Aspectos epidemiológicos da coccidiose e condições sanitárias da criação de bezerros até 1 ano de idade. Sete lagoas, MG, 1981
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1982 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8R8M3T |
Resumo: | Foi aplicado um inquérito de opinião a encarregados de currais ou proprietários de 30 estabelecimentos pecuários, situados no município de Sete Lagoas, MG, para verificar as condições sanitárias da criação dos bezerros até um ano de idade. Os estabelecimentos pertenciam a dois estratos de acordo com a densidade bovina: Estrato I, densidade ate 1,3 cabeças/ha/ano e Estrato II, densidade acima de 1,3 cabeças/ha/ ano. Determinou-se as taxas de mortalidade de bezerros por propriedades e por estrato para compará-las com o manejo executado em cada estrato, visando conhecer os fatores que exercem maior influência sobre os índices de mortalidade. Um fator de clara associação com as taxas de mortalidade foi a ausência de complementação alimentar no Estrato I onde ocorrem elevadas perdas de bezerros (taxa media anual de mortalidade de 22,3%) em comparação com a taxa de mortalidade nas propriedades do Estrato II (10,3%) onde a complementação alimentar é realizada rotineiramente em 90,0% das propriedades. Estes achados ganham maior dimensão pelo fato das propriedades do Estrato I (densidade populacional bovina de ate 1,3 cabeças/ha/anu) representarem aproximadamente 70,0%, das propriedades do município. observou-se que as diferenças entre estratos com relação à complementação alimentar dos bezerros esta na dependência direta da situação econômica e do grau de participação do produto leite na renda da propriedade. Verificou-se que existem grandes deficiências quanto a administração do colostro aos recém-nascidos dado ao tipo de manejo executado na área em estudo. Fatores como a cura do umbigo, a retenção dos animais doentes, o confinamento dos recém-nascidos, as práticas de vacinações, o combate aos ectoparasitos, o uso de vermífugos, o uso de antimicrobianos, o sistema de higienização de bezerreiros, os tipos e estado de conservação de bebedouros, se apresentam semelhantes em ambos os estratos e, de uma maneira geral, os problemas decorrentes do manejo destes fatores são também comuns, não influenciando aparentemente, na diferença de mortalidade observada entre os dois estratos. Os fatores infecciosos considerados de maior importância entre os entrevistados foram os "cursos" e as plasmoses em ambos os estratos. Dentre os tipos de "cursos" informados, constatou-se a predominância do curso vermelho, Ao se verificar a participação do coccidios nas infecções dos bezerros, identificou-se nove espécies de EIMERIA. A ampla difusão de coccidios em rebanhos e em animais, caracterizam a endemicidade destes parasitos no município estudado. As espécies identificadas nos animais amostrados, com as respectivas prevalências foram: E. auburnensis (50,0%), E. bovis (70,0%), E. brasileiensis (9,1%), E. bukidnonensis (7,5%), E. canadensis (3,3%), E. cylindrica (25,5%), E. ellipsoidalis (67,5%),E. subspherica (12,5%), e E. Zuernii (50,0%). Para as propriedades, os resultados encontrados foram: E. auburnensis (90,0%), E. bovis (96,6%), E. brasiliensis (33,3%), E. bukidnonensis (20,0%), E. canadensis (13,3%), E. cylindrica (70,0%), E. ellipsoidalis (100,0%), E. subspherica (43,3%), E. zuernii (73,3%). As contagens de ovos por grama de fezes foram baixas (mediana de 400 ovos para ambos os estratos) ainda que 100,0% das propriedades e 76,5% dos animais de ambos os estratos fossem positivos para as helmintoses gastrintestinais. As infecções por Anaplasma marginale foram frequentes em ambos os estratos, atingindo 85,0% dos animais nos exames de esfregaços cotados. Através da reação da imunofluorescencia indireta,99,1% dos animais apresentaram anticorpos anti Anaplasma sp. As infecções por Babesia spp. foram detectadas em reduzido número de animais de ambos os estratos (30,2%). Apenas 2,5% dos bezerros examinados foram sorologicamente positivos para infecções por leptospiras |
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Foi aplicado um inquérito de opinião a encarregados de currais ou proprietários de 30 estabelecimentos pecuários, situados no município de Sete Lagoas, MG, para verificar as condições sanitárias da criação dos bezerros até um ano de idade. Os estabelecimentos pertenciam a dois estratos de acordo com a densidade bovina: Estrato I, densidade ate 1,3 cabeças/ha/ano e Estrato II, densidade acima de 1,3 cabeças/ha/ ano. Determinou-se as taxas de mortalidade de bezerros por propriedades e por estrato para compará-las com o manejo executado em cada estrato, visando conhecer os fatores que exercem maior influência sobre os índices de mortalidade. Um fator de clara associação com as taxas de mortalidade foi a ausência de complementação alimentar no Estrato I onde ocorrem elevadas perdas de bezerros (taxa media anual de mortalidade de 22,3%) em comparação com a taxa de mortalidade nas propriedades do Estrato II (10,3%) onde a complementação alimentar é realizada rotineiramente em 90,0% das propriedades. Estes achados ganham maior dimensão pelo fato das propriedades do Estrato I (densidade populacional bovina de ate 1,3 cabeças/ha/anu) representarem aproximadamente 70,0%, das propriedades do município. observou-se que as diferenças entre estratos com relação à complementação alimentar dos bezerros esta na dependência direta da situação econômica e do grau de participação do produto leite na renda da propriedade. Verificou-se que existem grandes deficiências quanto a administração do colostro aos recém-nascidos dado ao tipo de manejo executado na área em estudo. Fatores como a cura do umbigo, a retenção dos animais doentes, o confinamento dos recém-nascidos, as práticas de vacinações, o combate aos ectoparasitos, o uso de vermífugos, o uso de antimicrobianos, o sistema de higienização de bezerreiros, os tipos e estado de conservação de bebedouros, se apresentam semelhantes em ambos os estratos e, de uma maneira geral, os problemas decorrentes do manejo destes fatores são também comuns, não influenciando aparentemente, na diferença de mortalidade observada entre os dois estratos. Os fatores infecciosos considerados de maior importância entre os entrevistados foram os "cursos" e as plasmoses em ambos os estratos. Dentre os tipos de "cursos" informados, constatou-se a predominância do curso vermelho, Ao se verificar a participação do coccidios nas infecções dos bezerros, identificou-se nove espécies de EIMERIA. A ampla difusão de coccidios em rebanhos e em animais, caracterizam a endemicidade destes parasitos no município estudado. As espécies identificadas nos animais amostrados, com as respectivas prevalências foram: E. auburnensis (50,0%), E. bovis (70,0%), E. brasileiensis (9,1%), E. bukidnonensis (7,5%), E. canadensis (3,3%), E. cylindrica (25,5%), E. ellipsoidalis (67,5%),E. subspherica (12,5%), e E. Zuernii (50,0%). Para as propriedades, os resultados encontrados foram: E. auburnensis (90,0%), E. bovis (96,6%), E. brasiliensis (33,3%), E. bukidnonensis (20,0%), E. canadensis (13,3%), E. cylindrica (70,0%), E. ellipsoidalis (100,0%), E. subspherica (43,3%), E. zuernii (73,3%). As contagens de ovos por grama de fezes foram baixas (mediana de 400 ovos para ambos os estratos) ainda que 100,0% das propriedades e 76,5% dos animais de ambos os estratos fossem positivos para as helmintoses gastrintestinais. As infecções por Anaplasma marginale foram frequentes em ambos os estratos, atingindo 85,0% dos animais nos exames de esfregaços cotados. Através da reação da imunofluorescencia indireta,99,1% dos animais apresentaram anticorpos anti Anaplasma sp. As infecções por Babesia spp. foram detectadas em reduzido número de animais de ambos os estratos (30,2%). Apenas 2,5% dos bezerros examinados foram sorologicamente positivos para infecções por leptospiras |
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