Avaliação das habilidades de vida independente e comportamentosocial de pacientes psiquiátricos desospitalizados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carlos Eduardo Leal Vidal
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-74RHQ2
Resumo: ARTIGO 1 -Objetivo: Apresentar os principais aspectos históricos sobre a reforma psiquiátrica ocorrida em diversos países e no Brasil, assim como os aspectos da atualidade sobre a reinserção social dos pacientes psiquiátricos. Serão destacados também os procedimentosda desospitalização ocorridos em Barbacena, MG, com ênfase nas residências terapêuticas e nas intervenções de reabilitação psicossocial. Método: Pesquisa bibliográfica, não sistemática, realizada na fonte eletrônica Medline (1990 a 2006), com as seguintes palavras-chave: deinstitutionalization, psychiatric reform, community-based treatment, psychosocial rehabilitation.Resultados: Foram selecionados trabalhos de revisão sobre reforma psiquiátrica e de seguimento de pacientes desospitalizados na comunidade. A maioria dos trabalhos indicou que os pacientes desospitalizados apresentam melhora no grau de autonomia, na interação social, no nível global de funcionamento e na qualidade de vida. No entanto, a saída dos pacientes do hospital demanda a existência de serviços comunitários com diversos níveis de atenção e complexidade. Requer também a presença de profissionais qualificados e programas de reabilitação efetivos como auxílio para lidar com as exigências da vida comunitária. Discussão: Apesar das dificuldades na sua implantação, os tratamentos de base comunitária, junto com as intervenções de reabilitação psicossocial, se tornaram o modelo dominante de cuidados psiquiátricos na atualidade. Para os pacientes desospitalizados, as residências terapêuticas têm importante papel no processo de reinserção social. Palavras-chave: psiquiatria, desinstitucionalização, reforma psiquiátrica, residência terapêutica.ARTIGO 2Objetivo: Avaliar o comportamento social e as habilidades de vida independente de um grupo de pacientes psiquiátricos antes de sua saída do hospital e dois anos após a sua transferência para as residências terapêuticas. Método: Estudo de corte transversal, realizado em duas etapas distintas, antes e depois, utilizando-se, como instrumentos, as escalas Independent Living Skills Survey (ILSS) eSocial Behavior Scale (SBS). Resultados: A maioria dos pacientes era do sexo masculino (58,7%), com médias de idade e tempo de internação iguais a 57,5±11,8 anos e 29,8±10,2 anos; 54,6% tinham diagnóstico de esquizofrenia; 25,3%, de deficiência mental; o restante, de categorias várias. Houve melhora significativa no comportamento social e no grau de autonomia dos pacientes (p<0,05), ao se comparar os escores dos pacientes nas escalas, nas fases 1 e 2. As variáveisque mais se associaram com o escore de evolução foram a idade, o tempo de internação e o nível inicial de funcionamento dos pacientes.Discussão: As limitações no funcionamento social e no grau de autonomia dos pacientes na primeira fase do estudo não foram incompatíveis com a convivência na comunidade. Os pacientes apresentaram evolução satisfatória no comportamento social e nas habilidades cotidianas ao longo de dois anos, de acordo com os escores de evolução medidos pelas duas escalas. Palavras-chave: desinstitucionalização, comportamento social, autonomia, habilidades de vida independente.
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Método: Pesquisa bibliográfica, não sistemática, realizada na fonte eletrônica Medline (1990 a 2006), com as seguintes palavras-chave: deinstitutionalization, psychiatric reform, community-based treatment, psychosocial rehabilitation.Resultados: Foram selecionados trabalhos de revisão sobre reforma psiquiátrica e de seguimento de pacientes desospitalizados na comunidade. A maioria dos trabalhos indicou que os pacientes desospitalizados apresentam melhora no grau de autonomia, na interação social, no nível global de funcionamento e na qualidade de vida. No entanto, a saída dos pacientes do hospital demanda a existência de serviços comunitários com diversos níveis de atenção e complexidade. Requer também a presença de profissionais qualificados e programas de reabilitação efetivos como auxílio para lidar com as exigências da vida comunitária. Discussão: Apesar das dificuldades na sua implantação, os tratamentos de base comunitária, junto com as intervenções de reabilitação psicossocial, se tornaram o modelo dominante de cuidados psiquiátricos na atualidade. Para os pacientes desospitalizados, as residências terapêuticas têm importante papel no processo de reinserção social. Palavras-chave: psiquiatria, desinstitucionalização, reforma psiquiátrica, residência terapêutica.ARTIGO 2Objetivo: Avaliar o comportamento social e as habilidades de vida independente de um grupo de pacientes psiquiátricos antes de sua saída do hospital e dois anos após a sua transferência para as residências terapêuticas. Método: Estudo de corte transversal, realizado em duas etapas distintas, antes e depois, utilizando-se, como instrumentos, as escalas Independent Living Skills Survey (ILSS) eSocial Behavior Scale (SBS). Resultados: A maioria dos pacientes era do sexo masculino (58,7%), com médias de idade e tempo de internação iguais a 57,5±11,8 anos e 29,8±10,2 anos; 54,6% tinham diagnóstico de esquizofrenia; 25,3%, de deficiência mental; o restante, de categorias várias. Houve melhora significativa no comportamento social e no grau de autonomia dos pacientes (p<0,05), ao se comparar os escores dos pacientes nas escalas, nas fases 1 e 2. As variáveisque mais se associaram com o escore de evolução foram a idade, o tempo de internação e o nível inicial de funcionamento dos pacientes.Discussão: As limitações no funcionamento social e no grau de autonomia dos pacientes na primeira fase do estudo não foram incompatíveis com a convivência na comunidade. Os pacientes apresentaram evolução satisfatória no comportamento social e nas habilidades cotidianas ao longo de dois anos, de acordo com os escores de evolução medidos pelas duas escalas. Palavras-chave: desinstitucionalização, comportamento social, autonomia, habilidades de vida independente.ARTICLE 1Objective: The aim of this article is to show the more relevant aspects of psychiatric reform and the community insert of psychiatric patients around the world and in Brazil. It will be detached the procedures of discharge occurred in the city of Barbacena, emphasizing the residential services and the psychosocial approaches. Methods: A non-systematic search in Medline database was made between 1990 and 2006using keywords deinstitutionalization, psychiatric reform, community-based treatment, psychosocial rehabilitation.Results: Review and follow-up studies were selected. The most of the studies indicate that the patients have better autonomy, social interaction, global behavior and life quality when they live in community settings. Nevertheless, the authors emphasize the importance of community support, professional staff and rehabilitation programs as a condition forgood outcomes. Discussion: In despite of difficulties in the psychiatric reform process, the communitybased treatment and psychosocial rehabilitation approach are the principal models of psychiatric care presently, and the residential services play an important role in thisprocess. Key-words: psychiatry, deinstitutionalization, psichiatric reform, residential service.ARTICLE 2Objective: The aim of this study was to assess the Social Behaviour and Independent Living Skills in a sample of psychiatric patients before their discharge from a mental hospital and after two years living in the community facilities. Methods: Cross-sectional study carry out in two stages using the Independent Living Skills Survey (ILSS) and the Social Behaviour Scale (SBS). Results: The most of patients was male(58,7%). The means of age and time of hospitalization are 57,5±11,8 e 29,8±10,2 years respectively. 54,6% were schizophrenic, 25,3% had mental retardation and the remainder were of other diagnosis. There were asignificant improvement in the social behavior and in the level of autonomy (p<0,05), as evidenced by their scores in the two stages. The more consistent association with the evolution scores were the time of hospitalization, age and the baseline score. Conclusion: The patients impairments in the social role functioning and in the autonomylevels before their discharge from a mental health hospital were not incompatible with living in society. The patients showed a great improvement in the social behavior and in the level of autonomy after two years. Key-words: deinstitutionalization, social behaviour, independent living skills, autonomy.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGPsiquiatria/históriaDesinstitucionalizaçãoMoradias assistidasAutonomia pessoalComportamento socialReforma psiquiátricaDesinstitucionalizaçãoPsiquiatriaResidênciaterapêuticaAvaliação das habilidades de vida independente e comportamentosocial de pacientes psiquiátricos desospitalizadosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALcarlos_eduardo_leal_vidal.pdfapplication/pdf1236182https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-74RHQ2/1/carlos_eduardo_leal_vidal.pdf9e2f7c2253e68857d90a931e9ebaf8e7MD51TEXTcarlos_eduardo_leal_vidal.pdf.txtcarlos_eduardo_leal_vidal.pdf.txtExtracted texttext/plain233020https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-74RHQ2/2/carlos_eduardo_leal_vidal.pdf.txtd45b6c521d9219686dfdc387d7d6215bMD521843/ECJS-74RHQ22019-11-14 10:36:38.461oai:repositorio.ufmg.br:1843/ECJS-74RHQ2Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T13:36:38Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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