Citólise mediada por lipídeos de Leishmania (Leishmania) amazonensis: indícios da formação de poros mediada por lisofosfatidilcolinas e seu envolvimento na invasão celular por promastigotas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luiza Valença Barreto
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/50382
Resumo: Trabalhos anteriores do nosso grupo descreveram e caracterizaram uma atividade citolítica, cujo mecanismo é por formação de poros na membrana de células-alvo, tendo a molécula responsável por esta atividade sido denominada leishporina. Embora já tenham sido determinadas várias características da leishporina, a identidade molecular desta citolisina ainda permanece desconhecida. Trabalhos anteriores, também do nosso grupo, mostraram que lisofosfatidilcolinas (LPCs) purificadas a partir de extratos de promastigotas possuem atividade citolítica. No presente trabalho, estudamos a atividade citolítica de lipídeos de promastigotas de Leishmania amazonensis, na tentativa de contribuir para a identificação da leishporina e na confirmação desse mecanismo na lise mediada por lipídeos. Assim, demonstramos que extratos lipídicos (ext-lip) de promastigotas de L. amazonensis, totalmente destituídos de proteínas, são citolíticos, lisando hemácias humanas. Verificamos que ext-lip detêm toda a atividade hemolítica presente no extrato total (ext-t) e no extrato de membranas (ext-m) de promastigotas, sugerindo que os lipídeos são os responsáveis pela formação de poros e que a fração proteica não possui atividade hemolítica. Esses resultados foram corroborados pelo fato de que o perfil de atividade hemolítica dos ext-lip durante os dias de cultivo de promastigotas in vitro segue o mesmo perfil da atividade dos ext-t e ext-m.. Confirmando resultados anteriores, verificamos que ext-t e ext-m são termolábeis, sugerindo a participação de proteínas na atividade hemolítica ou em sua regulação, enquanto os lipídeos hemolíticos são, como esperado, termorresistentes. Isto nos fez hipotetizar que a leishporina seja um complexo lipoproteico, cuja parte lipídica seja a responsável pela atividade formadora de poro ou que alguma proteína do ext-t ou ext-m, seja importante para a formação de poros quando na presença do lipídeo lítico. Um achado importante foi à demonstração que a hemólise mediada por ext-lip de promastigotas é do tipo colóido-osmótica, sugerindo fortemente que o mecanismo de hemólise pelos lipídeos totais do parasito seja por formação de poros, e corroborando achados anteriores de que a hemólise mediada por LPCs purificados é do tipo colóido-osmótica. Sabendo que fosfolipases do tipo A são as enzimas responsáveis pela síntese de LPCs, utilizamos o inibidor de Rosenthal, que inibe fosfolipases A1 e A2, na cultura de promastigotas. Demonstramos que ext-t de promastigotas assim tratadas perde totalmente sua atividade hemolítica. Esses resultados sugerem assim que os LPCs são, de fato, a leishporina. Utilizando promastigotas tratadas ou não com o inibidor de Rosenthal, verificamos ainda que os parasitos sem atividade hemolítica são menos invasivos para macrófagos ou fibroblastos do que os parasitas hemolíticos, sugerindo que a leishporina seja importante no processo de invasão de células fagocíticas e não fagocíticas pelos parasitos. A obtenção desse fenótipo de promastigotas, totalmente destituído de atividade citolítica, foi um passo importante para estudos futuros da função da leishporina.
id UFMG_e2daad41281a26ee2105eea25185740f
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/50382
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Maria de Fátima Martins Hortahttp://lattes.cnpq.br/6431550513796092Thiago de Castro Gomeshttp://lattes.cnpq.br/0101361906839650Luiza Valença Barreto2023-02-24T19:41:09Z2023-02-24T19:41:09Z2020-01-30http://hdl.handle.net/1843/50382Trabalhos anteriores do nosso grupo descreveram e caracterizaram uma atividade citolítica, cujo mecanismo é por formação de poros na membrana de células-alvo, tendo a molécula responsável por esta atividade sido denominada leishporina. Embora já tenham sido determinadas várias características da leishporina, a identidade molecular desta citolisina ainda permanece desconhecida. Trabalhos anteriores, também do nosso grupo, mostraram que lisofosfatidilcolinas (LPCs) purificadas a partir de extratos de promastigotas possuem atividade citolítica. No presente trabalho, estudamos a atividade citolítica de lipídeos de promastigotas de Leishmania amazonensis, na tentativa de contribuir para a identificação da leishporina e na confirmação desse mecanismo na lise mediada por lipídeos. Assim, demonstramos que extratos lipídicos (ext-lip) de promastigotas de L. amazonensis, totalmente destituídos de proteínas, são citolíticos, lisando hemácias humanas. Verificamos que ext-lip detêm toda a atividade hemolítica presente no extrato total (ext-t) e no extrato de membranas (ext-m) de promastigotas, sugerindo que os lipídeos são os responsáveis pela formação de poros e que a fração proteica não possui atividade hemolítica. Esses resultados foram corroborados pelo fato de que o perfil de atividade hemolítica dos ext-lip durante os dias de cultivo de promastigotas in vitro segue o mesmo perfil da atividade dos ext-t e ext-m.. Confirmando resultados anteriores, verificamos que ext-t e ext-m são termolábeis, sugerindo a participação de proteínas na atividade hemolítica ou em sua regulação, enquanto os lipídeos hemolíticos são, como esperado, termorresistentes. Isto nos fez hipotetizar que a leishporina seja um complexo lipoproteico, cuja parte lipídica seja a responsável pela atividade formadora de poro ou que alguma proteína do ext-t ou ext-m, seja importante para a formação de poros quando na presença do lipídeo lítico. Um achado importante foi à demonstração que a hemólise mediada por ext-lip de promastigotas é do tipo colóido-osmótica, sugerindo fortemente que o mecanismo de hemólise pelos lipídeos totais do parasito seja por formação de poros, e corroborando achados anteriores de que a hemólise mediada por LPCs purificados é do tipo colóido-osmótica. Sabendo que fosfolipases do tipo A são as enzimas responsáveis pela síntese de LPCs, utilizamos o inibidor de Rosenthal, que inibe fosfolipases A1 e A2, na cultura de promastigotas. Demonstramos que ext-t de promastigotas assim tratadas perde totalmente sua atividade hemolítica. Esses resultados sugerem assim que os LPCs são, de fato, a leishporina. Utilizando promastigotas tratadas ou não com o inibidor de Rosenthal, verificamos ainda que os parasitos sem atividade hemolítica são menos invasivos para macrófagos ou fibroblastos do que os parasitas hemolíticos, sugerindo que a leishporina seja importante no processo de invasão de células fagocíticas e não fagocíticas pelos parasitos. A obtenção desse fenótipo de promastigotas, totalmente destituído de atividade citolítica, foi um passo importante para estudos futuros da função da leishporina.Previous work by our group have described and characterized a cytolytic activity, whose mechanism is by pore formation in the membrane of target cells, the molecule responsible for this activity being called leishporin. Although several features of leishporin have already been determined, the molecular identity of this cytolysin is still unknown. Previous work, also from our group, has shown that lysophosphatidylcholines (LPCs) purified from extracts of promastigotes are lytic. In the present work, we have studied the cytolytic activity of lipids from Leishmania amazonensis promastigotes, in an attempt to contribute to the identification of leishporin and the confirmation of this mechanism in lipid-mediated lysis. We have thus demonstrated that lipid extracts (ext-lip) of L. amazonensis promastigotes, totally devoid of proteins, are cytolytic, lysing human red blood cells. We found that ext-lip retain all the hemolytic activity present in the total extract (ext-t) and in the membrane extract (ext-m) of promastigotes, suggesting that lipids are responsible for the formation of pores and that the protein fraction lacks hemolytic activity. These results were corroborated by the fact that the profile of hemolytic activity of ext-lip during the days of cultivation of promastigotes in vitro follows the same profile of the activity of ext-t and ext-m. Confirming previous results, we have verified that ext-t and ext-m are thermolabile, suggesting the participation of proteins in hemolytic activity or in its regulation, while hemolytic lipids are, as expected, thermoresistant. This made us hypothesize that leishporin is a lipoprotein complex, the lipid part of which is responsible for the pore-forming activity or that some ext-t or ext-m protein is important for the formation of pores when in the presence of lytic lipid. An important finding was the demonstration that ext-m-mediated hemolysis of promastigotes is colloid-osmotic, strongly suggesting that the mechanism of hemolysis by the total lipids of the parasite is by pore formation, and corroborating previous findings that purified LPCs-mediated hemolysis is colloid-osmotic. Knowing that type A phospholipases are the enzymes responsible for the synthesis of LPCs, we have used the Rosenthal‘s inhibitor, which inhibits phospholipases A1 and A2, in the promastigotes culture. We have demonstrated that ext-t of treated promastigotes entirely lose its hemolytic activity. These results thus suggest that LPCs are, in fact, leishporin. Using promastigotes treated or not with Rosenthal inhibitor, we have also found that parasites without hemolytic activity are less invasive for macrophages or fibroblasts than hemolytic parasites, suggesting that leishporin is important in the process of phagocytic and non-phagocytic cell invasion by the parasites. Obtaining this phenotype of promastigotes, completely devoid of cytolytic activity, was an important step for future studies of leishporin function.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoFAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Bioquímica e ImunologiaUFMGBrasilICB - DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E IMUNOLOGIAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessBioquímica e imunologiaLeishmaniaMorte celularLisofosfatidilcolinasleishmania amazonensisleishporinaCitólise mediada por lipídeos de Leishmania (Leishmania) amazonensis: indícios da formação de poros mediada por lisofosfatidilcolinas e seu envolvimento na invasão celular por promastigotasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGCC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/50382/5/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD55LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/50382/6/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD56ORIGINALCitólise mediada por lipídeos de Leishmania (leishmania) amazonensis indícios da formação de poros mediada por lisofosfatidilcolinas e seu envolvimento na invasão celular por promastigotas.pdfCitólise mediada por lipídeos de Leishmania (leishmania) amazonensis indícios da formação de poros mediada por lisofosfatidilcolinas e seu envolvimento na invasão celular por promastigotas.pdfapplication/pdf2541516https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/50382/4/Cit%c3%b3lise%20mediada%20por%20lip%c3%addeos%20de%20Leishmania%20%28leishmania%29%20amazonensis%20ind%c3%adcios%20da%20forma%c3%a7%c3%a3o%20de%20poros%20mediada%20por%20lisofosfatidilcolinas%20e%20seu%20envolvimento%20na%20invas%c3%a3o%20celular%20por%20promastigotas.pdfef0c39cfe1d1c2d2be15194219a4382cMD541843/503822023-02-24 16:41:10.156oai:repositorio.ufmg.br:1843/50382TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-02-24T19:41:10Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Citólise mediada por lipídeos de Leishmania (Leishmania) amazonensis: indícios da formação de poros mediada por lisofosfatidilcolinas e seu envolvimento na invasão celular por promastigotas
title Citólise mediada por lipídeos de Leishmania (Leishmania) amazonensis: indícios da formação de poros mediada por lisofosfatidilcolinas e seu envolvimento na invasão celular por promastigotas
spellingShingle Citólise mediada por lipídeos de Leishmania (Leishmania) amazonensis: indícios da formação de poros mediada por lisofosfatidilcolinas e seu envolvimento na invasão celular por promastigotas
Luiza Valença Barreto
leishmania amazonensis
leishporina
Bioquímica e imunologia
Leishmania
Morte celular
Lisofosfatidilcolinas
title_short Citólise mediada por lipídeos de Leishmania (Leishmania) amazonensis: indícios da formação de poros mediada por lisofosfatidilcolinas e seu envolvimento na invasão celular por promastigotas
title_full Citólise mediada por lipídeos de Leishmania (Leishmania) amazonensis: indícios da formação de poros mediada por lisofosfatidilcolinas e seu envolvimento na invasão celular por promastigotas
title_fullStr Citólise mediada por lipídeos de Leishmania (Leishmania) amazonensis: indícios da formação de poros mediada por lisofosfatidilcolinas e seu envolvimento na invasão celular por promastigotas
title_full_unstemmed Citólise mediada por lipídeos de Leishmania (Leishmania) amazonensis: indícios da formação de poros mediada por lisofosfatidilcolinas e seu envolvimento na invasão celular por promastigotas
title_sort Citólise mediada por lipídeos de Leishmania (Leishmania) amazonensis: indícios da formação de poros mediada por lisofosfatidilcolinas e seu envolvimento na invasão celular por promastigotas
author Luiza Valença Barreto
author_facet Luiza Valença Barreto
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Maria de Fátima Martins Horta
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6431550513796092
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Thiago de Castro Gomes
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0101361906839650
dc.contributor.author.fl_str_mv Luiza Valença Barreto
contributor_str_mv Maria de Fátima Martins Horta
Thiago de Castro Gomes
dc.subject.por.fl_str_mv leishmania amazonensis
leishporina
topic leishmania amazonensis
leishporina
Bioquímica e imunologia
Leishmania
Morte celular
Lisofosfatidilcolinas
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Bioquímica e imunologia
Leishmania
Morte celular
Lisofosfatidilcolinas
description Trabalhos anteriores do nosso grupo descreveram e caracterizaram uma atividade citolítica, cujo mecanismo é por formação de poros na membrana de células-alvo, tendo a molécula responsável por esta atividade sido denominada leishporina. Embora já tenham sido determinadas várias características da leishporina, a identidade molecular desta citolisina ainda permanece desconhecida. Trabalhos anteriores, também do nosso grupo, mostraram que lisofosfatidilcolinas (LPCs) purificadas a partir de extratos de promastigotas possuem atividade citolítica. No presente trabalho, estudamos a atividade citolítica de lipídeos de promastigotas de Leishmania amazonensis, na tentativa de contribuir para a identificação da leishporina e na confirmação desse mecanismo na lise mediada por lipídeos. Assim, demonstramos que extratos lipídicos (ext-lip) de promastigotas de L. amazonensis, totalmente destituídos de proteínas, são citolíticos, lisando hemácias humanas. Verificamos que ext-lip detêm toda a atividade hemolítica presente no extrato total (ext-t) e no extrato de membranas (ext-m) de promastigotas, sugerindo que os lipídeos são os responsáveis pela formação de poros e que a fração proteica não possui atividade hemolítica. Esses resultados foram corroborados pelo fato de que o perfil de atividade hemolítica dos ext-lip durante os dias de cultivo de promastigotas in vitro segue o mesmo perfil da atividade dos ext-t e ext-m.. Confirmando resultados anteriores, verificamos que ext-t e ext-m são termolábeis, sugerindo a participação de proteínas na atividade hemolítica ou em sua regulação, enquanto os lipídeos hemolíticos são, como esperado, termorresistentes. Isto nos fez hipotetizar que a leishporina seja um complexo lipoproteico, cuja parte lipídica seja a responsável pela atividade formadora de poro ou que alguma proteína do ext-t ou ext-m, seja importante para a formação de poros quando na presença do lipídeo lítico. Um achado importante foi à demonstração que a hemólise mediada por ext-lip de promastigotas é do tipo colóido-osmótica, sugerindo fortemente que o mecanismo de hemólise pelos lipídeos totais do parasito seja por formação de poros, e corroborando achados anteriores de que a hemólise mediada por LPCs purificados é do tipo colóido-osmótica. Sabendo que fosfolipases do tipo A são as enzimas responsáveis pela síntese de LPCs, utilizamos o inibidor de Rosenthal, que inibe fosfolipases A1 e A2, na cultura de promastigotas. Demonstramos que ext-t de promastigotas assim tratadas perde totalmente sua atividade hemolítica. Esses resultados sugerem assim que os LPCs são, de fato, a leishporina. Utilizando promastigotas tratadas ou não com o inibidor de Rosenthal, verificamos ainda que os parasitos sem atividade hemolítica são menos invasivos para macrófagos ou fibroblastos do que os parasitas hemolíticos, sugerindo que a leishporina seja importante no processo de invasão de células fagocíticas e não fagocíticas pelos parasitos. A obtenção desse fenótipo de promastigotas, totalmente destituído de atividade citolítica, foi um passo importante para estudos futuros da função da leishporina.
publishDate 2020
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-01-30
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-02-24T19:41:09Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-02-24T19:41:09Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/50382
url http://hdl.handle.net/1843/50382
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Imunologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICB - DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E IMUNOLOGIA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/50382/5/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/50382/6/license.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/50382/4/Cit%c3%b3lise%20mediada%20por%20lip%c3%addeos%20de%20Leishmania%20%28leishmania%29%20amazonensis%20ind%c3%adcios%20da%20forma%c3%a7%c3%a3o%20de%20poros%20mediada%20por%20lisofosfatidilcolinas%20e%20seu%20envolvimento%20na%20invas%c3%a3o%20celular%20por%20promastigotas.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
ef0c39cfe1d1c2d2be15194219a4382c
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589233588305920