A institucionalização da responsabilidade social empresarial em Minas Gerais: uma análise dos discursos e políticas da FIEMG

• Autor(a) principal: Barbara de Souza Valle
• Data de Publicação: 2011
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-8JAGAH
• topic: Capitalismo; Institucionalização; Desenvolvimento; Responsabilidade social empresarial; Sociologia; Federação das Industrias do Estado de Minas Gerais; Desenvolvimento institucional; Responsabilidade social da empresa

Este trabalho tem por objetivo geral estudar, do ponto de vista da Sociologia, o processo de institucionalização do comportamento socialmente responsável em organizações empresariais, à luz das transformações nos modos de legitimação do capitalismo. O problema de pesquisa será abordado através de um estudo de caso. Pretende-se analisar a institucionalização da responsabilidade social empresarial (RSE) refletida nos discursos e políticas da Federação dasIndústrias do Estado de Minas Gerais FIEMG. A pesquisa aponta a RSE como um mito institucional racionalizado, cujo processo de institucionalização vem se consolidando nas organizações brasileiras que buscam se adequar tanto às normas do mercado internacional,quanto às reivindicações da comunidade local. Há um entendimento que o antigo modelo de desenvolvimento e de relação entre a economia e a sociedade não são mais suficientes para dar conta das demandas geradas pelos impactos das atividades econômicas. As novasideologias de gestão buscam conciliar o desenvolvimento de métodos de produção mais eficientes e a promoção de novos modos de legitimação das empresas através da apropriação de idéias próprias das críticas sociais. Os resultados da pesquisa sugerem que a RSE surgiu a partir destes novos paradigmas, mas que ela vem sendo institucionalizada cada vez mais nas organizações porque é economicamente útil e visa, ao mesmo tempo, garantir a sobrevivênciadas empresas capitalistas diante das novas exigências de mercado e abrandar os questionamentos sobre a sua legitimidade institucional nas comunidades.