Espaço em movimento : a (trans)formação do espaço mineiro a partir da análise do sistema Sesmarial (Minas Gerais, 1701-1836)
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/35240 |
Resumo: | A economia portuguesa, a partir do fim da União Ibérica entrou em crise. Para tentar resolver os problemas econômicos foram promovidas inúmeras expedições ao interior do Brasil à procura de riquezas naturais e minerais. Dentro dessa lógica exploratória se estabelece a ocupação das Minas Gerais no final do século XVII. A partir desse momento, pessoas oriundas de todas as regiões do império, ocuparam paulatinamente as Gerais à procura do ouro, de outras atividades econômicas e do rápido enriquecimento. Para controlar essa exploração e expansão territorial, a Coroa adotou o sistema da distribuição de Sesmarias, que consistia na doação de uma benfeitoria de terra àqueles dispostos a colonizar o território e torná-lo produtivo de alguma maneira. Sob essa perspectiva, essa tese tem como objetivo investigar a formação do espaço mineiro a partir da concessão de Sesmarias. Para isso, foi feita uma análise do Inventário das Cartas de Sesmarias disponível no Arquivo Público Mineiro, inventário, este, que contém a descrição de todas as Sesmarias que foram distribuídas em Minas Gerais. Com a criação de um banco de dados feito a partir da transcrição desse inventário, foi possível estabelecer diálogos com a História de Minas, compreendendo cada momento econômico ao longo dos séculos XVIII e início do XIX, relacionando-os com a ocupação espacial da Capitania. Através das técnicas do georreferenciamento e História do Espaço, foi possível estabelecer vertentes importantes sobre as relações entre a História e a Geografia, assim como a compreensão da formação e transformação espacial. Por fim, foi analisado o sistema Sesmarial, avaliando a sua distribuição por períodos, por tipologias de doações, os títulos dos sesmeiros, com o intuito de compreender como esse sistema se relaciona com a formação econômica e social de Minas Gerais e procurando compreender de que forma o espaço se forma a partir das necessidades socioeconômicas de cada região. A partir dessas análises, concluiu-se que o espaço Sesmarial mineiro acompanhou os movimentos das atividades econômicas de cada região ao longo do tempo, percebendo a dilatação das fronteiras da ocupação mineira e a retração das fronteiras do sertão, a partir da compreensão de que essas não são estáticas e estão em constante transformação. |
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José Newton Coelho Meneseshttp://lattes.cnpq.br/8502474778285768Mateus Rezende de AndradeMarcelo Magalhães GodoyCarlos de Oliveira MalaquiasJosé Flavio Morais Castrohttp://lattes.cnpq.br/2384039008786701Rodrigo Paulinelli de Almeida Costa2021-03-18T12:44:03Z2021-03-18T12:44:03Z2020-10-16http://hdl.handle.net/1843/35240A economia portuguesa, a partir do fim da União Ibérica entrou em crise. Para tentar resolver os problemas econômicos foram promovidas inúmeras expedições ao interior do Brasil à procura de riquezas naturais e minerais. Dentro dessa lógica exploratória se estabelece a ocupação das Minas Gerais no final do século XVII. A partir desse momento, pessoas oriundas de todas as regiões do império, ocuparam paulatinamente as Gerais à procura do ouro, de outras atividades econômicas e do rápido enriquecimento. Para controlar essa exploração e expansão territorial, a Coroa adotou o sistema da distribuição de Sesmarias, que consistia na doação de uma benfeitoria de terra àqueles dispostos a colonizar o território e torná-lo produtivo de alguma maneira. Sob essa perspectiva, essa tese tem como objetivo investigar a formação do espaço mineiro a partir da concessão de Sesmarias. Para isso, foi feita uma análise do Inventário das Cartas de Sesmarias disponível no Arquivo Público Mineiro, inventário, este, que contém a descrição de todas as Sesmarias que foram distribuídas em Minas Gerais. Com a criação de um banco de dados feito a partir da transcrição desse inventário, foi possível estabelecer diálogos com a História de Minas, compreendendo cada momento econômico ao longo dos séculos XVIII e início do XIX, relacionando-os com a ocupação espacial da Capitania. 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A partir dessas análises, concluiu-se que o espaço Sesmarial mineiro acompanhou os movimentos das atividades econômicas de cada região ao longo do tempo, percebendo a dilatação das fronteiras da ocupação mineira e a retração das fronteiras do sertão, a partir da compreensão de que essas não são estáticas e estão em constante transformação.The Portuguese economy, since the end of the Iberian Union, entered a crisis. To try to solve the economic problems, numerous expeditions were promoted to the interior of Brazil in search of natural and mineral wealth. Within this exploratory logic, the occupation of Minas Gerais was established as of the end of the 17th century. From that moment on, people from all regions of the empire gradually occupied the Generals in search of gold, other economic activities and rapid enrichment. To control this exploration and territorial expansion, the Crown adopts the Portuguese Crown land concessions, which consisted of the donation of a land improvement to those willing to colonize the territory and make it productive in some way. From this perspective, this thesis aims to investigate the formation of the Minas Gerais space from this kind of land concession. For this, a thorough analysis of the Inventário das Cartas de Sesmarias was made available in the Arquivo Público Mineiro, this inventory, which contains the description of all the Portguese Crwon land concession that were distributed in Minas Gerais. With the creation of a database made from the transcription of this inventory, it was possible to establish dialogues with the History of Minas, comprising each economic moment throughout the 18th and early 19th centuries, relating them to the spatial occupation of the Captaincy. Through the techniques of georeferencing and Space History, it was possible to establish important aspects of the relationship between History and Geography, as well as the understanding of formation and spatial transformation. Finally, the Sesmariasl system was analyzed, evaluating its distribution over periods, by type of donations, the titles of sesmeiros, in order to understand how this system relates to the economic and social formation of Minas Gerais and trying to understand what shape the space is formed from the socioeconomic needs of each region. From these analyzes, it was concluded that the space of Minas Gerais followed the movements of economic activities in each region over time, realizing the expansion of the frontiers of mining occupation and the retraction of the frontiers of the hinterland, from the understanding that these they are not static and are constantly changing.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em HistóriaUFMGBrasilFAF - DEPARTAMENTO DE HISTÓRIAMinas GeraisSéculos XVIII-XIXSistema SesmarialHistória do espaçoGeo-históriaEspaço em movimento : a (trans)formação do espaço mineiro a partir da análise do sistema Sesmarial (Minas Gerais, 1701-1836)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTESE_ RODRIGO PAULINELLI_Versão Final Finalizada.pdfTESE_ RODRIGO PAULINELLI_Versão Final Finalizada.pdfapplication/pdf5757720https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35240/1/TESE_%20RODRIGO%20PAULINELLI_Vers%c3%a3o%20Final%20Finalizada.pdf60dbaff47dac7dcfcfad9562c5b25177MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35240/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/352402021-03-18 09:44:03.979oai:repositorio.ufmg.br:1843/35240TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-03-18T12:44:03Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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