"E travesti trabalha?": divisão transexual do trabalho e messianismo patronal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Joao Felipe Zini Cavalcante de Oliveira
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/DIRS-BCA2MH
Resumo: Travestis e transexuais são tradicionalmente deixadas à margem da sociedadeem razão do estigma que lhes persegue. Grande parte delas acaba por estarinserida na prostituição, seja por escolha ou necessidade, e têm sua inserção nomercado formal de trabalho prejudicada diante do preconceito e dadiscriminação. A essas pessoas (cuja humanidade, inclusive, é questionada pelospadrões impostos) a sociedade atribui, instantaneamente, a atividadeprostituinte e o HIV, mas elas, definitivamente, não se limitam a isso. Travestitrabalha, e trabalha sob condições que tendem para uma maior exploração desua mão-de-obra. Diante do preconceito que já as relaciona com condições demarginalidade, há uma maior tendência de seus empregadores em se atribuírema virtude de salvadores e, assim, estariam em uma posição de exigir maisem razão da oportunidade por eles oferecida. Esta pesquisa buscacompreender a realidade de trabalho de travestis e transexuais quando seencontram inseridas no mercado formal de emprego, mas também as condiçõesque a permeiam, que a antecedem e, talvez, as que se sucedem. Passar-se-á poruma reconstrução e designação de conceitos importantes para se compreendero fenômeno estudado; as narrativas de vida de travestis e transexuaisentrevistadas ao longo da pesquisa, até que se chegue em um ponto em que serápossível analisar como se dá a relação travesti - patrão e realizar uma crítica doemprego enquanto salvação.
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