O impacto do Serviço Social em uma Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Filipe da Silva
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/37060
Resumo: Um número expressivo de mulheres, todos os dias, são submetidas a alguma forma de violência. No Brasil, dentre as várias iniciativas para superar esta realidade, podemos citar a promulgação da Lei n. 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) e a criação das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs). A DEAM de Contagem-MG, de forma pioneira e única do estado de Minas Gerais no que tange ao rompimento do paradigma de “policial exclusivo’’ em delegacia, optou em incorporar em sua linha de frente, um Assistente Social (efetivo), responsável pelo primeiro atendimento à vítima. Objetivo: Analisar o perfil de violência doméstica contra as mulheres em Contagem-MG, comparando os casos atendidos pelo Serviço Social da DEAM com os lavrados na Base Geral de Boletins de Ocorrência desse município, no período de 01 de março de 2016 a 29 de fevereiro de 2019. Metodologia: Estudo transversal, de abordagem quantitativa, utilizando duas bases de dados secundários: 1) os Boletins de Ocorrências - Registro de Eventos de Defesa Social (REDS) de violência doméstica contra a mulher no município de Contagem/MG; 2) planilha de acolhimento gerada pelo Profissional de Serviço Social da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) do mesmo município. Resultados: Em mais da metade dos casos registrados, em ambas as fontes de dados, as vítimas estão na faixa etária entre 20 e 39 anos, são autodeclaradas pardas e possuem o ensino médio completo. Os autores da violência praticada são na maioria pessoas com quem a vítima mantém ou mantinha relação afetiva íntima. Dentre as violências, destacam-se de modo mais expressivo a violência física e a psicológica. De cada 08, das vítimas que registraram Boletins de Ocorrências, apenas 03 recorreram à DEAM para a realização do primeiro atendimento. Das vítimas que foram primeiramente atendidas pela PMMG ou “Delegacia Comum”, 74,5% lavraram apenas o REDS e não representaram criminalmente. A taxa de desinteresse em representação criminal das vítimas que foram à DEAM é bem menor (0,8%). Quase metade dos casos (43%) atendidos pelo Assistente Social da DEAM correspondem a “atividades extrapoliciais” ou de cunho “meramente social”. A taxa de reincidência das vítimas que foram atendidas pela DEAM foi menor em detrimento das que foram atendidas em outros órgãos. Conclusão: A DEAM é um espaço permeado de demandas de cunho social. Isso sinaliza a importância deste equipamento contar com equipe multidisciplinar, cujo propósito não é de sobreposição de funções mas um trabalho em conjunto e em parceria entre Assistentes Sociais e policiais. Nesta pesquisa ficou claro que o modelo de acolhimento realizado pelo Serviço Social propicia uma escuta especializada e humanizada para a vítima, proporcionando filtragem e direcionamento dos casos de demandas policiais e extrapoliciais, além de permitir que os investigadores se dediquem exclusivamente às diversas etapas investigativas do inquérito policial. Conhecer o real perfil da violência do município permitirá a busca de novas estratégias sociais, permitindo o aprimoramento da visibilidade social do problema, bem como da rede de enfrentamento, de atendimento e de cuidados às mulheres em situação de violência.
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Objetivo: Analisar o perfil de violência doméstica contra as mulheres em Contagem-MG, comparando os casos atendidos pelo Serviço Social da DEAM com os lavrados na Base Geral de Boletins de Ocorrência desse município, no período de 01 de março de 2016 a 29 de fevereiro de 2019. Metodologia: Estudo transversal, de abordagem quantitativa, utilizando duas bases de dados secundários: 1) os Boletins de Ocorrências - Registro de Eventos de Defesa Social (REDS) de violência doméstica contra a mulher no município de Contagem/MG; 2) planilha de acolhimento gerada pelo Profissional de Serviço Social da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) do mesmo município. Resultados: Em mais da metade dos casos registrados, em ambas as fontes de dados, as vítimas estão na faixa etária entre 20 e 39 anos, são autodeclaradas pardas e possuem o ensino médio completo. Os autores da violência praticada são na maioria pessoas com quem a vítima mantém ou mantinha relação afetiva íntima. Dentre as violências, destacam-se de modo mais expressivo a violência física e a psicológica. De cada 08, das vítimas que registraram Boletins de Ocorrências, apenas 03 recorreram à DEAM para a realização do primeiro atendimento. Das vítimas que foram primeiramente atendidas pela PMMG ou “Delegacia Comum”, 74,5% lavraram apenas o REDS e não representaram criminalmente. A taxa de desinteresse em representação criminal das vítimas que foram à DEAM é bem menor (0,8%). Quase metade dos casos (43%) atendidos pelo Assistente Social da DEAM correspondem a “atividades extrapoliciais” ou de cunho “meramente social”. A taxa de reincidência das vítimas que foram atendidas pela DEAM foi menor em detrimento das que foram atendidas em outros órgãos. Conclusão: A DEAM é um espaço permeado de demandas de cunho social. Isso sinaliza a importância deste equipamento contar com equipe multidisciplinar, cujo propósito não é de sobreposição de funções mas um trabalho em conjunto e em parceria entre Assistentes Sociais e policiais. Nesta pesquisa ficou claro que o modelo de acolhimento realizado pelo Serviço Social propicia uma escuta especializada e humanizada para a vítima, proporcionando filtragem e direcionamento dos casos de demandas policiais e extrapoliciais, além de permitir que os investigadores se dediquem exclusivamente às diversas etapas investigativas do inquérito policial. Conhecer o real perfil da violência do município permitirá a busca de novas estratégias sociais, permitindo o aprimoramento da visibilidade social do problema, bem como da rede de enfrentamento, de atendimento e de cuidados às mulheres em situação de violência.A significant number of women, every day, are subjected to some form of violence. In Brazil, among the various initiatives to overcome this reality, we can mention the enactment of Law no. 11.340 / 2006 (Maria da Penha Law) and the creation of Specialized Police Offices for Women (DEAMs). The DEAM of Contagem-MG, in a pioneer and unique way in the state of Minas Gerais with regard to breaking the paradigm of “exclusive policeman” in a police station, chose to incorporate in its front line, a Social Worker (effective), responsible first assistance to the victim. Objective: To analyze the profile of domestic violence against women in Contagem-MG, comparing the cases attended by the DEAM Social Service with those recorded in the General Police Base of that municipality, from March 1, 2016 to February 29 2019. Methodology: Cross-sectional study, with a quantitative approach, using two secondary databases: 1) the Occurrence Bulletins - Record of Social Defense Events (REDS) of domestic violence against women in the municipality of Contagem / MG; 2) reception worksheet generated by the Social Service Professional from the Specialized Police Station for Women (DEAM) in the same municipality. Results: In more than half of the registered cases, in both data sources, the victims are in the age group between 20 and 39 years old, are self-declared brown and have completed high school. The perpetrators of the violence practiced are mostly people with whom the victim maintains or maintained an intimate affective relationship. Among the violence, physical and psychological violence stand out more significantly. Of every 08, of the victims who registered police reports, only 03 turned to DEAM for the first assistance. Of the victims who were first attended by the PMMG or “Common Police Station”, 74.5% worked only on REDS and did not represent criminally. The rate of disinterest in criminal representation of victims who went to DEAM is much lower (0.8%). Almost half of the cases (43%) attended by the DEAM Social Worker correspond to “extrapolic activities” or “merely social”. The rate of recidivism of victims who were treated by DEAM was lower to the detriment of those who were treated at other agencies. Conclusion: DEAM is a space permeated with demands of a social nature. This signals the importance of this equipment having a multidisciplinary team, whose purpose is not to overlap functions but to work together and in partnership between Social Workers and police. In this research it was clear that the welcoming model carried out by the Social Service provides specialized and humanized listening for the victim, providing filtering and directing cases of police and extrapolic demands, in addition to allowing investigators to dedicate themselves exclusively to the various investigative stages of the investigation police officer. Knowing the real profile of violence in the municipality will allow the search for new social strategies, allowing the improvement of the social visibility of the problem, as well as the network of coping, care and care for women in situations of violence.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Promoção de Saúde e Prevenção da ViolênciaUFMGBrasilMEDICINA - FACULDADE DE MEDICINAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessViolência DomésticaViolência Contra a MulherPolícia JudiciáriaServiço SocialAssistências SociaisAcolhimentoEstudos TransversaisViolência doméstica contra a mulherDelegacia da MulherServiço SocialAssistente social em Delegacias da MulherO impacto do Serviço Social em uma Delegacia Especializada no Atendimento à MulherThe impact of Social Work in a Police Station that specializes in Assisting Womeninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALO IMPACTO DO SERVIÇO SOCIAL EM UMA DELEGACIA ESPECIALIZADA NO ATENDIMENTO À MULHER.pdfO IMPACTO DO SERVIÇO SOCIAL EM UMA DELEGACIA ESPECIALIZADA NO ATENDIMENTO À MULHER.pdfapplication/pdf1832131https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/37060/2/O%20IMPACTO%20DO%20SERVI%c3%87O%20SOCIAL%20EM%20UMA%20DELEGACIA%20ESPECIALIZADA%20NO%20ATENDIMENTO%20%c3%80%20MULHER.pdf10c99e98d9f988f9e8c5bd6f910dfd40MD52CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8805https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/37060/3/license_rdf00e5e6a57d5512d202d12cb48704dfd6MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/37060/4/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD541843/370602021-07-28 11:43:57.172oai:repositorio.ufmg.br:1843/37060TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-07-28T14:43:57Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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