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Patrícia Maria de Pereira de Araújo Zarzarhttp://lattes.cnpq.br/6307947152093585Raquel Conceição FerreiraCamila Aparecida Silva de Oliveira LimaFernando Henrique da Silva Oliveirahttp://lattes.cnpq.br/7405780702861788João Victor de Paula Correia2023-12-04T23:54:19Z2023-12-04T23:54:19Z2023-09-25http://hdl.handle.net/1843/61712Violência infantil é um fenômeno social e de saúde pública, que causa impactos no desenvolvimento da criança e consequentemente na vida adulta. O presente estudo teve por objetivo descrever casos notificados e comparar taxas de notificação dos tipos de violência por sexo e grupos etários, de 2011 a 2021. Foram utilizados dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação referentes aos casos notificados para cada ano no período. Analisou-se as bases de dados em relação ao tamanho e estrutura. A preparação dos dados foi por download semiautomatizado, seguida da análise de completude, duplicidade e tratamento. A estruturação desta base preservou a estrutura de espaço-temporal. Após removidas as duplicidades, foram obtidas as proporções de casos para caracterizar a ocorrência da violência, a vítima e os agressores. Os dados coletados das vítimas foram: Idade, sexo, raça/cor, presença de deficiência/transtorno. Dados da ocorrência incluíram: local de ocorrência, recorrência da violência, tipo de violência e meio de agressão. As variáveis do agressor foram: número de envolvidos, vínculo com a vítima da violência e suspeita de uso de álcool. Os dados foram submetidos a análise exploratória, obtenção de medidas sumárias das taxas de notificação para o Brasil e estratificadas por sexo e grupo etário (0-4 anos; 5-9 anos de idade). Apresentou-se as proporções de violência de acordo com variáveis da ocorrência, da vítima e do agressor para caracterizar as notificações de violência no Brasil. O total de casos de violência infantil notificados em crianças de 0 a 4 anos de idade foi de 254.980 (63,5%) e 146.577 (36,5%) em crianças de 5 a 9 anos de idade. Reincidência da violência ocorrida foi 99.324 (31,7%) sendo mais frequente nas meninas de ambas as faixas etárias. A mãe 189.076 (52,5%) e o pai 121.926 (34,6%) tiveram as maiores proporções de notificações. As maiores taxas de notificação de violência infantil foram de negligência no grupo etário de 0 a 4 anos de idade em ambos os sexos, 72.640(46,4%) no sexo feminino e 83.782 (53,6%) no sexo masculino. As taxas de violência sexual foram as segundas maiores para crianças do sexo feminino de ambas as faixas etárias. As violências psicológica e sexual foram, aproximadamente, 2 e 3,5 vezes mais notificada entre meninas, respectivamente nos dois grupos etários. As taxas de notificação de violência física e negligência foram semelhantes por sexo nos dois grupos etários. As razões das taxas de notificação de violência física, psicológica, negligência e violência sexual entre vítimas do sexo feminino e masculino revelou que, no grupo etário de 0-4 anos, as maiores taxas foram observadas para as meninas, na maioria dos anos, exceto para negligência, cujas taxas foram em torno de 10% menores nas meninas, e na faixa etária de 5 a 9 anos as maiores taxas foram observadas para os meninos, na maioria dos anos, exceto para a violência sexual e física. Nossos achados revelaram que a violência sexual e psicológica foram as que apresentaram maiores taxas de notificação nas meninas, sendo a residência o local de maior ocorrência da notificação e os responsáveis pela criança os principais agressores.Child violence is a social and public health phenomenon, which impacts children's development and, consequently, adult life. The present study aimed to describe reported cases and compare notification rates of types of violence by sex and age groups, from 2011 to 2021. Secondary data from the Notifiable Diseases Information System were used regarding cases reported for each year in the period . The databases were analyzed in relation to size and structure. Data preparation was via semi-automated download, followed by analysis of completeness, duplication and treatment. The structuring of this base preserved the space-time structure. After removing duplicates, the proportions of cases were obtained to characterize the occurrence of violence, the victim and the aggressors. The data collected from the victims were: Age, sex, race/color, presence of disability/disorder. Occurrence data included: place of occurrence, recurrence of violence, type of violence and means of aggression. The aggressor variables were: number of people involved, bond with the victim of violence and suspected alcohol use. The data were subjected to exploratory analysis, obtaining summary measures of notification rates for Brazil and stratified by sex and age group (0-4 years; 5-9 years of age). The proportions of violence were presented according to variables of the occurrence, the victim and the aggressor to characterize reports of violence in Brazil. The total number of cases of child violence reported in children aged 0 to 4 years was 254,980 (63.5%) and 146,577 (36.5%) in children aged 5 to 9 years. Recidivism of violence occurred was 99,324 (31.7%) and was more frequent in girls of both age groups. Mothers 189,076 (52.5%) and fathers 121,926 (34.6%) had the highest proportions of notifications. The highest notification rates of child violence were of neglect in the age group from 0 to 4 years of age in both sexes, 72,640 (46.4%) in females and 83,782 (53.6%) in males. Rates of sexual violence were the second highest for female children in both age groups. Psychological and sexual violence were approximately 2 and 3.5 times more reported among girls, respectively in the two age groups. Reporting rates of physical violence and neglect were similar by sex in both age groups. The reasons for the reporting rates of physical, psychological, neglect and sexual violence among female and male victims revealed that, in the 0-4 age group, the highest rates were observed for girls in most years, except for neglect, the rates of which were around 10% lower in girls, and in the age group of 5 to 9 years the highest rates were observed for boys, in most years, except for sexual and physical violence. Our findings revealed that sexual and psychological violence were the ones with the highest notification rates among girls, with the residence being the place of greatest occurrence of notification and those responsible for the child being the main aggressors.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em OdontologiaUFMGBrasilFAO - DEPARTAMENTO DE ODONTOPEDIATRIA E ORTODONTIAMaus-tratos infantisNotificaçãoCriançaPerfil de saúdeSistemas de informação em saúdeMaus-tratos infantisNotificaçãoCriançaViolência infantil: o perfil epidemiológico no Brasil a partir de dados do sistema de informação de agravos de notificação (SINAN)Childhood violence: epidemiological profile in Brazil based on data from the notification diseases information system (SINAN).info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALVIOLÊNCIA INFANTIL O PERFIL EPIDEMIOLÓGICO NO BRASIL A PARTIR DE DADOS DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO (SINAN).pdfVIOLÊNCIA INFANTIL O PERFIL EPIDEMIOLÓGICO NO BRASIL A PARTIR DE DADOS DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO (SINAN).pdfapplication/pdf2292660https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/61712/1/VIOL%c3%8aNCIA%20INFANTIL%20O%20PERFIL%20EPIDEMIOL%c3%93GICO%20NO%20BRASIL%20A%20PARTIR%20DE%20DADOS%20DO%20SISTEMA%20DE%20INFORMA%c3%87%c3%83O%20DE%20AGRAVOS%20DE%20NOTIFICA%c3%87%c3%83O%20%28SINAN%29.pdf206e056694654a6798ba68dfb2e04743MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/61712/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/617122023-12-04 20:54:19.599oai:repositorio.ufmg.br:1843/61712TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-12-04T23:54:19Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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