Associação entre escolaridade materna e prática de atividade física e comportamento sedentário em adolescentes brasileiros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bruna Soares Faria
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B2XH3S
Resumo: Introdução: A adolescência é um período de intensas mudanças biológicas e sociais e a orientação quanto aos hábitos saudáveis e a modificação das práticas inadequadas nessa fase é fundamental. Objetivo: Estimar a associação entre a escolaridade materna e prática de atividade física e o comportamento sedentário em adolescentes brasileiros. Método: Estudo transversal, com dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, 2009, aprovada pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. Foram avaliados escolares do 9° ano do ensino fundamental de escolas públicas e privadas das 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal. Estimou-se a associação entre a escolaridade materna e a prática de atividade física e comportamento sedentário por meio da regressão de Poisson múltipla levando em consideração o modelo teórico hierárquico para ajuste das variáveis de confusão e mediadoras. Foi considerado um nível de significância de 5%. O software Stata, versão 14.0, foi utilizado para a realização das análises estatísticas. Resultados: Participaram da PeNSE, 60973 adolescentes, destes 54364 responderam questões referentes à prática de atividade física e 58437 sobre o comportamento sedentário. Destes, 52,5% eram do sexo feminino e 47,1% tinham 14 anos (mínimo de 11 e máximo de 19 anos). Adolescentes filhos de mães com ensino superior completo possuíam maior chance (RP: 1,16; IC95%: 1,10-1,23) de praticar 300 minutos ou mais de atividade física total na semana, se comparadas as que possuíam mães sem instrução ou com ensino fundamental incompleto. Adolescentes filhos de mães com ensino fundamental completo tinham menor chance (RP: 0,77; IC95%: 0,72-0,82) de praticarem o tempo de atividade física para deslocamento recomendado, quando comparados aqueles cujas mães tinham o menor grau de instrução. Adolescentes filhos de mães com ensino superior completo tinham maior chance (RP: 1,08; IC 95%: 1,05-1,11) e (RP:1,10; IC 95%: 1,01-1,19), de praticarem o tempo de atividade física recomendado para lazer quanto para atividade física na escola, respectivamente, quando comparados aqueles cujas mães tinham o menor grau de escolaridade. Em relação ao comportamento sedentário, filhos de mães com ensino superior tem maior chance (RP: 1,04 IC 95%: 1,02-1,06) de ficar menos de 2 horas em exibição à tela que aqueles com mães sem instrução. Conclusão: Maiores níveis de escolaridade materna estão associados a maiores práticas de atividade física total e para os domínios (lazer e escola) e com um elevado tempo de tela em adolescentes brasileiros residentes nas capitais do país. Porém, grande parte dessa associação está condicionada aos fatores individuais, de apoio familiar e comportamentais. Assim, é necessária a intervenção de forma abrangente, incluindo tanto o adolescente como também o ambiente em que ele está inserido.
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Estimou-se a associação entre a escolaridade materna e a prática de atividade física e comportamento sedentário por meio da regressão de Poisson múltipla levando em consideração o modelo teórico hierárquico para ajuste das variáveis de confusão e mediadoras. Foi considerado um nível de significância de 5%. O software Stata, versão 14.0, foi utilizado para a realização das análises estatísticas. Resultados: Participaram da PeNSE, 60973 adolescentes, destes 54364 responderam questões referentes à prática de atividade física e 58437 sobre o comportamento sedentário. Destes, 52,5% eram do sexo feminino e 47,1% tinham 14 anos (mínimo de 11 e máximo de 19 anos). Adolescentes filhos de mães com ensino superior completo possuíam maior chance (RP: 1,16; IC95%: 1,10-1,23) de praticar 300 minutos ou mais de atividade física total na semana, se comparadas as que possuíam mães sem instrução ou com ensino fundamental incompleto. Adolescentes filhos de mães com ensino fundamental completo tinham menor chance (RP: 0,77; IC95%: 0,72-0,82) de praticarem o tempo de atividade física para deslocamento recomendado, quando comparados aqueles cujas mães tinham o menor grau de instrução. Adolescentes filhos de mães com ensino superior completo tinham maior chance (RP: 1,08; IC 95%: 1,05-1,11) e (RP:1,10; IC 95%: 1,01-1,19), de praticarem o tempo de atividade física recomendado para lazer quanto para atividade física na escola, respectivamente, quando comparados aqueles cujas mães tinham o menor grau de escolaridade. Em relação ao comportamento sedentário, filhos de mães com ensino superior tem maior chance (RP: 1,04 IC 95%: 1,02-1,06) de ficar menos de 2 horas em exibição à tela que aqueles com mães sem instrução. Conclusão: Maiores níveis de escolaridade materna estão associados a maiores práticas de atividade física total e para os domínios (lazer e escola) e com um elevado tempo de tela em adolescentes brasileiros residentes nas capitais do país. Porém, grande parte dessa associação está condicionada aos fatores individuais, de apoio familiar e comportamentais. Assim, é necessária a intervenção de forma abrangente, incluindo tanto o adolescente como também o ambiente em que ele está inserido.Introduction: Adolescence is a period of intense biological and social change and guidance on healthy habits and the modification of inappropriate practices at this stage is fundamental. Objective: To estimate the association between maternal schooling and practice of physical activity and sedentary behavior in Brazilian adolescents. Method: A cross-sectional study with data from the National School Health Survey, 2009, approved by the National Research Ethics Committee. We evaluated the students of the 9th year of elementary education in public and private schools of the 26 Brazilian capitals and the Federal District. The association between maternal schooling and the practice of physical activity and sedentary behavior was estimated through Poisson multiple regression, taking into account the hierarchical theoretical model for adjustment of confounding and mediators variables. A significance level of 5% was considered. Results: A total of 60,973 adolescents participated in the PeNSE, of which 54364 answered questions about physical activity and 58437 about sedentary behavior. Of these, 52.5% were female and 47.1% were 14 years old (minimum 11 and maximum 19 years). Adolescent children of mothers with complete higher education had a greater chance (PR: 1.16, 95% CI: 1.10-1.23) of practicing 300 minutes or more of total physical activity in the week compared to those who had unschooled mothers or incomplete elementary school. Adolescent children of mothers with complete primary education had a lower chance (PR: 0.77, 95% CI: 0.72-0.82) of practicing the recommended physical activity time for displacement, when compared to those whose mothers had the lowest instruction. Adolescent children of mothers with complete higher education had higher odds (RR: 1.08, 95% CI: 1.05-1.11) and (RR: 1.10, 95% CI: 1.01-1.19), of practicing the time of physical activity recommended for leisure as well as for physical activity in the school, respectively, when compared those whose mothers had the lowest level of schooling. Regarding sedentary behavior, children of mothers with higher education have a greater chance (RP: 1.04 95% CI: 1.02-1.06) of being less than 2 hours on screen to those with unschooled mothers. Conclusion: Higher levels of maternal schooling are associated with higher total physical activity and for domains (leisure and school) and with a high screen time in Brazilian adolescents living in the country 's capitals. However, much of this association is conditioned to individual factors, family support and behavioral. Thus, intervention is necessary in a comprehensive way, including both the adolescent as well as the environment in which he is inserted.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGEstilo de vida sedentárioEnfermagemAtividade MotoraEpidemiologiaAdolescenteEscolaridadeSedentarismoAtividade MotoraEpidemiologiaAdolescenteEscolaridadeAssociação entre escolaridade materna e prática de atividade física e comportamento sedentário em adolescentes brasileirosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_vers_o_biblioteca_bruna.pdfapplication/pdf12392065https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B2XH3S/1/disserta__o_vers_o_biblioteca_bruna.pdfdd6a538843d0411002ceddc0d658c978MD51TEXTdisserta__o_vers_o_biblioteca_bruna.pdf.txtdisserta__o_vers_o_biblioteca_bruna.pdf.txtExtracted texttext/plain143526https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B2XH3S/2/disserta__o_vers_o_biblioteca_bruna.pdf.txt83a085d83e3ce5493aacb7ecbedc7940MD521843/BUOS-B2XH3S2019-11-14 22:55:44.371oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-B2XH3SRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-15T01:55:44Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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