Trajetórias socioespaciais, narrativas cinematográficas e lazer de cineastas negras: intersecções entre racismo e sexismo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Iara Félix Pires Viana
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/40703
https://orcid.org/ 0000-0002-5024-7242
Resumo: Este trabalho almeja juntar-se às pesquisas que têm buscado refletir sobre as relações raciais na sociedade brasileira e as implicações nos campos acadêmico e artístico, sendo este último considerado especificamente na produção audiovisual. O objetivo geral é discutir as intersecções de gênero e raça nas trajetórias socioespaciais e nas compreensões/vivências de lazer de cineastas negras. Os específicos são compreender: a) a percepção de cineastas negras sobre o racismo epistêmico e o sexismo em seus percursos, bem como em suas produções audiovisuais. b) as negociações (im)possíveis/existentes entre a criação autoral autônoma negra e os contextos políticos, epistemológicos e ontológicos racializados desta produção. A pesquisa fundamenta-se nas contribuições dos estudos decoloniais, dos estudos do lazer, da crítica feminista, da teoria do cinema e do feminismo negro acerca das intersecções do racismo e do sexismo, assumindo como ato político o lugar de fala. De natureza qualitativa, com a técnica da entrevista em profundidade, a matéria-prima desta construção investigativa se compõe das trajetórias socioespaciais de sete mulheres negras cineastas. Para a organização e a sistematização dos resultados, foi utilizada a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), por meio do software Qualiquantisoft, técnica na qual pode-se trabalhar com amostras selecionadas de indivíduos, segmentando ou filtrando os resultados por ancoragens e ideias-chaves. Foram definidas seis categorias de análise: 1ª) autorrepresentação/interseccionalidade(s); 2ª) feminismo negro decolonial; 3ª) racismo epistêmico/memoricídio; 4ª) cinema negro; 5ª) aquilombar-se/Movimento Negro educador e o 6ª) lazer da humanidade negra. A análise foi conduzida com base no conceito de socioespacialidade feminina e negra e se delineou a partir dos deslocamentos do ser mulher negra, para ser mulher negra cineasta. Considerando o papel do cinema como produto e produtor de imaginário, verificou-se, na análise dos discursos dos sujeitos coletivos, os trânsitos e os deslocamentos espaciais, sociais e simbólicos sobre os quais incide o entrecruzamento do racismo, do sexismo e da desigualdade social, embora emerjam a capacidade de agência, estratégias criativas de (re)existência na construção narrativa e nos elementos da linguagem audiovisual, que perpassam pelo racismo epistêmico, pelo Movimento Negro educador e pela definição política e afirmativa daquilo que hoje denomina-se cinema negro. Em função do contexto racializado da investigação, foi construído um movimento transcendental para agregar uma nova concepção de lazer, o qual foi nomeado nesta tese de lazer insubmisso. Trata-se de um lazer que acolhe os corpos negros como humanos. Assim, a multidimensionalidade do lazer cinematográfico se configura neste estudo como dialógico, caracteriza-se como detentor de um enredo político, ético, estético e afirmativo. Espera-se encorajar pesquisas futuras na ampla área de produção de conhecimento em Estudos do Lazer, Cinema e Educação, interrogando e valorizando a multiplicidade e a interseccionalidade.
id UFMG_dd052af6a4927759a01f235270fcb1c0
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/40703
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Christianne Luce Gomeshttp://lattes.cnpq.br/3397229266029271Nilma Lino Gomes ( UFMG)Ana Lúcia Silva Souza ( UFBA )Elisângela Chaves ( UFMG )Vânia de Fátima Noronha Alves (PUC-MG)http://lattes.cnpq.br/7779210277801060Iara Félix Pires Viana2022-04-01T18:01:14Z2022-04-01T18:01:14Z2021-10-22http://hdl.handle.net/1843/40703https://orcid.org/ 0000-0002-5024-7242Este trabalho almeja juntar-se às pesquisas que têm buscado refletir sobre as relações raciais na sociedade brasileira e as implicações nos campos acadêmico e artístico, sendo este último considerado especificamente na produção audiovisual. O objetivo geral é discutir as intersecções de gênero e raça nas trajetórias socioespaciais e nas compreensões/vivências de lazer de cineastas negras. Os específicos são compreender: a) a percepção de cineastas negras sobre o racismo epistêmico e o sexismo em seus percursos, bem como em suas produções audiovisuais. b) as negociações (im)possíveis/existentes entre a criação autoral autônoma negra e os contextos políticos, epistemológicos e ontológicos racializados desta produção. A pesquisa fundamenta-se nas contribuições dos estudos decoloniais, dos estudos do lazer, da crítica feminista, da teoria do cinema e do feminismo negro acerca das intersecções do racismo e do sexismo, assumindo como ato político o lugar de fala. De natureza qualitativa, com a técnica da entrevista em profundidade, a matéria-prima desta construção investigativa se compõe das trajetórias socioespaciais de sete mulheres negras cineastas. Para a organização e a sistematização dos resultados, foi utilizada a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), por meio do software Qualiquantisoft, técnica na qual pode-se trabalhar com amostras selecionadas de indivíduos, segmentando ou filtrando os resultados por ancoragens e ideias-chaves. Foram definidas seis categorias de análise: 1ª) autorrepresentação/interseccionalidade(s); 2ª) feminismo negro decolonial; 3ª) racismo epistêmico/memoricídio; 4ª) cinema negro; 5ª) aquilombar-se/Movimento Negro educador e o 6ª) lazer da humanidade negra. A análise foi conduzida com base no conceito de socioespacialidade feminina e negra e se delineou a partir dos deslocamentos do ser mulher negra, para ser mulher negra cineasta. Considerando o papel do cinema como produto e produtor de imaginário, verificou-se, na análise dos discursos dos sujeitos coletivos, os trânsitos e os deslocamentos espaciais, sociais e simbólicos sobre os quais incide o entrecruzamento do racismo, do sexismo e da desigualdade social, embora emerjam a capacidade de agência, estratégias criativas de (re)existência na construção narrativa e nos elementos da linguagem audiovisual, que perpassam pelo racismo epistêmico, pelo Movimento Negro educador e pela definição política e afirmativa daquilo que hoje denomina-se cinema negro. Em função do contexto racializado da investigação, foi construído um movimento transcendental para agregar uma nova concepção de lazer, o qual foi nomeado nesta tese de lazer insubmisso. Trata-se de um lazer que acolhe os corpos negros como humanos. Assim, a multidimensionalidade do lazer cinematográfico se configura neste estudo como dialógico, caracteriza-se como detentor de um enredo político, ético, estético e afirmativo. Espera-se encorajar pesquisas futuras na ampla área de produção de conhecimento em Estudos do Lazer, Cinema e Educação, interrogando e valorizando a multiplicidade e a interseccionalidade.This work aims to join research that has sought to reflect on race relations in Brazilian society and the implications in the academic and artistic fields, the latter being considered explicitly in audiovisual production. The general objective is to discuss intersections of gender and race in the socio-spatial trajectories of black filmmakers. The specific ones are to understand: a) the perception of black filmmakers about epistemic racism and sexism in their trajectories and their audiovisual productions. b) the (im)possible/existent negotiations between black autonomous authorial creation and the racialized political, epistemological, and ontological contexts of this production. The research is based on the contributions of decolonial studies, leisure studies, feminist criticism, film theory, and black feminism about the intersections of racism and sexism, assuming the place of speech as a political act. Of a qualitative nature, with the technique of in-depth interviews, the raw material of this investigative construction is composed of the socio-spatial trajectories of seven black women filmmakers. For the organization and systematization of the results, the Discourse of the Collective Subject (DSC), technique was used through the Qualiquantisoft software, which can work with selected samples of individuals, segmenting or filtering the results anchorages and critical ideas. Six categories of analysis were defined: first) self-representation/intersectionality(s); second) decolonial black feminism; third) epistemic racism/memoricide; fourth) black cinema; fifth) aquilombing/black educator movement and sixth) the leisure of black humanity. The analysis was conducted based on the concept of feminine and black socio-spatiality and delineated from the dislocations of being a black woman to being a black woman filmmaker. Considering the role of cinema as a product and producer of imaginary, we verified in this discourses analysis the collective subjects, the transits, and spatial, social, and symbolic displacements on which the intersection of racism, sexism, and social inequality incurs. Although the capacity for agency, creative strategies of (re)existence in the narrative construction, and the elements of audiovisual language emerge, which go through epistemic racism, the Black Educator Movement, and the political and affirmative definition of what today is called Black cinema. In this thesis, due to the racialized context research, a transcendental movement was constructed to add a new conception of leisure, named unsubmissive leisure. It is leisure that welcomes black bodies as humans. Thus, the multidimensionality of cinematic leisure is configured in this study as dialogic, characterized as holding a political, ethical, aesthetic, and affirmative storyline. It is hoped to encourage future research in the broad area of knowledge production in Leisure Studies, Cinema, and Education, interrogating and valuing multiplicity and intersectionality.FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Estudos do LazerUFMGBrasilEEFFTO - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FISICA, FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONALhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessLazerCinemaMulheresRacismoLazer cinematográficoCineastas negrasRacismo epistêmicoEscrevivênciasCinema negroTrajetórias socioespaciais, narrativas cinematográficas e lazer de cineastas negras: intersecções entre racismo e sexismoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTESE_Iara Viana_TRAJETÓRIAS SOCIOESPACIAIS NARRATIVAS CINEMATOGRÁFICAS E LAZER DE CINEASTAS NEGRAS.pdfTESE_Iara Viana_TRAJETÓRIAS SOCIOESPACIAIS NARRATIVAS CINEMATOGRÁFICAS E LAZER DE CINEASTAS NEGRAS.pdfapplication/pdf2697821https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40703/1/TESE_Iara%20Viana_TRAJET%c3%93RIAS%20SOCIOESPACIAIS%20%20NARRATIVAS%20CINEMATOGR%c3%81FICAS%20E%20LAZER%20DE%20CINEASTAS%20NEGRAS.pdfdd9dec6e6ef19e4d31e0211f7f517925MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40703/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40703/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/407032022-04-01 15:01:15.272oai:repositorio.ufmg.br:1843/40703TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-04-01T18:01:15Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Trajetórias socioespaciais, narrativas cinematográficas e lazer de cineastas negras: intersecções entre racismo e sexismo
title Trajetórias socioespaciais, narrativas cinematográficas e lazer de cineastas negras: intersecções entre racismo e sexismo
spellingShingle Trajetórias socioespaciais, narrativas cinematográficas e lazer de cineastas negras: intersecções entre racismo e sexismo
Iara Félix Pires Viana
Lazer cinematográfico
Cineastas negras
Racismo epistêmico
Escrevivências
Cinema negro
Lazer
Cinema
Mulheres
Racismo
title_short Trajetórias socioespaciais, narrativas cinematográficas e lazer de cineastas negras: intersecções entre racismo e sexismo
title_full Trajetórias socioespaciais, narrativas cinematográficas e lazer de cineastas negras: intersecções entre racismo e sexismo
title_fullStr Trajetórias socioespaciais, narrativas cinematográficas e lazer de cineastas negras: intersecções entre racismo e sexismo
title_full_unstemmed Trajetórias socioespaciais, narrativas cinematográficas e lazer de cineastas negras: intersecções entre racismo e sexismo
title_sort Trajetórias socioespaciais, narrativas cinematográficas e lazer de cineastas negras: intersecções entre racismo e sexismo
author Iara Félix Pires Viana
author_facet Iara Félix Pires Viana
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Christianne Luce Gomes
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3397229266029271
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Nilma Lino Gomes ( UFMG)
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Ana Lúcia Silva Souza ( UFBA )
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Elisângela Chaves ( UFMG )
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Vânia de Fátima Noronha Alves (PUC-MG)
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7779210277801060
dc.contributor.author.fl_str_mv Iara Félix Pires Viana
contributor_str_mv Christianne Luce Gomes
Nilma Lino Gomes ( UFMG)
Ana Lúcia Silva Souza ( UFBA )
Elisângela Chaves ( UFMG )
Vânia de Fátima Noronha Alves (PUC-MG)
dc.subject.por.fl_str_mv Lazer cinematográfico
Cineastas negras
Racismo epistêmico
Escrevivências
Cinema negro
topic Lazer cinematográfico
Cineastas negras
Racismo epistêmico
Escrevivências
Cinema negro
Lazer
Cinema
Mulheres
Racismo
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Lazer
Cinema
Mulheres
Racismo
description Este trabalho almeja juntar-se às pesquisas que têm buscado refletir sobre as relações raciais na sociedade brasileira e as implicações nos campos acadêmico e artístico, sendo este último considerado especificamente na produção audiovisual. O objetivo geral é discutir as intersecções de gênero e raça nas trajetórias socioespaciais e nas compreensões/vivências de lazer de cineastas negras. Os específicos são compreender: a) a percepção de cineastas negras sobre o racismo epistêmico e o sexismo em seus percursos, bem como em suas produções audiovisuais. b) as negociações (im)possíveis/existentes entre a criação autoral autônoma negra e os contextos políticos, epistemológicos e ontológicos racializados desta produção. A pesquisa fundamenta-se nas contribuições dos estudos decoloniais, dos estudos do lazer, da crítica feminista, da teoria do cinema e do feminismo negro acerca das intersecções do racismo e do sexismo, assumindo como ato político o lugar de fala. De natureza qualitativa, com a técnica da entrevista em profundidade, a matéria-prima desta construção investigativa se compõe das trajetórias socioespaciais de sete mulheres negras cineastas. Para a organização e a sistematização dos resultados, foi utilizada a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), por meio do software Qualiquantisoft, técnica na qual pode-se trabalhar com amostras selecionadas de indivíduos, segmentando ou filtrando os resultados por ancoragens e ideias-chaves. Foram definidas seis categorias de análise: 1ª) autorrepresentação/interseccionalidade(s); 2ª) feminismo negro decolonial; 3ª) racismo epistêmico/memoricídio; 4ª) cinema negro; 5ª) aquilombar-se/Movimento Negro educador e o 6ª) lazer da humanidade negra. A análise foi conduzida com base no conceito de socioespacialidade feminina e negra e se delineou a partir dos deslocamentos do ser mulher negra, para ser mulher negra cineasta. Considerando o papel do cinema como produto e produtor de imaginário, verificou-se, na análise dos discursos dos sujeitos coletivos, os trânsitos e os deslocamentos espaciais, sociais e simbólicos sobre os quais incide o entrecruzamento do racismo, do sexismo e da desigualdade social, embora emerjam a capacidade de agência, estratégias criativas de (re)existência na construção narrativa e nos elementos da linguagem audiovisual, que perpassam pelo racismo epistêmico, pelo Movimento Negro educador e pela definição política e afirmativa daquilo que hoje denomina-se cinema negro. Em função do contexto racializado da investigação, foi construído um movimento transcendental para agregar uma nova concepção de lazer, o qual foi nomeado nesta tese de lazer insubmisso. Trata-se de um lazer que acolhe os corpos negros como humanos. Assim, a multidimensionalidade do lazer cinematográfico se configura neste estudo como dialógico, caracteriza-se como detentor de um enredo político, ético, estético e afirmativo. Espera-se encorajar pesquisas futuras na ampla área de produção de conhecimento em Estudos do Lazer, Cinema e Educação, interrogando e valorizando a multiplicidade e a interseccionalidade.
publishDate 2021
dc.date.issued.fl_str_mv 2021-10-22
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-04-01T18:01:14Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-04-01T18:01:14Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/40703
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv https://orcid.org/ 0000-0002-5024-7242
url http://hdl.handle.net/1843/40703
https://orcid.org/ 0000-0002-5024-7242
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Estudos do Lazer
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv EEFFTO - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FISICA, FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40703/1/TESE_Iara%20Viana_TRAJET%c3%93RIAS%20SOCIOESPACIAIS%20%20NARRATIVAS%20CINEMATOGR%c3%81FICAS%20E%20LAZER%20DE%20CINEASTAS%20NEGRAS.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40703/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40703/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv dd9dec6e6ef19e4d31e0211f7f517925
cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801676949438857216