Caracterização do comportamento crítico no processo de epidemia difusiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Daniel Ferreira de Souza Maia
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ESCZ-7N3H5R
Resumo: Neste trabalho estudamos um processo estocástico longe do equilíbrio, conhecido como o processo de epidemia difusiva (PED). Neste processo, partículas de duas espécies (A e B) difundem em uma rede e sofrem as reações A + B -> 2B e B -> A, tal que o numero total de partículas é conservado. O estado livre de partículas B é absorvente. Variando os parâmetros de controle, a saber, a densidade total, e as taxas de reação e de difusão, o sistema sofre uma transição de fase entre uma fase ativa e a fase absorvente. Análises anteriores, via grupo de renormalização prevêem três classes de universalidade distintas dependendo da relação entre as taxas de difusão para partículas A (DA) e partículas B (DB). A previsão classifica a transição de fase como contínua quando DA = DB e DA < DB, mas a análise levou a conjectura de uma transição descontínua para DA > DB. Realizamos simulações Monte Carlo com um algoritmo fiel à definição do modelo como um processo Markoviano, permitindo uma comparação quantitativa com estudos analíticos. Na base de extensivas simulações do estado quase-estacionário (QS) de sistemas unidimensionais com até 5000 sítios, determinamos os expoentes críticos para todas as três classes de universalidade. Para todos os três regimes de difusão a transição é contínua. Estudos em d = 2 focados no caso DA > DB, também mostraram uma transição contínua. Não há, portanto, nenhum sinal de descontinuidade para a transição no caso DA > DB em sistemas uni ou bidimensionais. Para confirmar este resultado, criamos um algoritmo para a construção de um ciclo de histerese; novamente o resultado foi negativo. Outros estudos de decaimento inicial mostraram que o estado estacionário não depende da história ou das condições iniciais, constituindo outra evidência em favor da transição contínua. Todos estes métodos, simulações QS, histerese e decaimento inicial, foram também testados contra o modelo de criação por tripletos que sabidamente apresenta uma transição descontínua para altas taxas de difusão, e em todos os casos foi possível identificar uma transição descontínua. Finalmente, desenvolvemos uma expansão do parâmetro de ordem em potências do tempo. Elaboramos um algoritmo computacional que realiza a álgebra necessária para gerar os coeficientes dessa série, e assim calculamos os primeiros 12 termos da expansão para três valores diferentes da taxa de recuperação. Os resultados obtidos através desta previsão concordam muito bem com as simulações para tempos curtos, sendo que esta concordância se estende a tempos maiores na fase ativa.
id UFMG_e3c2934935a8fa0331b5518440f24030
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/ESCZ-7N3H5R
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Ronald DickmanJafferson Kamphorst Leal da SilvaJose Marcos Andrade FigueiredoJurgen Fritz StilckU. L. FulcoDaniel Ferreira de Souza Maia2019-08-09T21:01:27Z2019-08-09T21:01:27Z2008-11-28http://hdl.handle.net/1843/ESCZ-7N3H5RNeste trabalho estudamos um processo estocástico longe do equilíbrio, conhecido como o processo de epidemia difusiva (PED). Neste processo, partículas de duas espécies (A e B) difundem em uma rede e sofrem as reações A + B -> 2B e B -> A, tal que o numero total de partículas é conservado. O estado livre de partículas B é absorvente. Variando os parâmetros de controle, a saber, a densidade total, e as taxas de reação e de difusão, o sistema sofre uma transição de fase entre uma fase ativa e a fase absorvente. Análises anteriores, via grupo de renormalização prevêem três classes de universalidade distintas dependendo da relação entre as taxas de difusão para partículas A (DA) e partículas B (DB). A previsão classifica a transição de fase como contínua quando DA = DB e DA < DB, mas a análise levou a conjectura de uma transição descontínua para DA > DB. Realizamos simulações Monte Carlo com um algoritmo fiel à definição do modelo como um processo Markoviano, permitindo uma comparação quantitativa com estudos analíticos. Na base de extensivas simulações do estado quase-estacionário (QS) de sistemas unidimensionais com até 5000 sítios, determinamos os expoentes críticos para todas as três classes de universalidade. Para todos os três regimes de difusão a transição é contínua. Estudos em d = 2 focados no caso DA > DB, também mostraram uma transição contínua. Não há, portanto, nenhum sinal de descontinuidade para a transição no caso DA > DB em sistemas uni ou bidimensionais. Para confirmar este resultado, criamos um algoritmo para a construção de um ciclo de histerese; novamente o resultado foi negativo. Outros estudos de decaimento inicial mostraram que o estado estacionário não depende da história ou das condições iniciais, constituindo outra evidência em favor da transição contínua. Todos estes métodos, simulações QS, histerese e decaimento inicial, foram também testados contra o modelo de criação por tripletos que sabidamente apresenta uma transição descontínua para altas taxas de difusão, e em todos os casos foi possível identificar uma transição descontínua. Finalmente, desenvolvemos uma expansão do parâmetro de ordem em potências do tempo. Elaboramos um algoritmo computacional que realiza a álgebra necessária para gerar os coeficientes dessa série, e assim calculamos os primeiros 12 termos da expansão para três valores diferentes da taxa de recuperação. Os resultados obtidos através desta previsão concordam muito bem com as simulações para tempos curtos, sendo que esta concordância se estende a tempos maiores na fase ativa.SUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGProcesso de Epidemia DifusivaRenormalizçãoTransição de faseFísicaProcesso de Epidemia DifusivaGrupo de renormalizaçãoTeoria de campoTransição de faseCaracterização do comportamento crítico no processo de epidemia difusivainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdanielmaia.tese.pdfapplication/pdf5519637https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ESCZ-7N3H5R/1/danielmaia.tese.pdf3a4e8b2698dbe7a091c4f204ce0ad6a1MD51TEXTdanielmaia.tese.pdf.txtdanielmaia.tese.pdf.txtExtracted texttext/plain223776https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ESCZ-7N3H5R/2/danielmaia.tese.pdf.txtc90616e0d196c36d04f3d43ba1add3ffMD521843/ESCZ-7N3H5R2019-11-14 06:48:40.171oai:repositorio.ufmg.br:1843/ESCZ-7N3H5RRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T09:48:40Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Caracterização do comportamento crítico no processo de epidemia difusiva
title Caracterização do comportamento crítico no processo de epidemia difusiva
spellingShingle Caracterização do comportamento crítico no processo de epidemia difusiva
Daniel Ferreira de Souza Maia
Processo de Epidemia Difusiva
Grupo de renormalização
Teoria de campo
Transição de fase
Processo de Epidemia Difusiva
Renormalizção
Transição de fase
Física
title_short Caracterização do comportamento crítico no processo de epidemia difusiva
title_full Caracterização do comportamento crítico no processo de epidemia difusiva
title_fullStr Caracterização do comportamento crítico no processo de epidemia difusiva
title_full_unstemmed Caracterização do comportamento crítico no processo de epidemia difusiva
title_sort Caracterização do comportamento crítico no processo de epidemia difusiva
author Daniel Ferreira de Souza Maia
author_facet Daniel Ferreira de Souza Maia
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Ronald Dickman
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Jafferson Kamphorst Leal da Silva
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Jose Marcos Andrade Figueiredo
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Jurgen Fritz Stilck
dc.contributor.referee4.fl_str_mv U. L. Fulco
dc.contributor.author.fl_str_mv Daniel Ferreira de Souza Maia
contributor_str_mv Ronald Dickman
Jafferson Kamphorst Leal da Silva
Jose Marcos Andrade Figueiredo
Jurgen Fritz Stilck
U. L. Fulco
dc.subject.por.fl_str_mv Processo de Epidemia Difusiva
Grupo de renormalização
Teoria de campo
Transição de fase
topic Processo de Epidemia Difusiva
Grupo de renormalização
Teoria de campo
Transição de fase
Processo de Epidemia Difusiva
Renormalizção
Transição de fase
Física
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Processo de Epidemia Difusiva
Renormalizção
Transição de fase
Física
description Neste trabalho estudamos um processo estocástico longe do equilíbrio, conhecido como o processo de epidemia difusiva (PED). Neste processo, partículas de duas espécies (A e B) difundem em uma rede e sofrem as reações A + B -> 2B e B -> A, tal que o numero total de partículas é conservado. O estado livre de partículas B é absorvente. Variando os parâmetros de controle, a saber, a densidade total, e as taxas de reação e de difusão, o sistema sofre uma transição de fase entre uma fase ativa e a fase absorvente. Análises anteriores, via grupo de renormalização prevêem três classes de universalidade distintas dependendo da relação entre as taxas de difusão para partículas A (DA) e partículas B (DB). A previsão classifica a transição de fase como contínua quando DA = DB e DA < DB, mas a análise levou a conjectura de uma transição descontínua para DA > DB. Realizamos simulações Monte Carlo com um algoritmo fiel à definição do modelo como um processo Markoviano, permitindo uma comparação quantitativa com estudos analíticos. Na base de extensivas simulações do estado quase-estacionário (QS) de sistemas unidimensionais com até 5000 sítios, determinamos os expoentes críticos para todas as três classes de universalidade. Para todos os três regimes de difusão a transição é contínua. Estudos em d = 2 focados no caso DA > DB, também mostraram uma transição contínua. Não há, portanto, nenhum sinal de descontinuidade para a transição no caso DA > DB em sistemas uni ou bidimensionais. Para confirmar este resultado, criamos um algoritmo para a construção de um ciclo de histerese; novamente o resultado foi negativo. Outros estudos de decaimento inicial mostraram que o estado estacionário não depende da história ou das condições iniciais, constituindo outra evidência em favor da transição contínua. Todos estes métodos, simulações QS, histerese e decaimento inicial, foram também testados contra o modelo de criação por tripletos que sabidamente apresenta uma transição descontínua para altas taxas de difusão, e em todos os casos foi possível identificar uma transição descontínua. Finalmente, desenvolvemos uma expansão do parâmetro de ordem em potências do tempo. Elaboramos um algoritmo computacional que realiza a álgebra necessária para gerar os coeficientes dessa série, e assim calculamos os primeiros 12 termos da expansão para três valores diferentes da taxa de recuperação. Os resultados obtidos através desta previsão concordam muito bem com as simulações para tempos curtos, sendo que esta concordância se estende a tempos maiores na fase ativa.
publishDate 2008
dc.date.issued.fl_str_mv 2008-11-28
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-09T21:01:27Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-09T21:01:27Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/ESCZ-7N3H5R
url http://hdl.handle.net/1843/ESCZ-7N3H5R
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ESCZ-7N3H5R/1/danielmaia.tese.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ESCZ-7N3H5R/2/danielmaia.tese.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 3a4e8b2698dbe7a091c4f204ce0ad6a1
c90616e0d196c36d04f3d43ba1add3ff
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589444086792192