Pulsão de morte na cultura: raízes e incidências

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bruno Curcino Hanke
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/TMCB-7WUMJP
Resumo: O presente estudo objetiva a busca de uma compreensão acerca de quais seriam as raízes dapulsão de morte na cultura. Para tanto, foram dados três passos. Um primeiro, que retomou a história da psicanálise no âmbito de seu surgimento, deu-nos a possibilidade de verificar a singularidade deste evento no contexto vienense do final do século XIX. Na época, que coincide com a da derrocada do Império Áustro-Húngaro, a disciplina criada por Sigmund Freud, embora estivesse de acordo com importantes idéias da ciência de então, apresentou preciosas indagações acerca das relações do homem com o outro e consigo mesmo. Assim, se a preocupação de Freud era construir uma disciplina que tivesse uma eficácia terapêutica no tratamento do psiquismo humano, deu a ela também um caráter de crítica da cultura.Levantando os pontos de algumas obras de Freud que confirmam o entrelaçamento da construção teórica com um pensamento crítico sobre a cultura, a dissertação se encaminha para uma explanação da primeira teoria pulsional, do conceito de narcisismo e de seus desdobramentos. O advento do conceito de narcisismo dá abertura para o tema da morte, ponto em que detectamos a obscuridade na clínica freudiana daqui, partimos para o desenvolvimento do conceito de pulsão de morte, com seus registros de mal-estar. Fechando o estudo, entender o que significa o termo cultura no contexto em que a psicanálise aparece, e a diferença que há entre este e o termo civilização, tem a finalidade de retomar a constituição do conceito de pulsão de morte, tema controverso que leva ao limite a educabilidade humana. Veremos que é no que a pulsão de morte tem de dissipador que ela presentifica a ligação que se estabelece entre o sujeito, o mundo exterior e a linguagem, tendo em vista o processo de ação ininterrupta de Eros e Tânatos, o primeiro agregando e o segundo rompendo.
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