De alunos de projetos sociais a licenciandos em Dança na EBA/UFMG: experiências formadoras e acesso ao ensino superior

• Autor(a) principal: Ana Clara Lima Buratto Silva
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/33597
• topic: Licenciatura em Dança; Projetos sociais; Democratização; Experiências formadoras; REUNI; Dança - Estudo e ensino; Dança - Aspectos sociais - Brasil; Políticas públicas - Brasil - Séc. XXI; Teses EBA

O presente trabalho teve como objetivo analisar como licenciandos em Dança da EBA/UFMG compreendem as possíveis experiências formadoras (JOSSO, 2004) vivenciadas nos projetos sociais e estabelecem relações entre essas experiências e a escolha da Graduação em Dança. Pretendeu, também, estabelecer diálogos entre as políticas públicas de expansão e democratização do ensino superior no país vivenciadas no início do século XXI, o contexto de implantação do Curso de Graduação em Dança – Licenciatura da EBA/UFMG e o seu perfil discente, considerando que a pesquisa foi construída a partir do pressuposto de que parte dos graduandos tiveram vivências em dança em projetos sociais antes da sua entrada na UFMG. Ressalta-se que a EBA/UFMG aderiu fortemente ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão – REUNI e que características relacionadas à democratização do acesso foram identificadas no Curso de diversas formas, seja pelo seu funcionamento noturno, seja pela ampla definição das características do aluno ingressante (buscando candidatos que tenham conhecimentos básicos na execução de movimentos de dança). A metodologia de cunho qualitativo foi composta pelos seguintes procedimentos: a) análise documental da legislação pertinente e do Projeto Pedagógico do Curso (2009); b) revisão bibliográfica das temáticas abordadas; c) realização de entrevista com o Coordenador do Colegiado do Curso; d) aplicação de questionário junto aos discentes do Curso; e) realização de entrevistas com licenciandos que tiveram vivências em projetos sociais. A primeira etapa da pesquisa contou com a participação de 75% dos alunos matriculados no segundo semestre de 2017. A análise do perfil discente constatou que a maior parte dos alunos do Curso tem perfil de cotista, independentemente de ter utilizado a reserva de vagas para ingresso na UFMG, e que 55% dos participantes declararam ter frequentado aulas de dança em projetos sociais. Com a realização das entrevistas foi possível conhecer algumas das trajetórias e as formas variadas com que eles atribuem relevância aos projetos sociais frequentados e às experiências formadoras vivenciadas. As análises mostram o papel significativo que os projetos sociais tiveram nas suas vidas, pois, entre outros aspectos, eles consideram que os projetos contribuíram para sua aprovação nas Provas de Habilidades Específicas de Dança no Vestibular da UFMG. A pesquisa reforça a importância dos projetos sociais no processo de democratização de entrada no Curso, sem desconsiderar que, para que o ensino de Dança seja um direito de todos, ele deve se efetivar na Educação Básica.