A mãe enlutada toma a palavra: Hilda Peña, de Isidora Stevenson, e Rosa Cuchillo, do Grupo Cultural Yuyachkani
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/47740 |
Resumo: | Nesta pesquisa, analisamos os monólogos Hilda Peña, de Isidora Stevenson, e Rosa Cuchillo, do Grupo Cultural Yuyachkani, questionando-nos se essas obras cumpririam o papel de proporcionar uma leitura da história a contrapelo segundo a conceituação de Walter Benjamin (2012) sobre a tarefa do materialista histórico. Partimos da hipótese de que os eventos reais nos quais os monólogos se baseiam – o assalto ao banco O'Higgins e o Conflito Armado Interno – se desfiguram e são reconfigurados nas dramaturgias pela narração de duas mulheres-mães que perderam seus filhos para a violência de Estado, possibilitando uma releitura da história por um outro viés. O percurso teórico da pesquisa iniciou-se pelo estudo da forma teatral do monólogo a partir dos aportes de Pavis (2015) e Sinisterra (2009), principalmente. Em seguida, foi feita uma aproximação entre essa forma teatral e os conceitos de literatura do trauma, teatro íntimo e narrativa, utilizando os estudos de Seligman-Silva (2017), Sarrazac (2013) e Benjamin (2012). Além disso, tendo em vista a identidade das protagonistas e a temática abordada nas obras, foi feita uma incursão teórica sobre os conceitos de gênero, maternidade e luto. Na análise das obras, chegamos à conclusão de que a irrepresentabilidade do trauma se manifesta em Hilda Peña e Rosa Cuchillo por meio da desfiguração provocada pelas linguagens onírica e mítica. Ademais, concluímos que, estritamente, as obras não atuam na releitura da história, mas possibilitam que o público, afetado pelo relato ficcional compartilhado, o faça. |
id |
UFMG_e9e353ebcb8fd5615ac39df54e4f9e86 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/47740 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Sara del Carmen Rojo de la Rosahttp://lattes.cnpq.br/9036774611793986Paulo Vinícius Bio ToledoCarla Damêane Pereira de SouzaJulia Morena da Silva Costahttp://lattes.cnpq.br/4425763813566691Laura Gomes dos Santos2022-12-05T13:35:03Z2022-12-05T13:35:03Z2022-08-26http://hdl.handle.net/1843/47740Nesta pesquisa, analisamos os monólogos Hilda Peña, de Isidora Stevenson, e Rosa Cuchillo, do Grupo Cultural Yuyachkani, questionando-nos se essas obras cumpririam o papel de proporcionar uma leitura da história a contrapelo segundo a conceituação de Walter Benjamin (2012) sobre a tarefa do materialista histórico. Partimos da hipótese de que os eventos reais nos quais os monólogos se baseiam – o assalto ao banco O'Higgins e o Conflito Armado Interno – se desfiguram e são reconfigurados nas dramaturgias pela narração de duas mulheres-mães que perderam seus filhos para a violência de Estado, possibilitando uma releitura da história por um outro viés. O percurso teórico da pesquisa iniciou-se pelo estudo da forma teatral do monólogo a partir dos aportes de Pavis (2015) e Sinisterra (2009), principalmente. Em seguida, foi feita uma aproximação entre essa forma teatral e os conceitos de literatura do trauma, teatro íntimo e narrativa, utilizando os estudos de Seligman-Silva (2017), Sarrazac (2013) e Benjamin (2012). Além disso, tendo em vista a identidade das protagonistas e a temática abordada nas obras, foi feita uma incursão teórica sobre os conceitos de gênero, maternidade e luto. Na análise das obras, chegamos à conclusão de que a irrepresentabilidade do trauma se manifesta em Hilda Peña e Rosa Cuchillo por meio da desfiguração provocada pelas linguagens onírica e mítica. Ademais, concluímos que, estritamente, as obras não atuam na releitura da história, mas possibilitam que o público, afetado pelo relato ficcional compartilhado, o faça.In this study, I analyzed the monologues Hilda Peña by Isadora Stevenson and Rosa Cuchillo by Grupo Cultural Yuyachkani. The main question was oriented by the possibility of these works to permit a reading of history against the grain aligned with the duties of the historical materialist according to Walter Benjamin (2012). The hypothesis was that the true events on which the monologues are base —the Bank O’Higgins robbery and the Internal Conflict in Peru—were disfigured and reconfigured in the dramaturgies through the narration of two women-mothers. Maybe they, who had lost their sons to State violence, could offer a new reading of history from a different perspective. The theoretical route of the study started with the examination of the theatrical form of the monologue, mainly with Pavis (2015) and Sinisterra (2009). To support the analysis of the works, I have approximated the concepts of monologue and trauma literature, following Seligman-Silva (2017); intimate theatre, according to Sarrazac (2013); and the reflections regarding narrative raised by Benjamin (2012). Moreover, considering the identity of the main characters and the theme addressed in the works, a review on gender, motherhood, and grief was carried out. In the analysis of the works, I came to the conclusion that the unrepresentability of trauma manifests itself in Hilda Peña and Rosa Cuchillo through the disfiguration provoked by the oneiric and mythical languages of the texts. In addition, I concluded that, strictly, the works do not function as rereadings of history. Yet, they do allow the audience, affected by the fictional account that was shared, to do it.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Estudos LiteráriosUFMGBrasilFALE - FACULDADE DE LETRAShttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessStevenson, Isidora. – Hilda Peña – Crítica e interpretaçãoGrupo Cultural Yuyachkani. – Rosa Cuchillo – Crítica e interpretaçãoLuto na literaturaMaternidade na literaturaMulheres na literaturaTeatro latino-americano – História e críticateatro latino-americanomonólogomaternidadelutoHilda PeñaRosa CuchilloA mãe enlutada toma a palavra: Hilda Peña, de Isidora Stevenson, e Rosa Cuchillo, do Grupo Cultural YuyachkaniThe grieving mother takes the floor: Hilda Peña by Isidora Stevenson and Rosa Cuchillo by Grupo Cultural YuyachkaniLa madre enlutada toma la palabra: Hilda Peña, de Isidora Stevenson, y Rosa Cuchillo, del Grupo Cultural Yuyachkaniinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALA mãe enlutada toma a palavra.pdfA mãe enlutada toma a palavra.pdfapplication/pdf1548743https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/47740/1/A%20m%c3%a3e%20enlutada%20toma%20a%20palavra.pdf6096341945a32cc2ce7df84d2083d8b7MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/47740/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/47740/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/477402022-12-05 10:35:03.585oai:repositorio.ufmg.br:1843/47740TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-12-05T13:35:03Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
A mãe enlutada toma a palavra: Hilda Peña, de Isidora Stevenson, e Rosa Cuchillo, do Grupo Cultural Yuyachkani |
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv |
The grieving mother takes the floor: Hilda Peña by Isidora Stevenson and Rosa Cuchillo by Grupo Cultural Yuyachkani La madre enlutada toma la palabra: Hilda Peña, de Isidora Stevenson, y Rosa Cuchillo, del Grupo Cultural Yuyachkani |
title |
A mãe enlutada toma a palavra: Hilda Peña, de Isidora Stevenson, e Rosa Cuchillo, do Grupo Cultural Yuyachkani |
spellingShingle |
A mãe enlutada toma a palavra: Hilda Peña, de Isidora Stevenson, e Rosa Cuchillo, do Grupo Cultural Yuyachkani Laura Gomes dos Santos teatro latino-americano monólogo maternidade luto Hilda Peña Rosa Cuchillo Stevenson, Isidora. – Hilda Peña – Crítica e interpretação Grupo Cultural Yuyachkani. – Rosa Cuchillo – Crítica e interpretação Luto na literatura Maternidade na literatura Mulheres na literatura Teatro latino-americano – História e crítica |
title_short |
A mãe enlutada toma a palavra: Hilda Peña, de Isidora Stevenson, e Rosa Cuchillo, do Grupo Cultural Yuyachkani |
title_full |
A mãe enlutada toma a palavra: Hilda Peña, de Isidora Stevenson, e Rosa Cuchillo, do Grupo Cultural Yuyachkani |
title_fullStr |
A mãe enlutada toma a palavra: Hilda Peña, de Isidora Stevenson, e Rosa Cuchillo, do Grupo Cultural Yuyachkani |
title_full_unstemmed |
A mãe enlutada toma a palavra: Hilda Peña, de Isidora Stevenson, e Rosa Cuchillo, do Grupo Cultural Yuyachkani |
title_sort |
A mãe enlutada toma a palavra: Hilda Peña, de Isidora Stevenson, e Rosa Cuchillo, do Grupo Cultural Yuyachkani |
author |
Laura Gomes dos Santos |
author_facet |
Laura Gomes dos Santos |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Sara del Carmen Rojo de la Rosa |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/9036774611793986 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Paulo Vinícius Bio Toledo |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Carla Damêane Pereira de Souza |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Julia Morena da Silva Costa |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/4425763813566691 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Laura Gomes dos Santos |
contributor_str_mv |
Sara del Carmen Rojo de la Rosa Paulo Vinícius Bio Toledo Carla Damêane Pereira de Souza Julia Morena da Silva Costa |
dc.subject.por.fl_str_mv |
teatro latino-americano monólogo maternidade luto Hilda Peña Rosa Cuchillo |
topic |
teatro latino-americano monólogo maternidade luto Hilda Peña Rosa Cuchillo Stevenson, Isidora. – Hilda Peña – Crítica e interpretação Grupo Cultural Yuyachkani. – Rosa Cuchillo – Crítica e interpretação Luto na literatura Maternidade na literatura Mulheres na literatura Teatro latino-americano – História e crítica |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Stevenson, Isidora. – Hilda Peña – Crítica e interpretação Grupo Cultural Yuyachkani. – Rosa Cuchillo – Crítica e interpretação Luto na literatura Maternidade na literatura Mulheres na literatura Teatro latino-americano – História e crítica |
description |
Nesta pesquisa, analisamos os monólogos Hilda Peña, de Isidora Stevenson, e Rosa Cuchillo, do Grupo Cultural Yuyachkani, questionando-nos se essas obras cumpririam o papel de proporcionar uma leitura da história a contrapelo segundo a conceituação de Walter Benjamin (2012) sobre a tarefa do materialista histórico. Partimos da hipótese de que os eventos reais nos quais os monólogos se baseiam – o assalto ao banco O'Higgins e o Conflito Armado Interno – se desfiguram e são reconfigurados nas dramaturgias pela narração de duas mulheres-mães que perderam seus filhos para a violência de Estado, possibilitando uma releitura da história por um outro viés. O percurso teórico da pesquisa iniciou-se pelo estudo da forma teatral do monólogo a partir dos aportes de Pavis (2015) e Sinisterra (2009), principalmente. Em seguida, foi feita uma aproximação entre essa forma teatral e os conceitos de literatura do trauma, teatro íntimo e narrativa, utilizando os estudos de Seligman-Silva (2017), Sarrazac (2013) e Benjamin (2012). Além disso, tendo em vista a identidade das protagonistas e a temática abordada nas obras, foi feita uma incursão teórica sobre os conceitos de gênero, maternidade e luto. Na análise das obras, chegamos à conclusão de que a irrepresentabilidade do trauma se manifesta em Hilda Peña e Rosa Cuchillo por meio da desfiguração provocada pelas linguagens onírica e mítica. Ademais, concluímos que, estritamente, as obras não atuam na releitura da história, mas possibilitam que o público, afetado pelo relato ficcional compartilhado, o faça. |
publishDate |
2022 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-12-05T13:35:03Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022-12-05T13:35:03Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2022-08-26 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/47740 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/47740 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
FALE - FACULDADE DE LETRAS |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/47740/1/A%20m%c3%a3e%20enlutada%20toma%20a%20palavra.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/47740/2/license_rdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/47740/3/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
6096341945a32cc2ce7df84d2083d8b7 cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589345724071936 |