Evolução do Batólito Itaporé e rochas encaixantes, Orógeno Araçuaí (MG): geoquímica, geocronologia e petrogênese

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carolina Deluca de Moura
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/42833
Resumo: Orógeno Araçuaí (SE do Brasil) é marcado por um longo período de atividade magmática, englobando desde a fase pré-colisional (ca.630 Ma) a pós-colisional (ca.480 Ma). Na porção norte deste orógeno é notável a grande quantidade de intrusões relacionadas as fases orogênicas tardi- a pós-colisionais. O Batólito Itaporé (IB) situado na região de Coronel Murta-Itinga é considerado o mais importante representante da Supersuíte G4 (ca.530-500 Ma) atribuído ao magmatismo pós-colisional do Orógeno Araçuaí. O IB pode ser divido em três litotipos principais, biotita granito, leucogranito a duas micas e granito pegmatoide. Sua porção ocidental é dominado por biotita monzogranitos, ao passo que a oriental consiste em leucogranitos a duas micas (sienogranitos a monzogranitos) que localmente apresentam contato gradacional com corpos pegmatoides subordinados. Idades inéditas U-Pb (ICP-MS) obtidas em apatita, monazita e zircão das rochas de IB revelaram uma longa e complexa história evolutiva de 540 a 474 Ma, englobando cristalização magmática, atividade deutérica e metamorfismo térmico. Datação em zircão proveu idades de emplacement em torno de 540 Ma para os biotita granitos. Assinaturas geoquímicas do biotita granito e do leucogranito a duas micas refletem processos petrogenéticos e fontes de magma distintas. Por outro lado, evidências constatadas na petrografia, química mineral e idades U-Pb em monazita revelam uma fase evolutiva comum de percolação de fluidos, entre 522 Ma e 527 Ma, relacionada ao escape de fluidos e voláteis durante a alteração deutérica do leucogranito a duas micas. Finalmente, o período evolutivo mais jovem (508 – 474 Ma) registrado por idades de monazite, apatita e zircão dos granitos a biotita e a duas micas, se relaciona a estabilização final do Orógeno Araçuaí durante suas fases pós-colisionais mais avançadas. Ainda focando na evolução geodinâmica do Orógeno Araçuaí, outro objeto desse estudo foram as rochas encaixantes que incluem grauvacas, pelitos e ortoconglomerados da Formação Salinas, metamorfisados desde a zona da biotita fácies xisto verde até a zona da sillimanita da fácies anfibolito. Com base em assinaturas litoquímicas foram feitas aproximações sobre as possíveis áreas fontes e ambiência tectônica que contribuíram para o preenchimento da Bacia Salinas. Os dados litoquímicos indicam intemperismo químico restrito nas fontes de sedimentos e proveniência de áreas-fonte relativamente próximas. Nota-se uma boa correlação entre as composições litoquímicas e mineralógicas, em relação às variações de quantidade de minerais metamórficos típicos de frações pelítica (micas, granada e outros silicatos peraluminosos) e psamítica (feldspatos, quartzo). A proveniência dos protolitos sedimentares está, claramente, relacionada com fontes em arcos magmáticos e margem continental ativa, sugerindo como fonte principal o Arco Rio Doce no contexto geotectônico do Orógeno Araçuaí.
id UFMG_e00950c40095c29bd0b2d87b712e2cce
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/42833
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Antônio Carlos Pedrosa Soareshttp://lattes.cnpq.br/0388600397612432xCarolina Deluca de Moura2022-07-01T11:37:58Z2022-07-01T11:37:58Z2018-02-02http://hdl.handle.net/1843/42833Orógeno Araçuaí (SE do Brasil) é marcado por um longo período de atividade magmática, englobando desde a fase pré-colisional (ca.630 Ma) a pós-colisional (ca.480 Ma). Na porção norte deste orógeno é notável a grande quantidade de intrusões relacionadas as fases orogênicas tardi- a pós-colisionais. O Batólito Itaporé (IB) situado na região de Coronel Murta-Itinga é considerado o mais importante representante da Supersuíte G4 (ca.530-500 Ma) atribuído ao magmatismo pós-colisional do Orógeno Araçuaí. O IB pode ser divido em três litotipos principais, biotita granito, leucogranito a duas micas e granito pegmatoide. Sua porção ocidental é dominado por biotita monzogranitos, ao passo que a oriental consiste em leucogranitos a duas micas (sienogranitos a monzogranitos) que localmente apresentam contato gradacional com corpos pegmatoides subordinados. Idades inéditas U-Pb (ICP-MS) obtidas em apatita, monazita e zircão das rochas de IB revelaram uma longa e complexa história evolutiva de 540 a 474 Ma, englobando cristalização magmática, atividade deutérica e metamorfismo térmico. Datação em zircão proveu idades de emplacement em torno de 540 Ma para os biotita granitos. Assinaturas geoquímicas do biotita granito e do leucogranito a duas micas refletem processos petrogenéticos e fontes de magma distintas. Por outro lado, evidências constatadas na petrografia, química mineral e idades U-Pb em monazita revelam uma fase evolutiva comum de percolação de fluidos, entre 522 Ma e 527 Ma, relacionada ao escape de fluidos e voláteis durante a alteração deutérica do leucogranito a duas micas. Finalmente, o período evolutivo mais jovem (508 – 474 Ma) registrado por idades de monazite, apatita e zircão dos granitos a biotita e a duas micas, se relaciona a estabilização final do Orógeno Araçuaí durante suas fases pós-colisionais mais avançadas. Ainda focando na evolução geodinâmica do Orógeno Araçuaí, outro objeto desse estudo foram as rochas encaixantes que incluem grauvacas, pelitos e ortoconglomerados da Formação Salinas, metamorfisados desde a zona da biotita fácies xisto verde até a zona da sillimanita da fácies anfibolito. Com base em assinaturas litoquímicas foram feitas aproximações sobre as possíveis áreas fontes e ambiência tectônica que contribuíram para o preenchimento da Bacia Salinas. Os dados litoquímicos indicam intemperismo químico restrito nas fontes de sedimentos e proveniência de áreas-fonte relativamente próximas. Nota-se uma boa correlação entre as composições litoquímicas e mineralógicas, em relação às variações de quantidade de minerais metamórficos típicos de frações pelítica (micas, granada e outros silicatos peraluminosos) e psamítica (feldspatos, quartzo). A proveniência dos protolitos sedimentares está, claramente, relacionada com fontes em arcos magmáticos e margem continental ativa, sugerindo como fonte principal o Arco Rio Doce no contexto geotectônico do Orógeno Araçuaí.The Araçuaí orogen (SE Brazil) records a long period of magmatic activity from the earliest pre-collisional (ca. 630 Ma) to the latest post-collisional (ca. 480 Ma) intrusions. The Itaporé batholith, located in the Coronel Murta - Itinga region (southeast Brazil), includes a number of granitic bodies that has been ascribed to the post-collisional G4 supersuite (ca. 530-500 Ma). According to field and analytical data, this batholith has been subdivided into three main granitic facies: i) biotite granite (Qtz + Kfs + Pl+ Bt + Ap + Zrn ± Ms ± Mnz ± Ttn ± Aln), ii) two-mica leucogranite (Qtz + Kfs + Pl + Ms + Bt ± Grt + Zrn + Mnz + Ap ± Tur), and iii) pegmatoid granite (Kfs + Qz + Pl + Ms ± Bt ± Ap ± Tur ± Grt ± Brl). The western part of the batholith is dominated by biotite monzogranite while the eastern part consists of leucogranites (syenogranites to monzogranites) locally presenting gradational contacts with pegmatoid granite. U-Pb (ICP-MS) ages obtained from apatite, monazite and zircon reveal a long and complex evolution history from 540 Ma to 474 Ma, encompassing magmatic crystallization, deuteric activity and thermal metamorphism. Dating on zircon yielded emplacement ages around 538 Ma for biotite granites. Geochemical signatures suggest two different petrogenetic processes and magma sources for the biotite and two-mica granites. On the other hand, similar evidence provided by petrographic, mineral chemistry and U-Pb monazite investigations reveal a common stage of fluid interaction between 522 Ma and 527 Ma, which are associated with volatile-rich fluids scape during deuteric alteration of the two-mica leucogranites. The fluid evolution after magma solidification promoted element mobility under subsolidus conditions and postpone its thermal lifetime. Finally, the youngest evolution period (508 - 474 Ma) marked by monazite, apatite and zircon ages from both biotite and two-mica granites can be related to the final stabilization of the Araçuaí orogen, during the late post-collisional stage, involving fluid percolation probably related to crustal thinning and asthenospheric upwelling. Still focusing on the geodynamic evolution of the Araçuaí orogen, another object of this study are the country rocks of the Itaporé batholith that include graywackes, pelites and orthoconglomerates of the Salinas Formation, metamorphosed on the greenschist (biotite zone) to amphibolite facies (sillimanite zone). Based on lithochemical signatures we made approaches about the source areas and geotectonic settings that possibly contributed to fill the Salinas basin. The lithochemistry suggest limited chemical weathering on the sediment sources and deposition relatively close to the provenance areas. The samples show good correlations between the lithochemical and mineralogical compositions, in respect to the variable amounts of metamorphic minerals typical of pelitic (micas, garnet and other peraluminous silicates) and psammitic (feldspars, quartz) fractions. The provenance of sedimentary protoliths are clearly related to continental magmatic arc and active continental margin environments, suggesting a main provenance from the Rio Doce magmatic arc.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em GeologiaUFMGBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessPetrologiaOrogeniaGeoquímicaPetrologiaOrogeniaEvolução do Batólito Itaporé e rochas encaixantes, Orógeno Araçuaí (MG): geoquímica, geocronologia e petrogêneseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação de Mestrado - Carolina Deluca.pdfDissertação de Mestrado - Carolina Deluca.pdfapplication/pdf8315406https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42833/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20de%20Mestrado%20-%20Carolina%20Deluca.pdfc47491d6132a71934933f5169b2427d9MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42833/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42833/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/428332022-07-01 08:37:59.632oai:repositorio.ufmg.br:1843/42833TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-07-01T11:37:59Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Evolução do Batólito Itaporé e rochas encaixantes, Orógeno Araçuaí (MG): geoquímica, geocronologia e petrogênese
title Evolução do Batólito Itaporé e rochas encaixantes, Orógeno Araçuaí (MG): geoquímica, geocronologia e petrogênese
spellingShingle Evolução do Batólito Itaporé e rochas encaixantes, Orógeno Araçuaí (MG): geoquímica, geocronologia e petrogênese
Carolina Deluca de Moura
Petrologia
Orogenia
Petrologia
Orogenia
Geoquímica
title_short Evolução do Batólito Itaporé e rochas encaixantes, Orógeno Araçuaí (MG): geoquímica, geocronologia e petrogênese
title_full Evolução do Batólito Itaporé e rochas encaixantes, Orógeno Araçuaí (MG): geoquímica, geocronologia e petrogênese
title_fullStr Evolução do Batólito Itaporé e rochas encaixantes, Orógeno Araçuaí (MG): geoquímica, geocronologia e petrogênese
title_full_unstemmed Evolução do Batólito Itaporé e rochas encaixantes, Orógeno Araçuaí (MG): geoquímica, geocronologia e petrogênese
title_sort Evolução do Batólito Itaporé e rochas encaixantes, Orógeno Araçuaí (MG): geoquímica, geocronologia e petrogênese
author Carolina Deluca de Moura
author_facet Carolina Deluca de Moura
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Antônio Carlos Pedrosa Soares
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0388600397612432
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv x
dc.contributor.author.fl_str_mv Carolina Deluca de Moura
contributor_str_mv Antônio Carlos Pedrosa Soares
dc.subject.por.fl_str_mv Petrologia
Orogenia
topic Petrologia
Orogenia
Petrologia
Orogenia
Geoquímica
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Petrologia
Orogenia
Geoquímica
description Orógeno Araçuaí (SE do Brasil) é marcado por um longo período de atividade magmática, englobando desde a fase pré-colisional (ca.630 Ma) a pós-colisional (ca.480 Ma). Na porção norte deste orógeno é notável a grande quantidade de intrusões relacionadas as fases orogênicas tardi- a pós-colisionais. O Batólito Itaporé (IB) situado na região de Coronel Murta-Itinga é considerado o mais importante representante da Supersuíte G4 (ca.530-500 Ma) atribuído ao magmatismo pós-colisional do Orógeno Araçuaí. O IB pode ser divido em três litotipos principais, biotita granito, leucogranito a duas micas e granito pegmatoide. Sua porção ocidental é dominado por biotita monzogranitos, ao passo que a oriental consiste em leucogranitos a duas micas (sienogranitos a monzogranitos) que localmente apresentam contato gradacional com corpos pegmatoides subordinados. Idades inéditas U-Pb (ICP-MS) obtidas em apatita, monazita e zircão das rochas de IB revelaram uma longa e complexa história evolutiva de 540 a 474 Ma, englobando cristalização magmática, atividade deutérica e metamorfismo térmico. Datação em zircão proveu idades de emplacement em torno de 540 Ma para os biotita granitos. Assinaturas geoquímicas do biotita granito e do leucogranito a duas micas refletem processos petrogenéticos e fontes de magma distintas. Por outro lado, evidências constatadas na petrografia, química mineral e idades U-Pb em monazita revelam uma fase evolutiva comum de percolação de fluidos, entre 522 Ma e 527 Ma, relacionada ao escape de fluidos e voláteis durante a alteração deutérica do leucogranito a duas micas. Finalmente, o período evolutivo mais jovem (508 – 474 Ma) registrado por idades de monazite, apatita e zircão dos granitos a biotita e a duas micas, se relaciona a estabilização final do Orógeno Araçuaí durante suas fases pós-colisionais mais avançadas. Ainda focando na evolução geodinâmica do Orógeno Araçuaí, outro objeto desse estudo foram as rochas encaixantes que incluem grauvacas, pelitos e ortoconglomerados da Formação Salinas, metamorfisados desde a zona da biotita fácies xisto verde até a zona da sillimanita da fácies anfibolito. Com base em assinaturas litoquímicas foram feitas aproximações sobre as possíveis áreas fontes e ambiência tectônica que contribuíram para o preenchimento da Bacia Salinas. Os dados litoquímicos indicam intemperismo químico restrito nas fontes de sedimentos e proveniência de áreas-fonte relativamente próximas. Nota-se uma boa correlação entre as composições litoquímicas e mineralógicas, em relação às variações de quantidade de minerais metamórficos típicos de frações pelítica (micas, granada e outros silicatos peraluminosos) e psamítica (feldspatos, quartzo). A proveniência dos protolitos sedimentares está, claramente, relacionada com fontes em arcos magmáticos e margem continental ativa, sugerindo como fonte principal o Arco Rio Doce no contexto geotectônico do Orógeno Araçuaí.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018-02-02
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-07-01T11:37:58Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-07-01T11:37:58Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/42833
url http://hdl.handle.net/1843/42833
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Geologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42833/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20de%20Mestrado%20-%20Carolina%20Deluca.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42833/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/42833/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv c47491d6132a71934933f5169b2427d9
cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589559149133824