Belo Horizonte, as bicicletas e a utopia como estratégia de luta : uma cicloviagem pela contínua busca para transição ciclável na capital mineira e um olhar sobre a experiência de Fortaleza

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guilherme Lara Camargos Tampieri
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/36116
Resumo: Iniciamos essa cicloviagem apresentando as ferramentas utilizadas pelo autor ao longo de quase 15 anos de militância, defendendo e promovendo a mobilidade urbana por bicicleta em Belo Horizonte e em outras cidades do Brasil: pedalar pelas ruas, realizar ações diretas em espaços públicos, estruturar e executar processos de incidência nos poderes Legislativo e Executivo e realizar pesquisas sobre o tema. A partir daí, nasce o desejo do autor de realizar uma pesquisa, trazendo diversas lentes pelas quais se pode ler, entender e sistematizar o que neste trabalho será chamado de Politica da Bicicleta – ou todo o conjunto de políticas, planos, programas e medidas que promovem o uso da bicicleta como parte do sistema de mobilidade de um dado território. O primeiro capítulo traz os problemas de pesquisa e caminhos pedalados pelo autor, objetivos da pesquisa, a estrutura do trabalho e a metodologia. O segundo capítulo traz uma abordagem transescalar, do corpo do autor à discussão internacional, sobre a mobilidade por bicicleta, percorrendo-se um longo trajeto sobre como as cidades foram produzidas ao longo do século XX e XXI para acolher os automóveis, num processo que excluiu as bicicletas e ciclistas das ruas. Ao final do capítulo, entende-se como as cidades, especialmente pelo protagonismo de movimentos e organizações sociais, (re)lançaram luz à Política da Bicicleta e contribuíram para o que Olivier Razemon chamou de “transição ciclável”. Em seguida, apresenta-se a Caixa de Ferramentas (capítulo 3), com objetivo de expandir as possibilidades de leitura sobre a política da bicicleta, destacando-se duas delas: as dimensões de medidas que devem compor uma Política da Bicicleta - Hardware (Infraestrutura), Orgware (Governança) e Software (Medidas Suaves), de Harms et al.; e o Système Vélo, ou Sistema Bicicleta, conceito elaborado por Frédéric Héran, que traz uma série de componentes que, juntos, fazem o Sistema, e podem contribuir para aumentar a utilização da bicicleta nas cidades. Com o conjunto de ferramentas em mãos, parte-se para o capítulo 4, fazendo-se uma análise histórica de como Belo Horizonte, de 2005 até 2020, produziu seus Sistemas Bicicleta, como um palimpsesto, percorrendo desafios, avanços e retrocessos vividos na capital mineira, numa narrativa apaixonada, contada majoritariamente a partir de vozes de organizações e movimentos sociais que buscam suas utopias de cidade – ou cidades utópicas. Em seguida, no mesmo capítulo, faz-se um cotejamento do processo histórico de Fortaleza, cidade referência nacional no estímulo ao uso da bicicleta, como contranarrativa ao que se passou em Belo Horizonte. Após percorrido o trajeto, valendo-se de outros instrumentos metodológicos, como pedido de acesso à informação, entrevistas com atores locais e pesquisas em fontes públicas de informação, chega-se à conclusão que vários são os elementos de um Sistema Bicicleta que podem pesar positiva ou negativamente no resultado final de uma política da bicicleta. A adoção da caixa de ferramentas como instrumento metodológico de análise foi importante para adentrar os Sistemas Bicicleta de Belo Horizonte e Fortaleza, expondo-os em suas fraquezas, forças e desafios a serem superados. Concluiu-se que Belo Horizonte, referência em planejamento da mobilidade, foi incapaz de gerir sua política, seguir seus objetivos e alcançar suas metas para a mobilidade por bicicleta. Fortaleza ainda tem grandes desafios na produção do espaço urbano no que diz respeito à mobilidade (por bicicleta), incluindo e excluindo a bicicleta em um movimento cotidiano e contraditório no planejamento e gestão da mobilidade urbana.
id UFMG_eefdff950a24835ed3409aa024d62129
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/36116
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Heloisa Soares de Moura Costahttp://lattes.cnpq.br/5436929276473133Leandro CardosoMarcelo Cintra do AmaralDoralice Barros Pereirahttp://lattes.cnpq.br/5955899497464121Guilherme Lara Camargos Tampieri2021-05-26T14:50:21Z2021-05-26T14:50:21Z2020-07-14http://hdl.handle.net/1843/36116Iniciamos essa cicloviagem apresentando as ferramentas utilizadas pelo autor ao longo de quase 15 anos de militância, defendendo e promovendo a mobilidade urbana por bicicleta em Belo Horizonte e em outras cidades do Brasil: pedalar pelas ruas, realizar ações diretas em espaços públicos, estruturar e executar processos de incidência nos poderes Legislativo e Executivo e realizar pesquisas sobre o tema. A partir daí, nasce o desejo do autor de realizar uma pesquisa, trazendo diversas lentes pelas quais se pode ler, entender e sistematizar o que neste trabalho será chamado de Politica da Bicicleta – ou todo o conjunto de políticas, planos, programas e medidas que promovem o uso da bicicleta como parte do sistema de mobilidade de um dado território. O primeiro capítulo traz os problemas de pesquisa e caminhos pedalados pelo autor, objetivos da pesquisa, a estrutura do trabalho e a metodologia. O segundo capítulo traz uma abordagem transescalar, do corpo do autor à discussão internacional, sobre a mobilidade por bicicleta, percorrendo-se um longo trajeto sobre como as cidades foram produzidas ao longo do século XX e XXI para acolher os automóveis, num processo que excluiu as bicicletas e ciclistas das ruas. Ao final do capítulo, entende-se como as cidades, especialmente pelo protagonismo de movimentos e organizações sociais, (re)lançaram luz à Política da Bicicleta e contribuíram para o que Olivier Razemon chamou de “transição ciclável”. Em seguida, apresenta-se a Caixa de Ferramentas (capítulo 3), com objetivo de expandir as possibilidades de leitura sobre a política da bicicleta, destacando-se duas delas: as dimensões de medidas que devem compor uma Política da Bicicleta - Hardware (Infraestrutura), Orgware (Governança) e Software (Medidas Suaves), de Harms et al.; e o Système Vélo, ou Sistema Bicicleta, conceito elaborado por Frédéric Héran, que traz uma série de componentes que, juntos, fazem o Sistema, e podem contribuir para aumentar a utilização da bicicleta nas cidades. Com o conjunto de ferramentas em mãos, parte-se para o capítulo 4, fazendo-se uma análise histórica de como Belo Horizonte, de 2005 até 2020, produziu seus Sistemas Bicicleta, como um palimpsesto, percorrendo desafios, avanços e retrocessos vividos na capital mineira, numa narrativa apaixonada, contada majoritariamente a partir de vozes de organizações e movimentos sociais que buscam suas utopias de cidade – ou cidades utópicas. Em seguida, no mesmo capítulo, faz-se um cotejamento do processo histórico de Fortaleza, cidade referência nacional no estímulo ao uso da bicicleta, como contranarrativa ao que se passou em Belo Horizonte. Após percorrido o trajeto, valendo-se de outros instrumentos metodológicos, como pedido de acesso à informação, entrevistas com atores locais e pesquisas em fontes públicas de informação, chega-se à conclusão que vários são os elementos de um Sistema Bicicleta que podem pesar positiva ou negativamente no resultado final de uma política da bicicleta. A adoção da caixa de ferramentas como instrumento metodológico de análise foi importante para adentrar os Sistemas Bicicleta de Belo Horizonte e Fortaleza, expondo-os em suas fraquezas, forças e desafios a serem superados. Concluiu-se que Belo Horizonte, referência em planejamento da mobilidade, foi incapaz de gerir sua política, seguir seus objetivos e alcançar suas metas para a mobilidade por bicicleta. Fortaleza ainda tem grandes desafios na produção do espaço urbano no que diz respeito à mobilidade (por bicicleta), incluindo e excluindo a bicicleta em um movimento cotidiano e contraditório no planejamento e gestão da mobilidade urbana.This bicycle travel begins by presenting the tools used by the author over almost 15 years of militancy defending and promoting urban mobility by bicycle in Belo Horizonte and other cities in Brazil: cycling through the streets; performing direct actions in public spaces; structuring and execute advocacy processes in the institutional policy; and carry out research on the topic. From there, the author's desire to structure the research is born, bringing several lenses through which one can read, understand and systematize what in this research will be called Bicycle Policy - or the whole set of policies, plans, programs and measures that promote the use of the bicycle as part of the mobility system of a given territory. The first chapter starts from a cross-scale analysis, from the author's body to the international discussion on bicycle mobility, covering a long journey on how cities were shaped over the 20th and 21st centuries to accommodate automobiles, in a process that excluded the bicycles and cyclists. At the end of the chapter, it is understood how cities, especially due to the role of social movements and organizations, (re)shed light on Bicycle Politics and contributed to what Olivier Razemon called the “cycling transition”. Next, the Toolbox (chapter 2) is presented, with the objective of expanding the possibilities of reading about the Bicycle Policy, highlighting two of them: the three dimensions of measures that must compose a bicycle policy - Hardware (Infrastructure), Orgware (Governance) and Software (Soft Measures), by Harms et al.; and the Système Vélo, or Bicycle System, a concept developed by Frédéric Héran that brings a series of components that together make up the System, and can contribute to increasing bicycle use in cities. With the set of tools in hand, we move on to Chapter 4, making a historical analysis of how Belo Horizonte, from 2005 to 2020, produced its Bicycle System as a palimpsest, covering challenges, advances and setbacks experienced in the capital from Minas Gerais, Brazil, in a passionate narrative, told mostly from the voices of organizations and social movements that seek their city utopias - or utopian cities. Then, a comparison is made of the historical process of Fortaleza, a national reference city in stimulating the use of bicycles, as a counter-narrative to what happened in Belo Horizonte. After cycling the route, using other methodological instruments, such as requesting access to information, interviews with local actors and research in public information sources, it is concluded that several elements of a Bicycle System can weigh positively or negatively on the end result of a Bicycle Policy. The adoption of the Toolbox as a methodological analysis tool was important to enter the Bicycle Systems of Belo Horizonte and Fortaleza, exposing them in their weaknesses, strengths and challenges to be overcome. It was concluded that Belo Horizonte, a reference in mobility planning, was unable to manage its policy, follow its objectives and achieve its goals for mobility by bicycle. Fortaleza still has great challenges in the production of urban space, including and excluding the bicycle in a daily and contradictory movement in urban planning and management.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em GeografiaUFMGBrasilIGC - DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessPlanejamento urbano – Belo Horizonte (MG)Transporte urbano – Belo Horizonte (MG)BicicletasCicloviasPolíticas públicasSistema BicicletaPolítica da bicicletaMobilidade urbanaOrganização de ciclistasBelo HorizonteFortalezaBelo Horizonte, as bicicletas e a utopia como estratégia de luta : uma cicloviagem pela contínua busca para transição ciclável na capital mineira e um olhar sobre a experiência de Fortalezainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação_Guilherme Tampieri.pdfDissertação_Guilherme Tampieri.pdfDissertação_Guilherme Tampieriapplication/pdf8053458https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36116/1/Dissertac%cc%a7a%cc%83o_Guilherme%20Tampieri.pdf433e7ea301586b205364b997e90a2e95MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36116/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36116/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD531843/361162021-05-26 11:50:21.356oai:repositorio.ufmg.br:1843/36116TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-05-26T14:50:21Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Belo Horizonte, as bicicletas e a utopia como estratégia de luta : uma cicloviagem pela contínua busca para transição ciclável na capital mineira e um olhar sobre a experiência de Fortaleza
title Belo Horizonte, as bicicletas e a utopia como estratégia de luta : uma cicloviagem pela contínua busca para transição ciclável na capital mineira e um olhar sobre a experiência de Fortaleza
spellingShingle Belo Horizonte, as bicicletas e a utopia como estratégia de luta : uma cicloviagem pela contínua busca para transição ciclável na capital mineira e um olhar sobre a experiência de Fortaleza
Guilherme Lara Camargos Tampieri
Sistema Bicicleta
Política da bicicleta
Mobilidade urbana
Organização de ciclistas
Belo Horizonte
Fortaleza
Planejamento urbano – Belo Horizonte (MG)
Transporte urbano – Belo Horizonte (MG)
Bicicletas
Ciclovias
Políticas públicas
title_short Belo Horizonte, as bicicletas e a utopia como estratégia de luta : uma cicloviagem pela contínua busca para transição ciclável na capital mineira e um olhar sobre a experiência de Fortaleza
title_full Belo Horizonte, as bicicletas e a utopia como estratégia de luta : uma cicloviagem pela contínua busca para transição ciclável na capital mineira e um olhar sobre a experiência de Fortaleza
title_fullStr Belo Horizonte, as bicicletas e a utopia como estratégia de luta : uma cicloviagem pela contínua busca para transição ciclável na capital mineira e um olhar sobre a experiência de Fortaleza
title_full_unstemmed Belo Horizonte, as bicicletas e a utopia como estratégia de luta : uma cicloviagem pela contínua busca para transição ciclável na capital mineira e um olhar sobre a experiência de Fortaleza
title_sort Belo Horizonte, as bicicletas e a utopia como estratégia de luta : uma cicloviagem pela contínua busca para transição ciclável na capital mineira e um olhar sobre a experiência de Fortaleza
author Guilherme Lara Camargos Tampieri
author_facet Guilherme Lara Camargos Tampieri
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Heloisa Soares de Moura Costa
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5436929276473133
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Leandro Cardoso
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Marcelo Cintra do Amaral
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Doralice Barros Pereira
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5955899497464121
dc.contributor.author.fl_str_mv Guilherme Lara Camargos Tampieri
contributor_str_mv Heloisa Soares de Moura Costa
Leandro Cardoso
Marcelo Cintra do Amaral
Doralice Barros Pereira
dc.subject.por.fl_str_mv Sistema Bicicleta
Política da bicicleta
Mobilidade urbana
Organização de ciclistas
Belo Horizonte
Fortaleza
topic Sistema Bicicleta
Política da bicicleta
Mobilidade urbana
Organização de ciclistas
Belo Horizonte
Fortaleza
Planejamento urbano – Belo Horizonte (MG)
Transporte urbano – Belo Horizonte (MG)
Bicicletas
Ciclovias
Políticas públicas
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Planejamento urbano – Belo Horizonte (MG)
Transporte urbano – Belo Horizonte (MG)
Bicicletas
Ciclovias
Políticas públicas
description Iniciamos essa cicloviagem apresentando as ferramentas utilizadas pelo autor ao longo de quase 15 anos de militância, defendendo e promovendo a mobilidade urbana por bicicleta em Belo Horizonte e em outras cidades do Brasil: pedalar pelas ruas, realizar ações diretas em espaços públicos, estruturar e executar processos de incidência nos poderes Legislativo e Executivo e realizar pesquisas sobre o tema. A partir daí, nasce o desejo do autor de realizar uma pesquisa, trazendo diversas lentes pelas quais se pode ler, entender e sistematizar o que neste trabalho será chamado de Politica da Bicicleta – ou todo o conjunto de políticas, planos, programas e medidas que promovem o uso da bicicleta como parte do sistema de mobilidade de um dado território. O primeiro capítulo traz os problemas de pesquisa e caminhos pedalados pelo autor, objetivos da pesquisa, a estrutura do trabalho e a metodologia. O segundo capítulo traz uma abordagem transescalar, do corpo do autor à discussão internacional, sobre a mobilidade por bicicleta, percorrendo-se um longo trajeto sobre como as cidades foram produzidas ao longo do século XX e XXI para acolher os automóveis, num processo que excluiu as bicicletas e ciclistas das ruas. Ao final do capítulo, entende-se como as cidades, especialmente pelo protagonismo de movimentos e organizações sociais, (re)lançaram luz à Política da Bicicleta e contribuíram para o que Olivier Razemon chamou de “transição ciclável”. Em seguida, apresenta-se a Caixa de Ferramentas (capítulo 3), com objetivo de expandir as possibilidades de leitura sobre a política da bicicleta, destacando-se duas delas: as dimensões de medidas que devem compor uma Política da Bicicleta - Hardware (Infraestrutura), Orgware (Governança) e Software (Medidas Suaves), de Harms et al.; e o Système Vélo, ou Sistema Bicicleta, conceito elaborado por Frédéric Héran, que traz uma série de componentes que, juntos, fazem o Sistema, e podem contribuir para aumentar a utilização da bicicleta nas cidades. Com o conjunto de ferramentas em mãos, parte-se para o capítulo 4, fazendo-se uma análise histórica de como Belo Horizonte, de 2005 até 2020, produziu seus Sistemas Bicicleta, como um palimpsesto, percorrendo desafios, avanços e retrocessos vividos na capital mineira, numa narrativa apaixonada, contada majoritariamente a partir de vozes de organizações e movimentos sociais que buscam suas utopias de cidade – ou cidades utópicas. Em seguida, no mesmo capítulo, faz-se um cotejamento do processo histórico de Fortaleza, cidade referência nacional no estímulo ao uso da bicicleta, como contranarrativa ao que se passou em Belo Horizonte. Após percorrido o trajeto, valendo-se de outros instrumentos metodológicos, como pedido de acesso à informação, entrevistas com atores locais e pesquisas em fontes públicas de informação, chega-se à conclusão que vários são os elementos de um Sistema Bicicleta que podem pesar positiva ou negativamente no resultado final de uma política da bicicleta. A adoção da caixa de ferramentas como instrumento metodológico de análise foi importante para adentrar os Sistemas Bicicleta de Belo Horizonte e Fortaleza, expondo-os em suas fraquezas, forças e desafios a serem superados. Concluiu-se que Belo Horizonte, referência em planejamento da mobilidade, foi incapaz de gerir sua política, seguir seus objetivos e alcançar suas metas para a mobilidade por bicicleta. Fortaleza ainda tem grandes desafios na produção do espaço urbano no que diz respeito à mobilidade (por bicicleta), incluindo e excluindo a bicicleta em um movimento cotidiano e contraditório no planejamento e gestão da mobilidade urbana.
publishDate 2020
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-07-14
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-05-26T14:50:21Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-05-26T14:50:21Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/36116
url http://hdl.handle.net/1843/36116
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Geografia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv IGC - DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36116/1/Dissertac%cc%a7a%cc%83o_Guilherme%20Tampieri.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36116/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36116/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 433e7ea301586b205364b997e90a2e95
cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589471489228800