Epidemiologia das lesões fibro-ósseas benignas dos maxilares

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Camila de Nazare Alves de Oliveira
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ODON-ACQSGS
Resumo: As lesões fibro-ósseas benignas (LFOBs) são condições raras caracterizadas pelo desenvolvimento de doenças neoplásicas, reativas ou displásicas, nas quais o osso normal é substituído por tecido conjuntivo composto por colágeno, fibroblastos e diferentes materiais mineralizados semelhantes ao osso ou cemento. Os principaistipos são: displasia fibrosa (DF): monostótica (DFM) ou poliostótica (DFP); displasia óssea (DO): periapical (DOP), focal (DOFoc) ou florida (DOFlor); e o fibroma ossificante (FO): convencional (FOC) ou juvenil (FOJ). O objetivo deste estudo foi descrever o perfil epidemiológico das LFOBs dos maxilares diagnosticados no serviço de referência em Patologia, Estomatologia e Radiologia da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais e comparar com os resultados encontrados em outros estudos. Os dados foram obtidos dos arquivosdos serviços clínico e laboratorial, no período de 26 anos (1990-2015). Informações de gênero, idade, raça dos pacientes e principais características clínicas e radiográficas da lesão foram coletadas. Foi realizada a análise estatística descritiva das variáveis e teste de associação entre os grupos de lesões e o gênero, faixa etária, aumento de volume e osteomielite. Entre todos os diagnósticos do períodoavaliado (27998 prontuários), as LFOBs representaram 1,36% (n=383). As DOs (n=187, 48,8%) foram as mais frequentes, seguidas pela DF (n=103, 26,9%) e FO (n=93, 24,3%). Quanto aos subtipos de LFOBs, as mais frequentes e a DFM, ambas com 101 casos (26,4%). As mulheres foram a ma ifoorriaam n oa eDsOtuFdloor, com frequência de 82,0% (n=314), assim como os pacientes não negros (59,0%, n=226). Entre todas as LFOBs a média de idade foi de 38,52 ± 17,54, acometendomais a 4ª e 5ª décadas. As características radiográficas mais comuns foram imagens mistas: radiopaca e radiolúcida (51,7%). A mandíbula foi a região mais acometida (n=247, 64,5%), exceto para DF que envolveu mais a maxila (n=68, 66,0%). A DF foi observada mais entre os homens que em mulheres, assim como entre os pacientes mais jovens. DOs foram mais comuns em mulheres e em pacientes mais velhos.Enquanto que no FO não foi observada diferença significativa entre o gênero. A associação entre a presença de osteomielite e DO foi estatisticamente significante (p=0,0001). O aumento de volume foi significante na DF e FO (p=0,0001). A frequência de LFOB é semelhante à previamente reportada na literatura no mesmo país, mas difere dos dados observados em outras populações. É importante considerar a correlação de dados clínicos, radiográficos e histopatológico para odiagnóstico definitivo de LFOBs. Estudos epidemiólogicos podem orientar o clínico sobre a perfil do paciente acometido por uma doença. Nossos resultados são importantes para auxiliar no diagnóstico e manejo clínico das lesões fibro-ósseas benignas.
id UFMG_e7127c8f5409c0c551e9dc8a6f427141
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/ODON-ACQSGS
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Ricardo Alves de MesquitaLoliza Chalub Luiz FigueiredoSoraya de Mattos Camargo Grossmann AlmeidaCamila de Nazare Alves de Oliveira2019-08-12T14:09:51Z2019-08-12T14:09:51Z2016-06-28http://hdl.handle.net/1843/ODON-ACQSGSAs lesões fibro-ósseas benignas (LFOBs) são condições raras caracterizadas pelo desenvolvimento de doenças neoplásicas, reativas ou displásicas, nas quais o osso normal é substituído por tecido conjuntivo composto por colágeno, fibroblastos e diferentes materiais mineralizados semelhantes ao osso ou cemento. Os principaistipos são: displasia fibrosa (DF): monostótica (DFM) ou poliostótica (DFP); displasia óssea (DO): periapical (DOP), focal (DOFoc) ou florida (DOFlor); e o fibroma ossificante (FO): convencional (FOC) ou juvenil (FOJ). O objetivo deste estudo foi descrever o perfil epidemiológico das LFOBs dos maxilares diagnosticados no serviço de referência em Patologia, Estomatologia e Radiologia da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais e comparar com os resultados encontrados em outros estudos. Os dados foram obtidos dos arquivosdos serviços clínico e laboratorial, no período de 26 anos (1990-2015). Informações de gênero, idade, raça dos pacientes e principais características clínicas e radiográficas da lesão foram coletadas. Foi realizada a análise estatística descritiva das variáveis e teste de associação entre os grupos de lesões e o gênero, faixa etária, aumento de volume e osteomielite. Entre todos os diagnósticos do períodoavaliado (27998 prontuários), as LFOBs representaram 1,36% (n=383). As DOs (n=187, 48,8%) foram as mais frequentes, seguidas pela DF (n=103, 26,9%) e FO (n=93, 24,3%). Quanto aos subtipos de LFOBs, as mais frequentes e a DFM, ambas com 101 casos (26,4%). As mulheres foram a ma ifoorriaam n oa eDsOtuFdloor, com frequência de 82,0% (n=314), assim como os pacientes não negros (59,0%, n=226). Entre todas as LFOBs a média de idade foi de 38,52 ± 17,54, acometendomais a 4ª e 5ª décadas. As características radiográficas mais comuns foram imagens mistas: radiopaca e radiolúcida (51,7%). A mandíbula foi a região mais acometida (n=247, 64,5%), exceto para DF que envolveu mais a maxila (n=68, 66,0%). A DF foi observada mais entre os homens que em mulheres, assim como entre os pacientes mais jovens. DOs foram mais comuns em mulheres e em pacientes mais velhos.Enquanto que no FO não foi observada diferença significativa entre o gênero. A associação entre a presença de osteomielite e DO foi estatisticamente significante (p=0,0001). O aumento de volume foi significante na DF e FO (p=0,0001). A frequência de LFOB é semelhante à previamente reportada na literatura no mesmo país, mas difere dos dados observados em outras populações. É importante considerar a correlação de dados clínicos, radiográficos e histopatológico para odiagnóstico definitivo de LFOBs. Estudos epidemiólogicos podem orientar o clínico sobre a perfil do paciente acometido por uma doença. Nossos resultados são importantes para auxiliar no diagnóstico e manejo clínico das lesões fibro-ósseas benignas.Benign fibro-osseous lesions (BFOLs) are rare conditions characterized by the development of neoplastic, reactive or dysplastic disease, in which is observed replacement of the normal bone by collagen, fibroblasts and different mineralized materials like bone and cementum. The main types are: fibrous dysplasia (FD): monostotic (MFD) or polyostotic (PFD); osseous dysplasia (OD): periapical (POD), focal (FocOD) or florid (FlorOD); and ossifying fibroma (OF): conventional (COF) or juvenile (JOF). The aim of this study was to describe the epidemiological profile of BFOLs of the jaws diagnosed in the reference service in oral pathology at the Universidade Federal of Minas Gerais and compare it with the results found in other studies. Data were obtained from the archives of clinical and laboratory services in the period of 26 years (1990-2015). Gender, age, race and main clinical and radiographic characteristics of the lesion were collected. Descriptive statistical analysis of each variable and associations test between groups of lesions and gender, age, swelling and osteomyelitis were made. Among all diagnoses in the period (n=27998 records), the BFOLs represented 1.36% (n=383). The ODs (n=187, 48.8%) were the most frequently diagnosed, followed by FD (n=103, 26.9%) and OF (n= 93, 24.3%). Regarding the subtypes, the most common were FlorOD and MFD,both with 101 cases. Women were the majority in the study, with (n=314), as well as non-black patients with (n=226, 59.0%). Am forenqgu eanll cLyF oOf B8s2 .0th%e average age was 38.52 ± 17.54, affecting more the 4th and 5th decades. The most common radiographic features were mixed images: radiopaque and radiolucent (51.7%). The mandible was the most affected region (n=247, 64.5%), except for DF involving more maxilla (n=68, 66.0%). The DF was observed more in men than inwomen, as well as among younger patients. DOs were more common in women and older patients. The FO was no significant difference between genders. The association between the presence of osteomyelitis and OD was statistically significant (p=0.0001). The swelling was significant in FD and FO (p=0.0001). The frequency of LFOB is similar to that previously reported in the literature in the same country, but differs from data observed in other populations. It is important to consider the correlation of clinical, radiographic and histopathologic for definitive diagnosis of LFOBs. Epidemiological studies can guide the clinician on the patient'sprofile affected by a disease. Our results are important to assist in the diagnosis and clinical management of benign fibro-osseous lesions.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGMaxilaresDesenvolvimento ósseoArcada ósseo-dentáriaFibroma OssificanteDisplasia fibrosa ósseaEpidemiologiaLesão fibro-óssea benignaDisplasia ósseaMaxilaresDisplasia fibrosaFibroma ossificanteEpidemiologiaEpidemiologia das lesões fibro-ósseas benignas dos maxilaresinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_camila_de_nazare_alves_de_oliveira_2016.pdfapplication/pdf18351489https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ODON-ACQSGS/1/disserta__o_camila_de_nazare_alves_de_oliveira_2016.pdfde0a8990a65bbf04049f7150d5654760MD51TEXTdisserta__o_camila_de_nazare_alves_de_oliveira_2016.pdf.txtdisserta__o_camila_de_nazare_alves_de_oliveira_2016.pdf.txtExtracted texttext/plain132473https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ODON-ACQSGS/2/disserta__o_camila_de_nazare_alves_de_oliveira_2016.pdf.txt5d841961f24c1979c2211986ee793593MD521843/ODON-ACQSGS2019-11-14 18:02:20.032oai:repositorio.ufmg.br:1843/ODON-ACQSGSRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T21:02:20Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Epidemiologia das lesões fibro-ósseas benignas dos maxilares
title Epidemiologia das lesões fibro-ósseas benignas dos maxilares
spellingShingle Epidemiologia das lesões fibro-ósseas benignas dos maxilares
Camila de Nazare Alves de Oliveira
Lesão fibro-óssea benigna
Displasia óssea
Maxilares
Displasia fibrosa
Fibroma ossificante
Epidemiologia
Maxilares
Desenvolvimento ósseo
Arcada ósseo-dentária
Fibroma Ossificante
Displasia fibrosa óssea
Epidemiologia
title_short Epidemiologia das lesões fibro-ósseas benignas dos maxilares
title_full Epidemiologia das lesões fibro-ósseas benignas dos maxilares
title_fullStr Epidemiologia das lesões fibro-ósseas benignas dos maxilares
title_full_unstemmed Epidemiologia das lesões fibro-ósseas benignas dos maxilares
title_sort Epidemiologia das lesões fibro-ósseas benignas dos maxilares
author Camila de Nazare Alves de Oliveira
author_facet Camila de Nazare Alves de Oliveira
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Ricardo Alves de Mesquita
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Loliza Chalub Luiz Figueiredo
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Soraya de Mattos Camargo Grossmann Almeida
dc.contributor.author.fl_str_mv Camila de Nazare Alves de Oliveira
contributor_str_mv Ricardo Alves de Mesquita
Loliza Chalub Luiz Figueiredo
Soraya de Mattos Camargo Grossmann Almeida
dc.subject.por.fl_str_mv Lesão fibro-óssea benigna
Displasia óssea
Maxilares
Displasia fibrosa
Fibroma ossificante
Epidemiologia
topic Lesão fibro-óssea benigna
Displasia óssea
Maxilares
Displasia fibrosa
Fibroma ossificante
Epidemiologia
Maxilares
Desenvolvimento ósseo
Arcada ósseo-dentária
Fibroma Ossificante
Displasia fibrosa óssea
Epidemiologia
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Maxilares
Desenvolvimento ósseo
Arcada ósseo-dentária
Fibroma Ossificante
Displasia fibrosa óssea
Epidemiologia
description As lesões fibro-ósseas benignas (LFOBs) são condições raras caracterizadas pelo desenvolvimento de doenças neoplásicas, reativas ou displásicas, nas quais o osso normal é substituído por tecido conjuntivo composto por colágeno, fibroblastos e diferentes materiais mineralizados semelhantes ao osso ou cemento. Os principaistipos são: displasia fibrosa (DF): monostótica (DFM) ou poliostótica (DFP); displasia óssea (DO): periapical (DOP), focal (DOFoc) ou florida (DOFlor); e o fibroma ossificante (FO): convencional (FOC) ou juvenil (FOJ). O objetivo deste estudo foi descrever o perfil epidemiológico das LFOBs dos maxilares diagnosticados no serviço de referência em Patologia, Estomatologia e Radiologia da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais e comparar com os resultados encontrados em outros estudos. Os dados foram obtidos dos arquivosdos serviços clínico e laboratorial, no período de 26 anos (1990-2015). Informações de gênero, idade, raça dos pacientes e principais características clínicas e radiográficas da lesão foram coletadas. Foi realizada a análise estatística descritiva das variáveis e teste de associação entre os grupos de lesões e o gênero, faixa etária, aumento de volume e osteomielite. Entre todos os diagnósticos do períodoavaliado (27998 prontuários), as LFOBs representaram 1,36% (n=383). As DOs (n=187, 48,8%) foram as mais frequentes, seguidas pela DF (n=103, 26,9%) e FO (n=93, 24,3%). Quanto aos subtipos de LFOBs, as mais frequentes e a DFM, ambas com 101 casos (26,4%). As mulheres foram a ma ifoorriaam n oa eDsOtuFdloor, com frequência de 82,0% (n=314), assim como os pacientes não negros (59,0%, n=226). Entre todas as LFOBs a média de idade foi de 38,52 ± 17,54, acometendomais a 4ª e 5ª décadas. As características radiográficas mais comuns foram imagens mistas: radiopaca e radiolúcida (51,7%). A mandíbula foi a região mais acometida (n=247, 64,5%), exceto para DF que envolveu mais a maxila (n=68, 66,0%). A DF foi observada mais entre os homens que em mulheres, assim como entre os pacientes mais jovens. DOs foram mais comuns em mulheres e em pacientes mais velhos.Enquanto que no FO não foi observada diferença significativa entre o gênero. A associação entre a presença de osteomielite e DO foi estatisticamente significante (p=0,0001). O aumento de volume foi significante na DF e FO (p=0,0001). A frequência de LFOB é semelhante à previamente reportada na literatura no mesmo país, mas difere dos dados observados em outras populações. É importante considerar a correlação de dados clínicos, radiográficos e histopatológico para odiagnóstico definitivo de LFOBs. Estudos epidemiólogicos podem orientar o clínico sobre a perfil do paciente acometido por uma doença. Nossos resultados são importantes para auxiliar no diagnóstico e manejo clínico das lesões fibro-ósseas benignas.
publishDate 2016
dc.date.issued.fl_str_mv 2016-06-28
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-12T14:09:51Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-12T14:09:51Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/ODON-ACQSGS
url http://hdl.handle.net/1843/ODON-ACQSGS
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ODON-ACQSGS/1/disserta__o_camila_de_nazare_alves_de_oliveira_2016.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ODON-ACQSGS/2/disserta__o_camila_de_nazare_alves_de_oliveira_2016.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv de0a8990a65bbf04049f7150d5654760
5d841961f24c1979c2211986ee793593
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801676914674368512