Influências prosódicas nos encontros vocálicos em fronteira de palavras
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/ALDR-7LTGNG |
Resumo: | Partindo da hipótese de que, não havendo impedimento categórico, os processos esperados de sândi vocálico externo, ainda assim, deixam de acontecer devido à influência da combinação de elementos da prosódia como, por exemplo, pausas, alongamentos, ênfases, estetrabalho tem como objetivo estudar as influências prosódicas na elisão, na degeminação e na ditongação. No construto teórico, é apresentada uma descrição das ocorrências e das restrições dos processos de sândi vocálico externo, bem como uma revisão sobre entonação, prosódia e parâmetros de análise. Para testar a hipótese e verificar o objetivo, foi utilizado o corpus do Projeto POBH (O padrão sonoro do português de Belo Horizonte, modalidade culta), proposto por Magalhães (2000). Foram analisados quatro informantes que geraram 3641 exemplos contendo ambientes propícios para a realização da elisão, da degeminação e da ditongação. Desses ambientes, 3171 são, contrariamente ao teoricamente esperado, de não-ocorrência, devidoa elementos da dinâmica da fala, e 470 são de ocorrência dos processos de sândi vocálico externo. Utilizando-se o programa Microsoft Excel, versão 2003 e Minitab 15, os dados foram analisados estatisticamente. Através do programa Praat, versão 5.0.0.2, medidas de freqüência fundamental mínima e máxima, variação melódica e duração foram feitas. Foi possível concluir que a relação entre os valores de F0 e de variação melódica varia de acordo com a qualidade das vogais envolvidas, com os processos e com a ocorrência ou não-ocorrência desses processos. No que se refere à duração, os seus valores para a não-ocorrência de elisão e de ditongação foram superiores aos de ocorrência para os mesmos processos. No que tange à degeminação, temos uma situação inversa: a duração é maior na realização do que na não-realização. |
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Jose Olimpio de MagalhaesJoão Antônio de MoraisCesar Augusto da Conceicao ReisCeriz Graca Bicalho Cruz Costa2019-08-13T21:58:05Z2019-08-13T21:58:05Z2008-09-01http://hdl.handle.net/1843/ALDR-7LTGNGPartindo da hipótese de que, não havendo impedimento categórico, os processos esperados de sândi vocálico externo, ainda assim, deixam de acontecer devido à influência da combinação de elementos da prosódia como, por exemplo, pausas, alongamentos, ênfases, estetrabalho tem como objetivo estudar as influências prosódicas na elisão, na degeminação e na ditongação. No construto teórico, é apresentada uma descrição das ocorrências e das restrições dos processos de sândi vocálico externo, bem como uma revisão sobre entonação, prosódia e parâmetros de análise. Para testar a hipótese e verificar o objetivo, foi utilizado o corpus do Projeto POBH (O padrão sonoro do português de Belo Horizonte, modalidade culta), proposto por Magalhães (2000). Foram analisados quatro informantes que geraram 3641 exemplos contendo ambientes propícios para a realização da elisão, da degeminação e da ditongação. Desses ambientes, 3171 são, contrariamente ao teoricamente esperado, de não-ocorrência, devidoa elementos da dinâmica da fala, e 470 são de ocorrência dos processos de sândi vocálico externo. Utilizando-se o programa Microsoft Excel, versão 2003 e Minitab 15, os dados foram analisados estatisticamente. Através do programa Praat, versão 5.0.0.2, medidas de freqüência fundamental mínima e máxima, variação melódica e duração foram feitas. Foi possível concluir que a relação entre os valores de F0 e de variação melódica varia de acordo com a qualidade das vogais envolvidas, com os processos e com a ocorrência ou não-ocorrência desses processos. No que se refere à duração, os seus valores para a não-ocorrência de elisão e de ditongação foram superiores aos de ocorrência para os mesmos processos. No que tange à degeminação, temos uma situação inversa: a duração é maior na realização do que na não-realização.This work aims at studying the prosodic influences on external sandhi processes from the hypothesis which claims that even if there is no structural restriction the expected realizations of elision, degemination and diphthongization still do not occur due to the influence of someprosodic elements such as pause, lengthening and emphasis. In the theoretical background a description of the occurrences and restrictions on the external sandhi processes is presented as well as a review on intonation, prosody and analysis parameters. To test the hypothesis and to verify the objective the corpus of POBH (The Sound Pattern of Brazilian Portuguese of Belo Horizonte), proposed by Magalhães (2000), was used. The analyzed four subjects generate 3641 examples which comprise propitious contexts for the realization of elision, degemination and diphthongization. Contrary to what is theoretically expected, 3171 contexts of non-occurrences - due to some elements of speech - and only 470 occurrences of the external sandhi were found. Byusing the software Microsoft Excel, version 2003 and Minitab 15 the data were statistically analyzed. The Praat software, version 5.0.0.2, was used to analyze duration, the minimum and maximum fundamental frequency and the melodic variation. It was possible to conclude that therelation between the F0 and melodic variation values range according to the quality of the vowels, the external sandhi processes and the occurrence or non-occurrence of these processes.As to the duration, the values are higher in the non-occurrence of elision and diphthongization than in the occurrence of these processes. In regard to the degemination, what happens is exactly the opposite: the duration is higher in the occurrence than in the non-occurrence of the sandhi processes.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGAnálise prosódica (Linguística)LingüísticaFonética acústicaLingua portuguesa FonologiaLingua portuguesa Entonação Belo Horizonte (MG)Língua portuguesa VogaisEntonação (Fonética)Língua portuguesa FonéticaLingua portuguesa Portugues falado Belo Horizonte (MG)parâmetros prosódicossândi vocálico externoInfluências prosódicas nos encontros vocálicos em fronteira de palavrasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINAL1147m.pdfapplication/pdf1418210https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ALDR-7LTGNG/1/1147m.pdf14852546b344a2db8b1d7c651c9724adMD51TEXT1147m.pdf.txt1147m.pdf.txtExtracted texttext/plain146014https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ALDR-7LTGNG/2/1147m.pdf.txtadfaf179a655b09a0393870bfcb4d133MD521843/ALDR-7LTGNG2019-11-14 22:59:06.099oai:repositorio.ufmg.br:1843/ALDR-7LTGNGRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-15T01:59:06Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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