Estudo da influência da reservação de águas pluviais em lotes no município de Belo Horizonte, MG: avaliação hidráulica e hidrológica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pedro de Paula Drumond
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-92RJQV
Resumo: A cidade de Belo Horizonte vem sofrendo com constantes problemas de inundação nos últimos períodos chuvosos. O uso de técnicas clássicas para obras de drenagem provocou o aumento da capacidade de escoamento das estruturas de drenagem e a consequente transferência dos problemas para jusante. Uma maneira de melhorar o funcionamento do sistema de drenagem da cidade é a utilização de técnicas compensatórias. Apesar do município de Belo Horizonte ter sido a primeira capital do país a exigir a instalação de microrreservatórios em terrenos com grandes taxas de impermeabilização, o pequeno volume definido para retenção e a falta de critérios para a construção de tais dispositivos indicam que sua instalação não produz o amortecimento da vazão de pico desejado.Assim, este estudo teve como objetivo analisar os volumes dos microrreservatórios determinados pela Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo de Belo Horizonte LPOUS/BH, comparando-se com os volumes calculados pela fórmula de McCuen (1989) e pelo método de Puls para o amortecimento da vazão de pico a níveis de pré-urbanização. Os resultados mostraram que os volumes encontrados utilizando-se a fórmula de McCuen foram superiores aos calculados com o método de Puls e aos definidos pela LPOUS/BH. Foi analisado em laboratório o funcionamento de um microrreservatório com 1,08m³, mesmo valor exigido pela LPOUS de BH para um lote de 360 m² totalmente impermeabilizado. Foram verificadas as capacidades de esgotamento de quatorze diferentes tubos de descarga para alturas de nível dágua entre 30 cm e 120 cm e o amortecimento proporcionado para precipitações com tempo de retorno de 10 anos e durações de 10 e 30 minutos. Os resultados mostraram que em média o coeficiente de descarga foi de 0,90, valor superior ao indicado na literatura clássica e que o reservatório não é capaz de realizar o amortecimento das vazões de pico. Com os resultados obtidos em laboratório para os coeficientes de descarga, foram realizadas simulações para precipitações com tempo de retorno de 10 anos e diferentes durações de modo a determinar o maior volume do microrreservatório necessário para amortecer as vazões de pico geradas com solos impermeabilizados. Assim, foi possível determinar o volume necessário para reservar em lotes devido à impermeabilização do solo e a vazão de saída, definida pelo diâmetro do tubo de descarga do microrreservatório. Para os lotes de 360 e 600 Programa de Pós-graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos da UFMG m², os diâmetros dos tubos de descarga encontrados para os microrreservatórios foram muito inferiores ao de 75 mm definido pelo Caderno de Encargos da Sudecap (2008). Por fim foi simulada a implantação de microrreservatórios em lotes da sub-bacia do córrego da Av. Francisco Sá, localizada em Belo Horizonte, que apresenta problemas com inundação e elevado grau de urbanização. Na situação da bacia com o microrreservatórios nos lotes houve uma redução de 50% da vazão de pico em comparação ao cenário sem microrreservatórios.
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Apesar do município de Belo Horizonte ter sido a primeira capital do país a exigir a instalação de microrreservatórios em terrenos com grandes taxas de impermeabilização, o pequeno volume definido para retenção e a falta de critérios para a construção de tais dispositivos indicam que sua instalação não produz o amortecimento da vazão de pico desejado.Assim, este estudo teve como objetivo analisar os volumes dos microrreservatórios determinados pela Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo de Belo Horizonte LPOUS/BH, comparando-se com os volumes calculados pela fórmula de McCuen (1989) e pelo método de Puls para o amortecimento da vazão de pico a níveis de pré-urbanização. Os resultados mostraram que os volumes encontrados utilizando-se a fórmula de McCuen foram superiores aos calculados com o método de Puls e aos definidos pela LPOUS/BH. Foi analisado em laboratório o funcionamento de um microrreservatório com 1,08m³, mesmo valor exigido pela LPOUS de BH para um lote de 360 m² totalmente impermeabilizado. Foram verificadas as capacidades de esgotamento de quatorze diferentes tubos de descarga para alturas de nível dágua entre 30 cm e 120 cm e o amortecimento proporcionado para precipitações com tempo de retorno de 10 anos e durações de 10 e 30 minutos. Os resultados mostraram que em média o coeficiente de descarga foi de 0,90, valor superior ao indicado na literatura clássica e que o reservatório não é capaz de realizar o amortecimento das vazões de pico. Com os resultados obtidos em laboratório para os coeficientes de descarga, foram realizadas simulações para precipitações com tempo de retorno de 10 anos e diferentes durações de modo a determinar o maior volume do microrreservatório necessário para amortecer as vazões de pico geradas com solos impermeabilizados. Assim, foi possível determinar o volume necessário para reservar em lotes devido à impermeabilização do solo e a vazão de saída, definida pelo diâmetro do tubo de descarga do microrreservatório. Para os lotes de 360 e 600 Programa de Pós-graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos da UFMG m², os diâmetros dos tubos de descarga encontrados para os microrreservatórios foram muito inferiores ao de 75 mm definido pelo Caderno de Encargos da Sudecap (2008). Por fim foi simulada a implantação de microrreservatórios em lotes da sub-bacia do córrego da Av. Francisco Sá, localizada em Belo Horizonte, que apresenta problemas com inundação e elevado grau de urbanização. Na situação da bacia com o microrreservatórios nos lotes houve uma redução de 50% da vazão de pico em comparação ao cenário sem microrreservatórios.The city of Belo Horizonte has been suffering from constant flooding problems in the recent rainy seasons. The use of conventional techniques for drainage works, caused the increase in flow capacity of the drainage structures and the consequent transfer of problems to downstream. One way to improve the functioning of the drainage system of the city is to use compensatory techniques. Though the city of Belo Horizonte was the first capital of the country to require the installation of On-site Stormwater Detention - OSD on land with high rates of sealing, the small volume of retention defined and the lack of criteria for the construction of such devices indicate that your installation does not produce the damping peak flow desired. So, this study aimed to analyze the volumes of OSD determined by Law of Land Installment, Occupancy and Use of Belo Horizonte, compared with the volumes calculated by the formula McCuen (1989) and by Puls method for the damping peak flow to levels of pre-urbanization. The results showed that the volumes using the McCuen formula was superior to those calculated with the method by Puls and the Law of Land Installment, Occupancy and Use. In laboratory was analyzed a operation of OSD with 1.08 m³, the same value required by the law of Belo Horizonte for a batch of 360 m² completely proofed. It was found the capacity of drain of fourteen different discharge pipes for water-level heights between 30 cm and 120 cm and the cushioning provided for precipitation with return time of 10 years and durations of 10 and 30 minutes. The results showed that the average discharge coefficient was 0.90, value higher than indicated in the classic literature, and the OSD was not able to perform the damping of peak flows.With the results obtained in laboratory for the discharge coefficient, simulations were performed for precipitation with return time of 10 years and different durations to determine the largest volume of microrreservatório necessary to dampen peak flows generated from impermeable soils. Thus, it was possible to determine the volume necessary to reserve in lots due to the impermeability of the soil and the outlet flow, defined by the diameter of the discharge tube of On-site Stormwater Detention - OSD. For lots of 360 and 600 square meters, the diameter of the discharge tubes found for OSD was well below than 75 mm defined by the Specification of Sudecap (2008). Programa de Pós-graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos da UFMG At last was simulated the deployment of OSD in lots of sub-basin Francisco Sa stream, located in Belo Horizonte, which presents problems with flooding and high degree of urbanization. In the scenario with OSD in all lots of the sub-basin, the peak discharge was reduced in 50% compared with the scenario without OSD.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGEngenharia sanitáriaMeio Ambiente e Recursos HídricosSaneamentoEstudo da influência da reservação de águas pluviais em lotes no município de Belo Horizonte, MG: avaliação hidráulica e hidrológicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_final.pdfapplication/pdf5773551https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-92RJQV/1/disserta__o_final.pdf695f1b86f0184feddc931032b1f805d0MD51TEXTdisserta__o_final.pdf.txtdisserta__o_final.pdf.txtExtracted texttext/plain371004https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-92RJQV/2/disserta__o_final.pdf.txt048fecb85424f12639e0947168a92c8aMD521843/BUBD-92RJQV2019-11-14 05:45:24.979oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-92RJQVRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T08:45:24Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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