Violência infantil: o perfil epidemiológico no Brasil a partir de dados do sistema de informação de agravos de notificação (SINAN)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: João Victor de Paula Correia
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/61712
Resumo: Violência infantil é um fenômeno social e de saúde pública, que causa impactos no desenvolvimento da criança e consequentemente na vida adulta. O presente estudo teve por objetivo descrever casos notificados e comparar taxas de notificação dos tipos de violência por sexo e grupos etários, de 2011 a 2021. Foram utilizados dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação referentes aos casos notificados para cada ano no período. Analisou-se as bases de dados em relação ao tamanho e estrutura. A preparação dos dados foi por download semiautomatizado, seguida da análise de completude, duplicidade e tratamento. A estruturação desta base preservou a estrutura de espaço-temporal. Após removidas as duplicidades, foram obtidas as proporções de casos para caracterizar a ocorrência da violência, a vítima e os agressores. Os dados coletados das vítimas foram: Idade, sexo, raça/cor, presença de deficiência/transtorno. Dados da ocorrência incluíram: local de ocorrência, recorrência da violência, tipo de violência e meio de agressão. As variáveis do agressor foram: número de envolvidos, vínculo com a vítima da violência e suspeita de uso de álcool. Os dados foram submetidos a análise exploratória, obtenção de medidas sumárias das taxas de notificação para o Brasil e estratificadas por sexo e grupo etário (0-4 anos; 5-9 anos de idade). Apresentou-se as proporções de violência de acordo com variáveis da ocorrência, da vítima e do agressor para caracterizar as notificações de violência no Brasil. O total de casos de violência infantil notificados em crianças de 0 a 4 anos de idade foi de 254.980 (63,5%) e 146.577 (36,5%) em crianças de 5 a 9 anos de idade. Reincidência da violência ocorrida foi 99.324 (31,7%) sendo mais frequente nas meninas de ambas as faixas etárias. A mãe 189.076 (52,5%) e o pai 121.926 (34,6%) tiveram as maiores proporções de notificações. As maiores taxas de notificação de violência infantil foram de negligência no grupo etário de 0 a 4 anos de idade em ambos os sexos, 72.640(46,4%) no sexo feminino e 83.782 (53,6%) no sexo masculino. As taxas de violência sexual foram as segundas maiores para crianças do sexo feminino de ambas as faixas etárias. As violências psicológica e sexual foram, aproximadamente, 2 e 3,5 vezes mais notificada entre meninas, respectivamente nos dois grupos etários. As taxas de notificação de violência física e negligência foram semelhantes por sexo nos dois grupos etários. As razões das taxas de notificação de violência física, psicológica, negligência e violência sexual entre vítimas do sexo feminino e masculino revelou que, no grupo etário de 0-4 anos, as maiores taxas foram observadas para as meninas, na maioria dos anos, exceto para negligência, cujas taxas foram em torno de 10% menores nas meninas, e na faixa etária de 5 a 9 anos as maiores taxas foram observadas para os meninos, na maioria dos anos, exceto para a violência sexual e física. Nossos achados revelaram que a violência sexual e psicológica foram as que apresentaram maiores taxas de notificação nas meninas, sendo a residência o local de maior ocorrência da notificação e os responsáveis pela criança os principais agressores.
id UFMG_ef9a59b502c046165b7e2cc9f8bc49d1
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/61712
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Patrícia Maria de Pereira de Araújo Zarzarhttp://lattes.cnpq.br/6307947152093585Raquel Conceição FerreiraCamila Aparecida Silva de Oliveira LimaFernando Henrique da Silva Oliveirahttp://lattes.cnpq.br/7405780702861788João Victor de Paula Correia2023-12-04T23:54:19Z2023-12-04T23:54:19Z2023-09-25http://hdl.handle.net/1843/61712Violência infantil é um fenômeno social e de saúde pública, que causa impactos no desenvolvimento da criança e consequentemente na vida adulta. O presente estudo teve por objetivo descrever casos notificados e comparar taxas de notificação dos tipos de violência por sexo e grupos etários, de 2011 a 2021. Foram utilizados dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação referentes aos casos notificados para cada ano no período. Analisou-se as bases de dados em relação ao tamanho e estrutura. A preparação dos dados foi por download semiautomatizado, seguida da análise de completude, duplicidade e tratamento. A estruturação desta base preservou a estrutura de espaço-temporal. Após removidas as duplicidades, foram obtidas as proporções de casos para caracterizar a ocorrência da violência, a vítima e os agressores. Os dados coletados das vítimas foram: Idade, sexo, raça/cor, presença de deficiência/transtorno. Dados da ocorrência incluíram: local de ocorrência, recorrência da violência, tipo de violência e meio de agressão. As variáveis do agressor foram: número de envolvidos, vínculo com a vítima da violência e suspeita de uso de álcool. Os dados foram submetidos a análise exploratória, obtenção de medidas sumárias das taxas de notificação para o Brasil e estratificadas por sexo e grupo etário (0-4 anos; 5-9 anos de idade). Apresentou-se as proporções de violência de acordo com variáveis da ocorrência, da vítima e do agressor para caracterizar as notificações de violência no Brasil. O total de casos de violência infantil notificados em crianças de 0 a 4 anos de idade foi de 254.980 (63,5%) e 146.577 (36,5%) em crianças de 5 a 9 anos de idade. Reincidência da violência ocorrida foi 99.324 (31,7%) sendo mais frequente nas meninas de ambas as faixas etárias. A mãe 189.076 (52,5%) e o pai 121.926 (34,6%) tiveram as maiores proporções de notificações. As maiores taxas de notificação de violência infantil foram de negligência no grupo etário de 0 a 4 anos de idade em ambos os sexos, 72.640(46,4%) no sexo feminino e 83.782 (53,6%) no sexo masculino. As taxas de violência sexual foram as segundas maiores para crianças do sexo feminino de ambas as faixas etárias. As violências psicológica e sexual foram, aproximadamente, 2 e 3,5 vezes mais notificada entre meninas, respectivamente nos dois grupos etários. As taxas de notificação de violência física e negligência foram semelhantes por sexo nos dois grupos etários. As razões das taxas de notificação de violência física, psicológica, negligência e violência sexual entre vítimas do sexo feminino e masculino revelou que, no grupo etário de 0-4 anos, as maiores taxas foram observadas para as meninas, na maioria dos anos, exceto para negligência, cujas taxas foram em torno de 10% menores nas meninas, e na faixa etária de 5 a 9 anos as maiores taxas foram observadas para os meninos, na maioria dos anos, exceto para a violência sexual e física. Nossos achados revelaram que a violência sexual e psicológica foram as que apresentaram maiores taxas de notificação nas meninas, sendo a residência o local de maior ocorrência da notificação e os responsáveis pela criança os principais agressores.Child violence is a social and public health phenomenon, which impacts children's development and, consequently, adult life. The present study aimed to describe reported cases and compare notification rates of types of violence by sex and age groups, from 2011 to 2021. Secondary data from the Notifiable Diseases Information System were used regarding cases reported for each year in the period . The databases were analyzed in relation to size and structure. Data preparation was via semi-automated download, followed by analysis of completeness, duplication and treatment. The structuring of this base preserved the space-time structure. After removing duplicates, the proportions of cases were obtained to characterize the occurrence of violence, the victim and the aggressors. The data collected from the victims were: Age, sex, race/color, presence of disability/disorder. Occurrence data included: place of occurrence, recurrence of violence, type of violence and means of aggression. The aggressor variables were: number of people involved, bond with the victim of violence and suspected alcohol use. The data were subjected to exploratory analysis, obtaining summary measures of notification rates for Brazil and stratified by sex and age group (0-4 years; 5-9 years of age). The proportions of violence were presented according to variables of the occurrence, the victim and the aggressor to characterize reports of violence in Brazil. The total number of cases of child violence reported in children aged 0 to 4 years was 254,980 (63.5%) and 146,577 (36.5%) in children aged 5 to 9 years. Recidivism of violence occurred was 99,324 (31.7%) and was more frequent in girls of both age groups. Mothers 189,076 (52.5%) and fathers 121,926 (34.6%) had the highest proportions of notifications. The highest notification rates of child violence were of neglect in the age group from 0 to 4 years of age in both sexes, 72,640 (46.4%) in females and 83,782 (53.6%) in males. Rates of sexual violence were the second highest for female children in both age groups. Psychological and sexual violence were approximately 2 and 3.5 times more reported among girls, respectively in the two age groups. Reporting rates of physical violence and neglect were similar by sex in both age groups. The reasons for the reporting rates of physical, psychological, neglect and sexual violence among female and male victims revealed that, in the 0-4 age group, the highest rates were observed for girls in most years, except for neglect, the rates of which were around 10% lower in girls, and in the age group of 5 to 9 years the highest rates were observed for boys, in most years, except for sexual and physical violence. Our findings revealed that sexual and psychological violence were the ones with the highest notification rates among girls, with the residence being the place of greatest occurrence of notification and those responsible for the child being the main aggressors.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em OdontologiaUFMGBrasilFAO - DEPARTAMENTO DE ODONTOPEDIATRIA E ORTODONTIAMaus-tratos infantisNotificaçãoCriançaPerfil de saúdeSistemas de informação em saúdeMaus-tratos infantisNotificaçãoCriançaViolência infantil: o perfil epidemiológico no Brasil a partir de dados do sistema de informação de agravos de notificação (SINAN)Childhood violence: epidemiological profile in Brazil based on data from the notification diseases information system (SINAN).info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALVIOLÊNCIA INFANTIL O PERFIL EPIDEMIOLÓGICO NO BRASIL A PARTIR DE DADOS DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO (SINAN).pdfVIOLÊNCIA INFANTIL O PERFIL EPIDEMIOLÓGICO NO BRASIL A PARTIR DE DADOS DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO (SINAN).pdfapplication/pdf2292660https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/61712/1/VIOL%c3%8aNCIA%20INFANTIL%20O%20PERFIL%20EPIDEMIOL%c3%93GICO%20NO%20BRASIL%20A%20PARTIR%20DE%20DADOS%20DO%20SISTEMA%20DE%20INFORMA%c3%87%c3%83O%20DE%20AGRAVOS%20DE%20NOTIFICA%c3%87%c3%83O%20%28SINAN%29.pdf206e056694654a6798ba68dfb2e04743MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/61712/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/617122023-12-04 20:54:19.599oai:repositorio.ufmg.br:1843/61712TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-12-04T23:54:19Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Violência infantil: o perfil epidemiológico no Brasil a partir de dados do sistema de informação de agravos de notificação (SINAN)
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Childhood violence: epidemiological profile in Brazil based on data from the notification diseases information system (SINAN).
title Violência infantil: o perfil epidemiológico no Brasil a partir de dados do sistema de informação de agravos de notificação (SINAN)
spellingShingle Violência infantil: o perfil epidemiológico no Brasil a partir de dados do sistema de informação de agravos de notificação (SINAN)
João Victor de Paula Correia
Maus-tratos infantis
Notificação
Criança
Maus-tratos infantis
Notificação
Criança
Perfil de saúde
Sistemas de informação em saúde
title_short Violência infantil: o perfil epidemiológico no Brasil a partir de dados do sistema de informação de agravos de notificação (SINAN)
title_full Violência infantil: o perfil epidemiológico no Brasil a partir de dados do sistema de informação de agravos de notificação (SINAN)
title_fullStr Violência infantil: o perfil epidemiológico no Brasil a partir de dados do sistema de informação de agravos de notificação (SINAN)
title_full_unstemmed Violência infantil: o perfil epidemiológico no Brasil a partir de dados do sistema de informação de agravos de notificação (SINAN)
title_sort Violência infantil: o perfil epidemiológico no Brasil a partir de dados do sistema de informação de agravos de notificação (SINAN)
author João Victor de Paula Correia
author_facet João Victor de Paula Correia
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Patrícia Maria de Pereira de Araújo Zarzar
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6307947152093585
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Raquel Conceição Ferreira
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Camila Aparecida Silva de Oliveira Lima
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Fernando Henrique da Silva Oliveira
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7405780702861788
dc.contributor.author.fl_str_mv João Victor de Paula Correia
contributor_str_mv Patrícia Maria de Pereira de Araújo Zarzar
Raquel Conceição Ferreira
Camila Aparecida Silva de Oliveira Lima
Fernando Henrique da Silva Oliveira
dc.subject.por.fl_str_mv Maus-tratos infantis
Notificação
Criança
topic Maus-tratos infantis
Notificação
Criança
Maus-tratos infantis
Notificação
Criança
Perfil de saúde
Sistemas de informação em saúde
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Maus-tratos infantis
Notificação
Criança
Perfil de saúde
Sistemas de informação em saúde
description Violência infantil é um fenômeno social e de saúde pública, que causa impactos no desenvolvimento da criança e consequentemente na vida adulta. O presente estudo teve por objetivo descrever casos notificados e comparar taxas de notificação dos tipos de violência por sexo e grupos etários, de 2011 a 2021. Foram utilizados dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação referentes aos casos notificados para cada ano no período. Analisou-se as bases de dados em relação ao tamanho e estrutura. A preparação dos dados foi por download semiautomatizado, seguida da análise de completude, duplicidade e tratamento. A estruturação desta base preservou a estrutura de espaço-temporal. Após removidas as duplicidades, foram obtidas as proporções de casos para caracterizar a ocorrência da violência, a vítima e os agressores. Os dados coletados das vítimas foram: Idade, sexo, raça/cor, presença de deficiência/transtorno. Dados da ocorrência incluíram: local de ocorrência, recorrência da violência, tipo de violência e meio de agressão. As variáveis do agressor foram: número de envolvidos, vínculo com a vítima da violência e suspeita de uso de álcool. Os dados foram submetidos a análise exploratória, obtenção de medidas sumárias das taxas de notificação para o Brasil e estratificadas por sexo e grupo etário (0-4 anos; 5-9 anos de idade). Apresentou-se as proporções de violência de acordo com variáveis da ocorrência, da vítima e do agressor para caracterizar as notificações de violência no Brasil. O total de casos de violência infantil notificados em crianças de 0 a 4 anos de idade foi de 254.980 (63,5%) e 146.577 (36,5%) em crianças de 5 a 9 anos de idade. Reincidência da violência ocorrida foi 99.324 (31,7%) sendo mais frequente nas meninas de ambas as faixas etárias. A mãe 189.076 (52,5%) e o pai 121.926 (34,6%) tiveram as maiores proporções de notificações. As maiores taxas de notificação de violência infantil foram de negligência no grupo etário de 0 a 4 anos de idade em ambos os sexos, 72.640(46,4%) no sexo feminino e 83.782 (53,6%) no sexo masculino. As taxas de violência sexual foram as segundas maiores para crianças do sexo feminino de ambas as faixas etárias. As violências psicológica e sexual foram, aproximadamente, 2 e 3,5 vezes mais notificada entre meninas, respectivamente nos dois grupos etários. As taxas de notificação de violência física e negligência foram semelhantes por sexo nos dois grupos etários. As razões das taxas de notificação de violência física, psicológica, negligência e violência sexual entre vítimas do sexo feminino e masculino revelou que, no grupo etário de 0-4 anos, as maiores taxas foram observadas para as meninas, na maioria dos anos, exceto para negligência, cujas taxas foram em torno de 10% menores nas meninas, e na faixa etária de 5 a 9 anos as maiores taxas foram observadas para os meninos, na maioria dos anos, exceto para a violência sexual e física. Nossos achados revelaram que a violência sexual e psicológica foram as que apresentaram maiores taxas de notificação nas meninas, sendo a residência o local de maior ocorrência da notificação e os responsáveis pela criança os principais agressores.
publishDate 2023
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-12-04T23:54:19Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-12-04T23:54:19Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2023-09-25
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/61712
url http://hdl.handle.net/1843/61712
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Odontologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FAO - DEPARTAMENTO DE ODONTOPEDIATRIA E ORTODONTIA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/61712/1/VIOL%c3%8aNCIA%20INFANTIL%20O%20PERFIL%20EPIDEMIOL%c3%93GICO%20NO%20BRASIL%20A%20PARTIR%20DE%20DADOS%20DO%20SISTEMA%20DE%20INFORMA%c3%87%c3%83O%20DE%20AGRAVOS%20DE%20NOTIFICA%c3%87%c3%83O%20%28SINAN%29.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/61712/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 206e056694654a6798ba68dfb2e04743
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589199882878976