Melhoramento de bairros e construção de segurança pública em assentamentos populares de origem irregular

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: César Alfonso Velásquez Monroy
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/49528
https://orcid.org/0000-0003-0160-0211
Resumo: O objetivo da presente pesquisa é estudar o efeito do melhoramento urbanístico na construção de segurança pública, em assentamentos tipo favela, a partir da influência intermediaria destas intervenções oficiais nos laços entre os líderes comunitários, e deles com o poder público. Desta maneira, espera-se incidir na sua capacidade, público-paroquial (comunitária), para lidar com atores envolvidos na criminalidade nas suas vizinhanças. O caso de estudo selecionado foi o do Programa Vila Viva implementado pela primeira vez no Aglomerado da Serra, a partir do ano de 2005, na cidade de Belo Horizonte (Brasil). Foram empregados, análises de correspondências múltiplas, modelos ERGM (p*) da análise de redes sociais, correlações exploratórias de dados categóricos, junto com informações de ordem qualitativa produto de entrevistas em campo, semi-estruturadas ou abertas em profundidade, com líderes comunitários, moradores e funcionários de programas sociais com presença no Aglomerado. Se identificaram dois perfis relacionais predominantes entre os líderes, tradicionais e emergentes, com mecanismos específicos de interação entre eles, tipo ponte, e com o poder público em função das fontes de recursos, administração e logística implicados nas iniciativas de atenção comunitária que envolveram as suas atuações, em concurso com organizações sociais, e agências do governo municipal ou estadual. Em particular, os líderes tradicionais se integraram a iniciativas centrais, dentro desta rede pública-paroquial de laços, e entre as quais se encontraram os espaços oficiais de participação mais representativos em matéria de intervenção urbanística, inclusive o Vila Viva; o que permitiu-lhes, por sua vez, se consolidar como as figuras típicas de representação, das diferentes vilas que compõem o Aglomerado, e de comunicação com o poder público. No caso dos líderes emergentes, eles misturaram a sua figuração entre iniciativas centrais e periféricas da rede. As segundas resultaram da multiplicidade de propostas de trabalho comunitário, deste tipo de liderança, de modo que as primeiras, o seu par central, tornaram-se plataformas de encontro com potencial para a troca de experiências e de recursos diversos, em especial nos âmbitos da educação, e da cultura, esportes e o lazer. A proximidade dos líderes tradicionais com o Vila Viva, e o seu fechamento ao redor da visão oficial de intervenção urbanística sobre o Aglomerado, facilitou a implementação do enfoque situacional de controle do crime, centrado mais na simples redução das ocorrências que nas raízes do comportamento criminoso, e que caracterizou a onda de atenção pública sobre a favela da qual fez parte o Vila Viva. No entanto, a re-ordenação física dos espaços privado, comunitário (paroquial) e público, sob o programa urbanístico, resultou alheia para os moradores e trouxe o posicionamento crítico dos líderes emergentes que reclamaram pela ausência de espaços com um desenho que facilitasse o controle de tipo territorial, afim com a execução de iniciativas de prevenção da criminalidade mediante atividades de formação, socialização e promoção de convivência. No final, houve contenção da quantidade de delitos de rua (homicídios, roubos e furtos), enquanto o tráfico de drogas consolidou-se com o acesso ao mercado externo da cidade e o acionamento permanente de seu dispositivo de vigilância na favela.
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O caso de estudo selecionado foi o do Programa Vila Viva implementado pela primeira vez no Aglomerado da Serra, a partir do ano de 2005, na cidade de Belo Horizonte (Brasil). Foram empregados, análises de correspondências múltiplas, modelos ERGM (p*) da análise de redes sociais, correlações exploratórias de dados categóricos, junto com informações de ordem qualitativa produto de entrevistas em campo, semi-estruturadas ou abertas em profundidade, com líderes comunitários, moradores e funcionários de programas sociais com presença no Aglomerado. Se identificaram dois perfis relacionais predominantes entre os líderes, tradicionais e emergentes, com mecanismos específicos de interação entre eles, tipo ponte, e com o poder público em função das fontes de recursos, administração e logística implicados nas iniciativas de atenção comunitária que envolveram as suas atuações, em concurso com organizações sociais, e agências do governo municipal ou estadual. Em particular, os líderes tradicionais se integraram a iniciativas centrais, dentro desta rede pública-paroquial de laços, e entre as quais se encontraram os espaços oficiais de participação mais representativos em matéria de intervenção urbanística, inclusive o Vila Viva; o que permitiu-lhes, por sua vez, se consolidar como as figuras típicas de representação, das diferentes vilas que compõem o Aglomerado, e de comunicação com o poder público. No caso dos líderes emergentes, eles misturaram a sua figuração entre iniciativas centrais e periféricas da rede. As segundas resultaram da multiplicidade de propostas de trabalho comunitário, deste tipo de liderança, de modo que as primeiras, o seu par central, tornaram-se plataformas de encontro com potencial para a troca de experiências e de recursos diversos, em especial nos âmbitos da educação, e da cultura, esportes e o lazer. A proximidade dos líderes tradicionais com o Vila Viva, e o seu fechamento ao redor da visão oficial de intervenção urbanística sobre o Aglomerado, facilitou a implementação do enfoque situacional de controle do crime, centrado mais na simples redução das ocorrências que nas raízes do comportamento criminoso, e que caracterizou a onda de atenção pública sobre a favela da qual fez parte o Vila Viva. No entanto, a re-ordenação física dos espaços privado, comunitário (paroquial) e público, sob o programa urbanístico, resultou alheia para os moradores e trouxe o posicionamento crítico dos líderes emergentes que reclamaram pela ausência de espaços com um desenho que facilitasse o controle de tipo territorial, afim com a execução de iniciativas de prevenção da criminalidade mediante atividades de formação, socialização e promoção de convivência. No final, houve contenção da quantidade de delitos de rua (homicídios, roubos e furtos), enquanto o tráfico de drogas consolidou-se com o acesso ao mercado externo da cidade e o acionamento permanente de seu dispositivo de vigilância na favela.El objetivo de la presente investigación es estudiar el efecto del mejoramiento urbanístico en la construcción de seguridad pública, en asentamientos tipo favela, a partir de la influencia intermedia de estas intervenciones oficiales en los lazos entre los líderes comunitarios, y de ellos con el poder público. De esta manera, se espera incidir en su capacidad, público-parroquial (comunitaria), para lidiar con actores involucrados con la criminalidad en sus vecindarios. El caso de estudio seleccionado fue el del Programa Vila Viva implementado por primera vez en el Aglomerado de La Sierra, a partir del año 2005, en la ciudad de Belo Horizonte (Brasil). Fueron empleados, análisis de correspondencias múltiples, modelos ERGM (p*) del análisis de redes sociales, correlaciones exploratorias de datos categóricos, junto con informaciones de orden cualitativo producto de entrevistas en campo, semi-estructuradas o abiertas en profundidad, con líderes comunitarios, habitantes y funcionários de programas sociales con presencia en el Aglomerado. Se identificaron dos perfiles relacionales predominantes entre los líderes, tradicionales y emergentes, con mecanismos específicos de interacción entre ellos, tipo puente, y con el poder publico en función de las fuentes de recursos, administración y logística implicados en las iniciativas de atención comunitaria que involucraron sus actuaciones, en concurso con organizaciones sociales, y agencias del gobierno municipal o del estado de Minas Gerais. En particular, los líderes tradicionales se integraron a iniciativas centrales, dentro de esta red público-parroquial de lazos, y entre las cuales se encontraron los espacios oficiales de participación más representativos en materia de intervención urbanística, incluso el Vila Viva, lo que les permitió, a su vez, consolidarse como las figuras típicas de representación, de las diferentes villas que componen el Aglomerado, y de comunicación con el poder público. En el caso de los líderes emergentes, ellos mezclaron su figuración entre iniciativas centrales y periféricas de la red. Las segundas resultaron de la multiplicidad de propuestas de trabajo comunitario, de este tipo de líderes, de modo que las primeras, como par central, se convirtieron en plataformas de encuentro con potencial para el intercambio de experiencias y de recursos diversos, en especial en los ámbitos de la educación, y de la cultura, el deporte y el ocio. La proximidad de los líderes tradicionales con el Vila Viva, y su cierre alrededor de la visión oficial de intervención urbanística sobre el Aglomerado, facilitó la implementación del enfoque situacional de control del crimen, centrado más en la simple reducción de los eventos que en las raíces del comportamiento criminal, y que caracterizó la ola de atención pública sobre la favela de la cual hizo parte el Vila Viva. Sin embargo, el reordenamiento físico de los espacios privado, comunitario (parroquial) y público, bajo el programa urbanístico, resultó ajeno para los habitantes y ocasionó una posición crítica de los líderes emergentes que reclamaron por la ausencia de espacios con un diseño que facilitara el control de tipo territorial, afín con la ejecución de iniciativas de prevención de la criminalidad mediante actividades de formación, socialización y promoción de convivencia. Al final, hubo una contención de la cantidad de delitos callejeros (homicidios, hurtos y atracos), mientras el tráfico de drogas se consolidó con el acceso al mercado externo que representa la ciudad para el Aglomerado y el accionamiento permanente de su dispositivo de vigilancia en la favela.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em SociologiaUFMGBrasilFAF - DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIASociologia - TesesBairros - TesesFavelas - TesesRedes de relações sociais - TesesSegurança pública - TesesMelhoramento de bairrosFavelaRedes sociaisLíderes comunitáriosSegurança públicaMelhoramento de bairros e construção de segurança pública em assentamentos populares de origem irregularinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/49528/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD52ORIGINALCÉSAR ALFONSO VELÁSQUEZ MONROY.pdfCÉSAR ALFONSO VELÁSQUEZ MONROY.pdfapplication/pdf12388510https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/49528/1/C%c3%89SAR%20ALFONSO%20VEL%c3%81SQUEZ%20MONROY.pdf96d7ebcde7309fdb8fe347f3c73c1560MD511843/495282023-02-05 10:57:16.562oai:repositorio.ufmg.br:1843/49528TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-02-05T13:57:16Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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