Memória e violência na dramaturgia de Guillermo Calderón

• Autor(a) principal: Luísa Lagoeiro Ferreira
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/35379
• topic: América Latina; Dramaturgia; Guillermo Calderón; Teatro; Memória; Violência; Calderón, Guillermo, 1971- – Crítica e interpretação; Calderón, Guillermo, 1971- – Escola – Crítica e interpretação; Ditatura na literatura; Teatro latino-americano – História e crítica; Teatro chileno – História e crítica; Memória na literatura; Violência na literatura; Chile – Política e governo – 193-1988

Em um contexto de crise política em diversos países da América Latina, com um crescimento da direita conservadora e uma democracia ainda frágil, analisamos as obras Neva (2006) e Escola (2013), do chileno Guillermo Calderón. Os dois textos dramáticos fazem referência ao período ditatorial e à violência imposta por esse regime no Chile e em outros países latino-americanos. Essa escolha se baseia na hipótese de que, com o passar dos anos, a obra do autor sofreu mudanças estéticas consideráveis, de acordo com as variações no contexto político do Chile e da América Latina. Sendo assim, nosso objetivo é analisar como a dramaturgia de Guillermo Calderón se modifica a partir das diferenças observadas na escrita desses dois textos. Diante dessas obras dramatúrgicas podemos questionar: qual a importância da memória da ditadura para a América Latina e qual o papel do teatro contemporâneo latino americano no avivamento e reflexão acerca dessa memória traumática? Por meio da análise de textos que recorrem ao passado para debater o presente pretendemos entender como a permanência dessa temática na literatura dramática pode permitir uma maior compreensão dos acontecimentos atuais e significar um fôlego e um alerta, nos momentos de instabilidade política vividos na América Latina.