A dança das máscaras da Costa do Marfim: herança cultural, ancestralidade, espiritualidade e interculturalidade na construção do sentido na dança

• Autor(a) principal: Juliana Amelia Paes Azoubel
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/45033; https://orcid.org/0000-0001-9330-9258
• topic: Danças brasileiras; Dança africana; Dança contemporânea; Performance intercultural; Dança negra; Dança - Brasil; Dança - África; Máscaras africanas; Negros - Dança

Este artigo contém a tradução da pesquisa sobre máscaras da Costa do Marfim desenvolvida em 1999 no programa de pesquisadores da graduação na University of Florida. Através de revisão bibliográfica, entrevistas e observação-participante, analisou-se o movimento das máscaras, levadas para os Estados Unidos por Mamadou Dahoue, artista africano em residência na mesma universidade naquele ano. A aproximação com a dança africana, através das várias experiências em Dança na universidade da Florida, serviu como ponto de partida para os meus estudos na área de Etnologia da Dança e no estudo das danças brasileiras, até então não compreendidas como áreas de pesquisa universitária e de conexão direta com o continente africano. Essa versão do texto “The Ivory Coast Mask Tradition from the Viewpoint of Dance Ethnology: Dancing the gap between spirits and human worlds” analisa o processo de embodiment das máscaras da Costa do Marfim e a comunicação com os poderes sobrenaturais que elas contêm. O conceito de herança cultural é utilizado, e está presente na fala do entrevistado, na bibliografia revisada, e na análise do movimento das máscaras, e serve como forma de manutenção e transmissão da tradição. A pesquisa, ainda que realizada em 1999, torna-se atual diante do cenário da Dança na contemporaneidade, onde faz-se necessário a compreensão da tradição para a construção do sentido no fazer e no apreciar Dança. Olhar para o passado para compreender o presente é vislumbrar o futuro, e conhecer outras formas de ver e dançar o mundo, e de construir sentido na nossa Dança.