Liberação de arsênio de diferentes amostras contendo arsenopirita através da oxidação por oxigênio em meio circumneutro a alcalino

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nathália Augusta Ferreira Sales Coutinho
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/30776
Resumo: A liberação de arsênio em solução aquosa a partir de amostras com diferentes teores de arsenopirita (34,4 a 98,5% FeAsS) foi investigada. O uso combinado de técnicas como MLA – Mineral Liberation Analyzer, difração de raios-X, espectroscopia Raman e análises químicas possibilitaram a determinação da composição mineralógica das amostras. Em três amostras (AM-01 a AM-03), a arsenopirita foi identificada como única fase contendo arsênio (82,9 a 98,5% As). A amostra AM-04 continha 50,7% de arsenopirita e 9,9% de escorodita (FeAsO4.2H2O), além da presença 19,7% de pirita (FeS2). A amostra AM-05 continha 34,4% de arsenopirita, 35,9% de lollingita (FeAs2), 9,9% de pirita, 4% de quartzo (SiO2) e 7,2% de calcopirita (CuFeS2). A composição atômica da arsenopirita nas diferentes amostras, determinada por microssonda eletrônica, mostrou uma variação nas razões As/Fe de 1.06; 0.92; 0.89; 1.02; 1.06 e de As/S de 1.07; 0.87; 0.81; 0.92; 1.06, nas amostras AM-01 a AM-05, respectivamente. A amostra AM-03 apresentou a menor razão As/Fe e As/S. Esta variabilidade pode explicar a variação nas intensidades, na relação altura-base, e deslocamentos na posição das bandas nos espectros Raman. Os experimentos de liberação de As foram realizados em uma coluna de fluxo contínuo, em 25°C, durante 24h, em condições de pH = 5, 7 e 11, e em soluções saturadas em O2 ou N2. Os resultados demonstraram a influência da mineralogia na liberação de arsênio. As amostras AM-04 e AM-05, que apresentam, respectivamente, as fases pirita e escorodita ou lollingita, escorodita e pirita, liberaram maior quantidade de arsênio. Para as amostras mais puras, observou-se uma diferença de 10 vezes na quantidade de arsênio liberada pelas amostras AM-01 e AM-02, se comparada com aquela liberada pela AM-03. O arsênio liberado e a taxa de liberação são reduzidos na ausência de O2 (100% N2), exceto para a amostra mais rica em arsenopirita (AM-03) em pH 7, para a qual tanto a liberação como as taxas não foram afetadas. Na presença de O2, a elevação do pH (5 para 11) reduziu as taxas de liberação de arsênio - de 10-8,8 para 109,3mol.m-2.s-1 (AM-01) e de 10-8,8 e 10-9,1mol.m-2.s-1 (AM-02). Através da espectroscopia Raman, foram identificadas bandas características de oxihidróxidos de ferro, arsenatos/arsenitos, compostos de enxofre (polisulfetos) e sulfatos. Os resultados sugerem que as diferenças na mineralogia, embora ainda não completamente identificadas, possam implicar em diferenças significativas no arsênio liberado no meio ambiente.
id UFMG_ece5417a7c506a99bc7d7d782eafbe4e
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/30776
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Virginia Sampaio Teixeira Ciminellihttp://lattes.cnpq.br/3590884268165249Cláudia Lima Caldeirahttp://lattes.cnpq.br/0842775933272753Nathália Augusta Ferreira Sales Coutinho2019-11-01T10:52:37Z2019-11-01T10:52:37Z2019-07-11http://hdl.handle.net/1843/30776A liberação de arsênio em solução aquosa a partir de amostras com diferentes teores de arsenopirita (34,4 a 98,5% FeAsS) foi investigada. O uso combinado de técnicas como MLA – Mineral Liberation Analyzer, difração de raios-X, espectroscopia Raman e análises químicas possibilitaram a determinação da composição mineralógica das amostras. Em três amostras (AM-01 a AM-03), a arsenopirita foi identificada como única fase contendo arsênio (82,9 a 98,5% As). A amostra AM-04 continha 50,7% de arsenopirita e 9,9% de escorodita (FeAsO4.2H2O), além da presença 19,7% de pirita (FeS2). A amostra AM-05 continha 34,4% de arsenopirita, 35,9% de lollingita (FeAs2), 9,9% de pirita, 4% de quartzo (SiO2) e 7,2% de calcopirita (CuFeS2). A composição atômica da arsenopirita nas diferentes amostras, determinada por microssonda eletrônica, mostrou uma variação nas razões As/Fe de 1.06; 0.92; 0.89; 1.02; 1.06 e de As/S de 1.07; 0.87; 0.81; 0.92; 1.06, nas amostras AM-01 a AM-05, respectivamente. A amostra AM-03 apresentou a menor razão As/Fe e As/S. Esta variabilidade pode explicar a variação nas intensidades, na relação altura-base, e deslocamentos na posição das bandas nos espectros Raman. Os experimentos de liberação de As foram realizados em uma coluna de fluxo contínuo, em 25°C, durante 24h, em condições de pH = 5, 7 e 11, e em soluções saturadas em O2 ou N2. Os resultados demonstraram a influência da mineralogia na liberação de arsênio. As amostras AM-04 e AM-05, que apresentam, respectivamente, as fases pirita e escorodita ou lollingita, escorodita e pirita, liberaram maior quantidade de arsênio. Para as amostras mais puras, observou-se uma diferença de 10 vezes na quantidade de arsênio liberada pelas amostras AM-01 e AM-02, se comparada com aquela liberada pela AM-03. O arsênio liberado e a taxa de liberação são reduzidos na ausência de O2 (100% N2), exceto para a amostra mais rica em arsenopirita (AM-03) em pH 7, para a qual tanto a liberação como as taxas não foram afetadas. Na presença de O2, a elevação do pH (5 para 11) reduziu as taxas de liberação de arsênio - de 10-8,8 para 109,3mol.m-2.s-1 (AM-01) e de 10-8,8 e 10-9,1mol.m-2.s-1 (AM-02). Através da espectroscopia Raman, foram identificadas bandas características de oxihidróxidos de ferro, arsenatos/arsenitos, compostos de enxofre (polisulfetos) e sulfatos. Os resultados sugerem que as diferenças na mineralogia, embora ainda não completamente identificadas, possam implicar em diferenças significativas no arsênio liberado no meio ambiente.Arsenic release in aqueous solution from samples with different arsenopyrite contents (34.4 to 98.5% FeAsS) was investigated. The combined use of techniques such as MLA - Mineral Liberation Analyzer, X-ray diffraction, Raman spectroscopy and chemical analysis allowed the determination of the mineralogical composition of the samples. In three samples (AM-01 to AM-03) arsenopyrite was identified as single-phase containing arsenic (82.9 to 98.5% As). The sample AM-04 contained 50.7% of arsenopyrite and 9.9% of scorodite (FeAsO4.2H2O), besides the presence of 19.7% of pyrite (FeS2). The AM-05 sample contained 34.4% arsenopyrite, 35.9% lollingite (FeAs2), 9.9% pyrite, 4% quartz (SiO2) and 7.2% chalcopyrite (CuFeS2). The atomic composition of the arsenopyrite in the different samples, determined by electron microprobe, showed a variation in the As/Fe ratios of 1.06, 0.92, 0.89, 1.02, 1.06 and As/S ratio of 1.07, 0.87, 0.81, 0.92, 1.06, in samples AM-01 to AM-05 respectively. The AM-03 sample had the lowest As/Fe and As/S ratios. This variability can explain the observed differences in the intensities, in the full width at half maximum, and shifts in the position of the Raman bands in the samples. The As release experiments were carried out in jacked, nonstirred continuous, flow column at 25°C for 24 hours at pH = 5, 7 and 11 and in saturated O2 or N2 solutions. The results demonstrated the influence of mineralogy on the release of arsenic. The samples AM-04 and AM-05, which presented, respectively, the pyrite and scorodite or lollingite, scorodite and pyrite phases, released a higher amount of arsenic. For the richest samples, a tenfold difference in the amount of arsenic released by AM-01 and AM-02 samples was observed, compared to that released by AM03. The arsenic released and rate are reduced in the absence of O2 (100% N2), except for the richest sample of arsenopyrite (AM-03) at pH 7, for which both release and rates were not affected. In the presence of O2, the pH increase (5 to 11) reduced the arsenic release rates - from 10-8.8 to 10-9.3mol.m-2.s-1 (AM-01) and 10-8.8 and 10-9.1mol.m-2.s-1 (AM-02). Through Raman spectroscopy, the characteristic bands of iron oxyhydroxides, arsenates/arsenites, sulfur compounds (polysulfides) and sulfates were identified. The results suggest that differences in mineralogy, although not yet completely identified, may imply significant differences in arsenic released into the environment.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoFAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Engenharia Metalúrgica, Materiais e de MinasUFMGBrasilArsênioEspectroscopia RamanArsenopiritaLiberação de arsênio de diferentes amostras contendo arsenopirita através da oxidação por oxigênio em meio circumneutro a alcalinoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação Nathalia A F S Coutinho.pdfDissertação Nathalia A F S Coutinho.pdfapplication/pdf9145709https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30776/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Nathalia%20A%20F%20S%20Coutinho.pdf5e23cd68330fb7723da5cb592006e78bMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30776/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD52TEXTDissertação Nathalia A F S Coutinho.pdf.txtDissertação Nathalia A F S Coutinho.pdf.txtExtracted texttext/plain228313https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30776/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Nathalia%20A%20F%20S%20Coutinho.pdf.txt13c7942c0a884ce3332f56f33f385090MD531843/307762019-11-14 13:07:51.128oai:repositorio.ufmg.br:1843/30776TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T16:07:51Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Liberação de arsênio de diferentes amostras contendo arsenopirita através da oxidação por oxigênio em meio circumneutro a alcalino
title Liberação de arsênio de diferentes amostras contendo arsenopirita através da oxidação por oxigênio em meio circumneutro a alcalino
spellingShingle Liberação de arsênio de diferentes amostras contendo arsenopirita através da oxidação por oxigênio em meio circumneutro a alcalino
Nathália Augusta Ferreira Sales Coutinho
Arsênio
Espectroscopia Raman
Arsenopirita
title_short Liberação de arsênio de diferentes amostras contendo arsenopirita através da oxidação por oxigênio em meio circumneutro a alcalino
title_full Liberação de arsênio de diferentes amostras contendo arsenopirita através da oxidação por oxigênio em meio circumneutro a alcalino
title_fullStr Liberação de arsênio de diferentes amostras contendo arsenopirita através da oxidação por oxigênio em meio circumneutro a alcalino
title_full_unstemmed Liberação de arsênio de diferentes amostras contendo arsenopirita através da oxidação por oxigênio em meio circumneutro a alcalino
title_sort Liberação de arsênio de diferentes amostras contendo arsenopirita através da oxidação por oxigênio em meio circumneutro a alcalino
author Nathália Augusta Ferreira Sales Coutinho
author_facet Nathália Augusta Ferreira Sales Coutinho
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Virginia Sampaio Teixeira Ciminelli
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3590884268165249
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Cláudia Lima Caldeira
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0842775933272753
dc.contributor.author.fl_str_mv Nathália Augusta Ferreira Sales Coutinho
contributor_str_mv Virginia Sampaio Teixeira Ciminelli
Cláudia Lima Caldeira
dc.subject.por.fl_str_mv Arsênio
Espectroscopia Raman
Arsenopirita
topic Arsênio
Espectroscopia Raman
Arsenopirita
description A liberação de arsênio em solução aquosa a partir de amostras com diferentes teores de arsenopirita (34,4 a 98,5% FeAsS) foi investigada. O uso combinado de técnicas como MLA – Mineral Liberation Analyzer, difração de raios-X, espectroscopia Raman e análises químicas possibilitaram a determinação da composição mineralógica das amostras. Em três amostras (AM-01 a AM-03), a arsenopirita foi identificada como única fase contendo arsênio (82,9 a 98,5% As). A amostra AM-04 continha 50,7% de arsenopirita e 9,9% de escorodita (FeAsO4.2H2O), além da presença 19,7% de pirita (FeS2). A amostra AM-05 continha 34,4% de arsenopirita, 35,9% de lollingita (FeAs2), 9,9% de pirita, 4% de quartzo (SiO2) e 7,2% de calcopirita (CuFeS2). A composição atômica da arsenopirita nas diferentes amostras, determinada por microssonda eletrônica, mostrou uma variação nas razões As/Fe de 1.06; 0.92; 0.89; 1.02; 1.06 e de As/S de 1.07; 0.87; 0.81; 0.92; 1.06, nas amostras AM-01 a AM-05, respectivamente. A amostra AM-03 apresentou a menor razão As/Fe e As/S. Esta variabilidade pode explicar a variação nas intensidades, na relação altura-base, e deslocamentos na posição das bandas nos espectros Raman. Os experimentos de liberação de As foram realizados em uma coluna de fluxo contínuo, em 25°C, durante 24h, em condições de pH = 5, 7 e 11, e em soluções saturadas em O2 ou N2. Os resultados demonstraram a influência da mineralogia na liberação de arsênio. As amostras AM-04 e AM-05, que apresentam, respectivamente, as fases pirita e escorodita ou lollingita, escorodita e pirita, liberaram maior quantidade de arsênio. Para as amostras mais puras, observou-se uma diferença de 10 vezes na quantidade de arsênio liberada pelas amostras AM-01 e AM-02, se comparada com aquela liberada pela AM-03. O arsênio liberado e a taxa de liberação são reduzidos na ausência de O2 (100% N2), exceto para a amostra mais rica em arsenopirita (AM-03) em pH 7, para a qual tanto a liberação como as taxas não foram afetadas. Na presença de O2, a elevação do pH (5 para 11) reduziu as taxas de liberação de arsênio - de 10-8,8 para 109,3mol.m-2.s-1 (AM-01) e de 10-8,8 e 10-9,1mol.m-2.s-1 (AM-02). Através da espectroscopia Raman, foram identificadas bandas características de oxihidróxidos de ferro, arsenatos/arsenitos, compostos de enxofre (polisulfetos) e sulfatos. Os resultados sugerem que as diferenças na mineralogia, embora ainda não completamente identificadas, possam implicar em diferenças significativas no arsênio liberado no meio ambiente.
publishDate 2019
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-11-01T10:52:37Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-11-01T10:52:37Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-07-11
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/30776
url http://hdl.handle.net/1843/30776
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Engenharia Metalúrgica, Materiais e de Minas
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30776/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Nathalia%20A%20F%20S%20Coutinho.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30776/2/license.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30776/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Nathalia%20A%20F%20S%20Coutinho.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 5e23cd68330fb7723da5cb592006e78b
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
13c7942c0a884ce3332f56f33f385090
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589499122352128