treatments) for 2 (periods). The evaluations were conducted from April 2013 to May 2014. Heifers raised in ILP6 emitted more methane per kilogram of ingested dry matter and, consequently, presented greater losses of gross energy of the diet in the was of methane (6,15% in the dry and 8.65% in the rainy season). Comparing integrated systems both with first year pasture, the presence of trees (ILPF1) did not provide significant increases in animal weight gain. On the other hand, the weight gain per area (kgPV.ha-1) in the ILP1 system was 54% higher than the others in the dry season and 47% higher than ILPF1 in the waters. Enteric methane emissions were affected by the periods of the year, with higher gross emissions (g / day and kg / year) for the rainy season. It was concluded that the integrated systems, based on first-year pasture (with 1 year of training) were more efficient, since they presented lower values for the indicators energy loss of the diet via enteric fermentation (Ym) and emission of CH4 per kg of dry matter ingested. The objective of the second study was to evaluate the impact of the implementation of Good Agricultural Practices (GAP) projects on indicators of sustainability of crop production systems in the biome of the Brazilian Amazon. The experiment carried out in the municipality of Alta Floresta - MT started in August 2012. The technical approach of the project was based on Good Agricultural Practices (GAP) and included the evaluation of the impacts resulting from the implementation of administrative and economic management within farms. A selection of six beef cattle farms was carried out where technical and economic data were collected during the years of 2013 and 2014. Diagnoses were carried out through the application of questionnaires addressing the managerial capacity of the producer, level of technical knowledge, adoption of technologies on property, sanitary, reproductive management, food management, types of supplements provided, water conditions, animals and structures and, in sequence, elaborated projects of technical and economic feasibility. In addition, a complementary study was carried out to evaluate enteric methane emissions in the intensified systems, in Technological Reference Units (URT) and in areas of low productivity pasture (SDR). The period of the year had an influence on beef cattle production and on grazing costs in intensified areas. The intensification of production systems coupled with the Good Agricultural Practices (GAP) provided better indicators of efficiency of production systems, when compared to the farm that did not adopt GAPs, as an increase in gross margin per hectare, presenting a value of R $ 749.39. There was also a 16% increase in live weight production per hectare, 2.05% in the IRR and R $ 335.92 in the Net Present Value (NPV) between 2013 and 2014. Methane emissions per kilo of (gCH4-1.kgPV-1) were 38.18% lower in intensified systems, based on higher productivity pastures (URT). Social gains could be verified in the questionnaires answered, according to the set of aspects that favored the development of the worker as a human being, and in an expanded way as a person, professionally and socially. This increase was verified with a better evaluation of the knowledge of the process throughout the implementation of good practices and the verification of the benefits obtained to the productive system. In addition, the increase in technical coefficients highlighted a more favorable scenario, maintaining the producer in the activity, generating new jobs and obtaining better economic returns of the activity. The adoption of Good Agricultural Practices favorably impacted the environmental, technical-economic and social indicators in systems of production of beef cattle in the Brazilian Amazon. The integrated and more intensified production systems of beef cattle breeding in the Cerrado and the Amazon have proved to be more efficient and sustainableUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGPastagensSustentabilidadeBovino de corte CriaçãoGases estufaGases de efeito estufaDesempenho animalBovinosPastagemRuminantesIndicadores de sustentabilidade da pecuária de corte no Cerrado e na Amazôniainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtesemandarinoago2016.pdfapplication/pdf1318851https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-BBYP62/1/tesemandarinoago2016.pdff3ecc6bc29884b166fe4d2c3c7f63acbMD51TEXTtesemandarinoago2016.pdf.txttesemandarinoago2016.pdf.txtExtracted texttext/plain202630https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-BBYP62/2/tesemandarinoago2016.pdf.txt696dabb7ba5eb733ef1b4908e818c00eMD521843/BUOS-BBYP622019-11-14 03:19:01.436oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-BBYP62Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T06:19:01Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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Novilhas criadas em ILP6 emitiram mais metano por quilo de matéria seca ingerida e, por consequência, apresentaram maiores perdas de energia bruta da dieta na foram de metano (6,15% na seca e 8,65% no período chuvoso). Comparando sistemas integrados ambos com pastagem de primeiro ano, a presença de árvores (ILPF1) não proporcionou incrementos significativos no ganho de peso animal. Por outro lado, o ganho de peso por área (kgPV.ha-1) no sistema ILP1 foi 54% maior do que os demais na seca e 47% maior do que ILPF1 nas águas. As emissões de metano entérico foram afetadas pelos períodos do ano, com maior emissão bruta (g/dia e kg/ano) para a época da chuva. Conclui-se que os sistemas integrados, baseados em pastagem de primeiro ano (com 1 ano de formada) foram mais eficientes, por apresentarem menores valores para os indicadores perda de energia da dieta via fermentação entérica (Ym) e emissão de CH4 por kg de matéria seca ingerida. O objetivo do segundo estudo foi avaliar o impacto da implantação de projetos de boas práticas agropecuárias (BPA) sobre indicadores de sustentabilidade de sistemas de produção de pecuária de corte no bioma da Amazônia Brasileira. O experimento conduzido no município de Alta Floresta - MT teve início em agosto de 2012. A abordagem técnica do projeto foi baseada em Boas Práticas Agropecuárias (BPA) e compreendeu a avaliação dos impactos decorrentes da implementação de gestão administrativa e econômica dentro de fazendas. Realizou-se uma seleção de seis propriedades de pecuária de corte onde dados técnicos e econômicos foram coletados durante os anos de 2013 e 2014. Foram realizados diagnósticos por meio da aplicação de questionários abordando a capacidade gerencial do produtor, nível de conhecimento técnico, adoção de tecnologias na propriedade, manejo sanitário, reprodutivo, manejo alimentar, tipos de suplementos fornecidos, condições de água, animais e estruturas e, em sequência, elaborados projetos de viabilidade técnica e econômica. Além disto, realizou-se um estudo complementar para avaliar emissões de metano entérico nos sistemas intensificados, em Unidades de Referência Tecnológica (URT) e em áreas de pastagens de baixa produtividade (DEG). O período do ano influenciou na produção da bovinocultura de corte e nos custos de pastejo em áreas intensificadas. A intensificação de sistemas produtivos aliada às Boas Práticas Agropecuárias (BPA) propiciaram melhores indicadores de eficiência dos sistemas de produção, quando comparados à fazenda que não adotou as BPAs, como aumento na margem bruta por hectare, apresentando valor de R$ 749,39. 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