Validação anatômica da trepanação sobre o ponto esfeno-pterional nas craniotomias frontolaterais
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/30223 |
Resumo: | Introdução: Craniotomias frontotemporais, incluindo a craniotomia pterional, constituem os acessos cirúrgicos mais comumente realizados em neurocirurgia. Neste trabalho, estudamos reparos anatômicos ósseos na superfície lateral do crânio para identificar um ponto "estratégico" onde ambas as fossas cranianas anterior e média são expostas simultaneamente através de um único orifício de trépano colocado sobre o componente esfenoidal do ptério (ponto esfeno-pterional) em craniotomias frontotemporais. Objetivos: O objetivo deste trabalho foi definir anatomicamente o ponto esfenopterional por meio de medidas craniométricas realizadas na superfície lateral do crânio do humano adulto. Método: Foram utilizados 100 crânios secos humanos (idade > 18 anos) (200 lados) com a calvária removida, os quais foram previamente catalogados por gênero e idade. Sob controle visual direto das superfícies interna e externa do crânio e usando transiluminação a laser, o ponto esfeno-pterional foi identificado com precisão na fossa temporal. As medições foram feitas com base em reparos ósseos facilmente identificáveis na face lateral do crânio, como a sutura frontozigomática e o arco zigomático. Para isso, uma linha horizontal foi estabelecida paralela à borda superior do arco zigomático e estendendo-se do ponto esfeno-pterional até o processo zigomático do osso frontal e outra linha, vertical, foi desenhada a partir da sutura frontozigomática até cruzar perpendicularmente a linha horizontal. Com base nessas linhas, as distâncias horizontal e vertical foram estabelecidas entre o ponto esfeno-pterional e a sutura frontozigomática. Resultado: A sutura frontozigomática foi identificada em todos os espécimes (100%) em ambos os lados (direito e esquerdo). Independentemente do sexo ou do lado do crânio, a distância horizontal média foi de 21,72 mm (DP, 3,17 mm; min, 14,25 mm; máx, 32,58 mm) e a distância vertical média foi de 4,76 mm (DP, 1,74; min, 0 mm; máx, 9,73 mm). Nem as distâncias horizontais (lado direito, p = 0,621, lado esquerdo, p = 0,341) nem as verticais (lado direito, p = 0,460; lado esquerdo, p = 0,609) diferiram de forma estatisticamente significativa entre os sexos. Portanto, homens e mulheres apresentaram, em média, as mesmas medidas verticais e horizontais em ambos os lados. Conclusões: O orifício de trépano colocado sobre o ponto esfeno-pterional expõe simultaneamente as fossas anterior e média nas craniotomias frontolaterais. De acordo com nossas medições, este ponto está localizado, em média, 21,72 mm posterior e 4,76 mm superior à sutura frontozigomática, sobre o componente ósseo esfenoidal da região do ptério. Este keyhole modificado elimina a necessidade de trepanações sobre o keyhole tradicional, bem como sobre a escama do osso temporal em craniotomias frontotemporais. |
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Sebastião Nataniel Silva Gusmãohttp://lattes.cnpq.br/2436892355284892Vivian ResendeAluízio Augusto Arantes JúniorRoberto Leal da SilveiraJosé Alberto Landeirohttp://lattes.cnpq.br/5879652389987099Baltazar Leão Reis2019-10-10T13:11:25Z2019-10-10T13:11:25Z2017-08-28http://hdl.handle.net/1843/30223Introdução: Craniotomias frontotemporais, incluindo a craniotomia pterional, constituem os acessos cirúrgicos mais comumente realizados em neurocirurgia. Neste trabalho, estudamos reparos anatômicos ósseos na superfície lateral do crânio para identificar um ponto "estratégico" onde ambas as fossas cranianas anterior e média são expostas simultaneamente através de um único orifício de trépano colocado sobre o componente esfenoidal do ptério (ponto esfeno-pterional) em craniotomias frontotemporais. Objetivos: O objetivo deste trabalho foi definir anatomicamente o ponto esfenopterional por meio de medidas craniométricas realizadas na superfície lateral do crânio do humano adulto. Método: Foram utilizados 100 crânios secos humanos (idade > 18 anos) (200 lados) com a calvária removida, os quais foram previamente catalogados por gênero e idade. Sob controle visual direto das superfícies interna e externa do crânio e usando transiluminação a laser, o ponto esfeno-pterional foi identificado com precisão na fossa temporal. As medições foram feitas com base em reparos ósseos facilmente identificáveis na face lateral do crânio, como a sutura frontozigomática e o arco zigomático. Para isso, uma linha horizontal foi estabelecida paralela à borda superior do arco zigomático e estendendo-se do ponto esfeno-pterional até o processo zigomático do osso frontal e outra linha, vertical, foi desenhada a partir da sutura frontozigomática até cruzar perpendicularmente a linha horizontal. Com base nessas linhas, as distâncias horizontal e vertical foram estabelecidas entre o ponto esfeno-pterional e a sutura frontozigomática. 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De acordo com nossas medições, este ponto está localizado, em média, 21,72 mm posterior e 4,76 mm superior à sutura frontozigomática, sobre o componente ósseo esfenoidal da região do ptério. Este keyhole modificado elimina a necessidade de trepanações sobre o keyhole tradicional, bem como sobre a escama do osso temporal em craniotomias frontotemporais.Introduction: Frontotemporal craniotomies, including pterional craniotomies, are the most commonly performed neurosurgical approaches. We studied the external bony landmarks on the lateral surface of the skull to identify a “strategic” point where both the anterior and middle cranial fossae are exposed simultaneously during frontotemporal craniotomies through a single burr hole placed over the sphenoidal portion of the pterion (spheno-pterional point). Objetive: The aim of this work was to anatomically define the spheno-pterional point via craniometric measurements taken on the lateral surface of the human skull. Method: This work used one hundred adult (age > 18 yo) human dry crania (200 sides) with the calvaria removed, which were cataloged by gender and age. Under direct visual control of the inner and outer surfaces of the skull and by using laser transillumination, the spheno-pterional point was accurately identified in the temporal fossa. Measurements were taken based on easily identifiable bony landmarks, such as the frontozygomatic suture and the zygomatic arch. A horizontal line was established parallel to the superior border of the zygomatic arch extending from the spheno-pterional point up to the zygomatic process of the frontal bone, and a vertical line was drawn by connecting perpendicularly the frontozygomatic suture to the horizontal line. Based on these lines, the horizontal and vertical distances were established between the spheno-pterional point and the frontozygomatic suture. Result: The frontozygomatic suture was identified in all specimens (100%) on both the left and right sides. Regardless of gender or the side of the skull, the mean horizontal distance was 21.72 mm (SD, 3.17 mm; range, 14.25 mm-32.58 mm), and the mean vertical distance was 4.76 mm (SD, 1.74 mm; range, 0.00-9.73 mm). Neither the horizontal (right side, p=0.621; left side, p=0.341) nor the vertical measurements (right side, p=0.460; left side, p=0.609) differed significantly between genders. Therefore, males and females present, on average, the same vertical and horizontal measurements on both sides. The burr hole placed over the sphenopterional point simultaneously exposed both the frontal and middle fossae in the frontolateral craniotomies. Conclusions: According to our measurements, this point is located, on average, 21.72 mm posterior and 4.76 mm superior from the frontozygomatic suture, over the sphenoidal bone component of the pterion region. This modified keyhole eliminates the need for burr holes over the traditional keyhole as well as over the squamous temporal bone.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Cirurgia e à OftalmologiaUFMGBrasilMEDICINA - FACULDADE DE MEDICINACraniotomia/métodosOsso esfenóide/cirurgiaMicrocirurgiaCefalometriaDissertação acadêmicaKeyhole modificadoPterionalCraniotomia frontolateralPontos craniométricosPonto esfeno-pterionalKeyholeValidação anatômica da trepanação sobre o ponto esfeno-pterional nas craniotomias frontolateraisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTESE-FINAL-10_08-mesclado.pdfTESE-FINAL-10_08-mesclado.pdfapplication/pdf22937680https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30223/1/TESE-FINAL-10_08-mesclado.pdf18100c10c30046ff28a87832677db7beMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30223/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD52TEXTTESE-FINAL-10_08-mesclado.pdf.txtTESE-FINAL-10_08-mesclado.pdf.txtExtracted texttext/plain121740https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30223/3/TESE-FINAL-10_08-mesclado.pdf.txtb49d92433ac7172007bf22b5e18e22a4MD531843/302232019-11-14 12:46:20.285oai:repositorio.ufmg.br:1843/30223TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T15:46:20Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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