Linguagem MoLIC para o design de agentes conversacionais: aplicabilidade e extensão

• Autor(a) principal: Ulisses da Silva Fernandes
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/62174; https://orcid.org/0000-0001-5271-8645
• topic: Agentes Conversacionais; Chatbots; Modelagem de Agentes Conversacionais; Computação – Teses; Chatbot – Teses; Chatbot – Modelagem– Teses

Agentes conversacionais inteligentes estão se tornando cada vez mais populares em diferentes domínios de uso. A utilização desse tipo de tecnologia oferece desafios e oportunidades para a Interação Humano-Computador (IHC), uma vez que se baseia em conversas em linguagem natural e pode apresentar diferentes graus de inteligência e autonomia. Um desses desafios é investigar se as técnicas de design existentes são adequadas para modelar a interação usuário-agente. Em particular, nesta pesquisa focamos na MoLIC (Modeling Language for Interaction as Conversation), um modelo de diálogo de fase de projeto baseado na teoria da Engenharia Semiótica, que permite aos designers representar a interação como conversas entre um sistema e seus usuários. Para conduzir a nossa investigação, realizamos inicialmente dois estudos de caso em que geramos o diagrama de interação MoLIC por engenharia reversa de dois agentes conversacionais – chatbot ANA, criado para apoiar a triagem e fornecer informação sobre o COVID-19; e Bixby, um assistente virtual para smartphones Samsung Electronics. O objetivo de nossa análise de engenharia reversa foi examinar se e como os aspectos interativos desses agentes conversacionais poderiam ser expressos pela MoLIC. Os resultados destes dois estudos mostraram que, embora fosse possível expressar a interação geral por meio da MoLIC, havia algumas limitações – relacionadas à expressividade da linguagem ou sua inadequação para representar esses tipos de sistema, resultando em um modelo sobrecarregado que poderia dificultar a interpretação e reduzir a natureza epistêmica da MoLIC. Então sugerimos algumas adaptações e criação de novos elementos a fim de adequar a MoLIC a esta tecnologia e avaliamos estas mudanças aplicando-as em um chatbot do TSE para as eleições presidenciais de 2022 no Brasil e em um site de compras online (Lojas Americanas) para verificarmos se as mudanças seriam capazes de modelar não somente agentes conversacionais, mas também outros tipos de sistemas. As contribuições deste estudo se concentram em (1) identificar limitações na aplicabilidade da MoLIC para modelar esse tipo de tecnologia e ponderar considerações sobre como estender ou adaptar a MoLIC para superá-las; e (2) direcionar a comunidade HCI para questões e novas iniciativas que possam ajudar designers a projetar e modelar agentes conversacionais inteligentes.