População e família mestiça nas freguesias de Aracati E Russas-Ceará1720/1820

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Elisgardenia de Oliveira Chaves
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AHJLAS
Resumo: O estudo analisa como pessoas de qualidades (brancos, índios, pretos, crioulos, mestiços, mulatos, pardos, cabras e mamelucos) e de condições jurídicas (livre, liberto e escravo) variadas formaram famílias mestiças, legítimas ou consensuais, nas freguesias de Aracati e Russas, no período de 1720 a 1820. Na capitania do Ceará, além de outras sertanejas, a exemplo do Piauí, da Paraíba e do Rio Grande do Norte, o início do processo de colonização se deu a partir do século XVII, haja vista a implementação das fazendas de criar e o desenvolvimento da agricultura. De modo geral, nesses espaços se desenvolveu uma formação social baseada no trabalho livre e escravo. No período de 1720 a 1820, mais precisamente nas freguesias de Aracati e Russas, partes integrantes da ribeira do Jaguaribe no Ceará, o estudo sobre os registros paroquiais possibilitou perceber como essa realidade social foi construída e/ou reconstruída por diferentes agentes que viviam e frequentavam esses espaços sertanejos de fronteiras tênues e que marcavam múltiplas relações e conformações biológicas e culturais. A par das nupcialidades e natalidades entre os elementos sociais de naturalidades, qualidades e condições sociais múltiplas no que diz respeito à formação populacional e familiar, pude compreender que através da mobilidade geográfica, ao emaranhar-se pelos percursos dos rios, as pessoas foram se entrecruzando, se miscigenando biológica e culturalmente, formando proles e redes de sociabilidades expressas nas diferentes formas de constituírem família: legítimas (uniões sacramentadas pelo casamento cristão), endogâmicas (cônjuges escravos, independentemente de pertencerem ao mesmo senhor), exogâmicas (um cônjuge escravo e o outro forro ou livre) e mistas (compostas por casais de qualidades distintas: brancos, negros, mulatos, pardos, etc.). Em razão disso, o estudo pauta-se em dinâmicas de mestiçagens biológicas e culturais envolvendo europeus, africanos, nativos e nascidos na colônia
id UFMG_f2f1222069dc987c0e05875a9d43adf1
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-AHJLAS
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Tarcisio Rodrigues BotelhoMarcelo Magalhaes GodoyEduardo Franca PaivaAntonio Otaviano Vieira JuniorElisgardenia de Oliveira Chaves2019-08-14T17:18:36Z2019-08-14T17:18:36Z2016-04-29http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AHJLASO estudo analisa como pessoas de qualidades (brancos, índios, pretos, crioulos, mestiços, mulatos, pardos, cabras e mamelucos) e de condições jurídicas (livre, liberto e escravo) variadas formaram famílias mestiças, legítimas ou consensuais, nas freguesias de Aracati e Russas, no período de 1720 a 1820. Na capitania do Ceará, além de outras sertanejas, a exemplo do Piauí, da Paraíba e do Rio Grande do Norte, o início do processo de colonização se deu a partir do século XVII, haja vista a implementação das fazendas de criar e o desenvolvimento da agricultura. De modo geral, nesses espaços se desenvolveu uma formação social baseada no trabalho livre e escravo. No período de 1720 a 1820, mais precisamente nas freguesias de Aracati e Russas, partes integrantes da ribeira do Jaguaribe no Ceará, o estudo sobre os registros paroquiais possibilitou perceber como essa realidade social foi construída e/ou reconstruída por diferentes agentes que viviam e frequentavam esses espaços sertanejos de fronteiras tênues e que marcavam múltiplas relações e conformações biológicas e culturais. A par das nupcialidades e natalidades entre os elementos sociais de naturalidades, qualidades e condições sociais múltiplas no que diz respeito à formação populacional e familiar, pude compreender que através da mobilidade geográfica, ao emaranhar-se pelos percursos dos rios, as pessoas foram se entrecruzando, se miscigenando biológica e culturalmente, formando proles e redes de sociabilidades expressas nas diferentes formas de constituírem família: legítimas (uniões sacramentadas pelo casamento cristão), endogâmicas (cônjuges escravos, independentemente de pertencerem ao mesmo senhor), exogâmicas (um cônjuge escravo e o outro forro ou livre) e mistas (compostas por casais de qualidades distintas: brancos, negros, mulatos, pardos, etc.). Em razão disso, o estudo pauta-se em dinâmicas de mestiçagens biológicas e culturais envolvendo europeus, africanos, nativos e nascidos na colôniaThe study analyzes how people of "qualities" (whites, Indians, blacks, Creoles, mestizos, mulattos, browns, goats and Mamelukes) and varied legal conditions (free and slave) formed mixed race, legitimate or consenting families, in the parishes of Aracati and Russian, from 1720 to 1820. In the captaincy of Ceara, and other hinterlands, such Piaui, Paraiba and Rio Grande do Norte, the beginning of the colonization process was from the seventeenth century, with the implementation of farms to create and the development of agriculture. In general, these spaces developed a social structure based on free and slave labor. In the period 1720-1820, more precisely in the parishes of Aracati and Russian, parts of the riverside Jaguaribe in Ceará, the study about parish registers possible to see how this social reality was built and/or rebuilt by different agents who lived and attended these hinterland spaces with tenuous borders that marked multiple relationships, besides biological and cultural conformations. And aware of nuptialities and natalities between the social elements of naturalities, qualities and multiple social conditions about population and family background, I understood that through geographic mobility, when entangle the paths of rivers, people were crisscrossing and biologically and culturally mixing, forming proles and sociability networks expressed in different ways to start a family: legitimate (unions blessed by Christian marriage), inbred (slaves spouses, regardless belong to the same master), outbred (a slave spouse and the other lining or free) and mixed (composed of distinct qualities couples: white, black, mulatto, brown, etc.). As a result, the study is based on biological and cultural miscegenation dynamics involving European, African, and native born in the colony.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGAracati (CE) HistóriaRussas (CE) HistóriaHistóriaMestiços Condições sociaisFreguesias de Aracati e Russas-CEFormação sociofamiliarDinâmicas de mestiçagensCondição socialPopulação e família mestiça nas freguesias de Aracati E Russas-Ceará1720/1820info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_elisgard_nia_de_oliveira_chaves.pdfapplication/pdf3378353https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AHJLAS/1/tese_elisgard_nia_de_oliveira_chaves.pdf3d0a028c0a58540ee726035d2e2ce744MD51TEXTtese_elisgard_nia_de_oliveira_chaves.pdf.txttese_elisgard_nia_de_oliveira_chaves.pdf.txtExtracted texttext/plain749401https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AHJLAS/2/tese_elisgard_nia_de_oliveira_chaves.pdf.txtc88d4a9fc8480ae273bcfde4382821acMD521843/BUBD-AHJLAS2019-11-14 14:11:32.122oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-AHJLASRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T17:11:32Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv População e família mestiça nas freguesias de Aracati E Russas-Ceará1720/1820
title População e família mestiça nas freguesias de Aracati E Russas-Ceará1720/1820
spellingShingle População e família mestiça nas freguesias de Aracati E Russas-Ceará1720/1820
Elisgardenia de Oliveira Chaves
Freguesias de Aracati e Russas-CE
Formação sociofamiliar
Dinâmicas de mestiçagens
Condição social
Aracati (CE) História
Russas (CE) História
História
Mestiços Condições sociais
title_short População e família mestiça nas freguesias de Aracati E Russas-Ceará1720/1820
title_full População e família mestiça nas freguesias de Aracati E Russas-Ceará1720/1820
title_fullStr População e família mestiça nas freguesias de Aracati E Russas-Ceará1720/1820
title_full_unstemmed População e família mestiça nas freguesias de Aracati E Russas-Ceará1720/1820
title_sort População e família mestiça nas freguesias de Aracati E Russas-Ceará1720/1820
author Elisgardenia de Oliveira Chaves
author_facet Elisgardenia de Oliveira Chaves
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Tarcisio Rodrigues Botelho
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Marcelo Magalhaes Godoy
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Eduardo Franca Paiva
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Antonio Otaviano Vieira Junior
dc.contributor.author.fl_str_mv Elisgardenia de Oliveira Chaves
contributor_str_mv Tarcisio Rodrigues Botelho
Marcelo Magalhaes Godoy
Eduardo Franca Paiva
Antonio Otaviano Vieira Junior
dc.subject.por.fl_str_mv Freguesias de Aracati e Russas-CE
Formação sociofamiliar
Dinâmicas de mestiçagens
Condição social
topic Freguesias de Aracati e Russas-CE
Formação sociofamiliar
Dinâmicas de mestiçagens
Condição social
Aracati (CE) História
Russas (CE) História
História
Mestiços Condições sociais
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Aracati (CE) História
Russas (CE) História
História
Mestiços Condições sociais
description O estudo analisa como pessoas de qualidades (brancos, índios, pretos, crioulos, mestiços, mulatos, pardos, cabras e mamelucos) e de condições jurídicas (livre, liberto e escravo) variadas formaram famílias mestiças, legítimas ou consensuais, nas freguesias de Aracati e Russas, no período de 1720 a 1820. Na capitania do Ceará, além de outras sertanejas, a exemplo do Piauí, da Paraíba e do Rio Grande do Norte, o início do processo de colonização se deu a partir do século XVII, haja vista a implementação das fazendas de criar e o desenvolvimento da agricultura. De modo geral, nesses espaços se desenvolveu uma formação social baseada no trabalho livre e escravo. No período de 1720 a 1820, mais precisamente nas freguesias de Aracati e Russas, partes integrantes da ribeira do Jaguaribe no Ceará, o estudo sobre os registros paroquiais possibilitou perceber como essa realidade social foi construída e/ou reconstruída por diferentes agentes que viviam e frequentavam esses espaços sertanejos de fronteiras tênues e que marcavam múltiplas relações e conformações biológicas e culturais. A par das nupcialidades e natalidades entre os elementos sociais de naturalidades, qualidades e condições sociais múltiplas no que diz respeito à formação populacional e familiar, pude compreender que através da mobilidade geográfica, ao emaranhar-se pelos percursos dos rios, as pessoas foram se entrecruzando, se miscigenando biológica e culturalmente, formando proles e redes de sociabilidades expressas nas diferentes formas de constituírem família: legítimas (uniões sacramentadas pelo casamento cristão), endogâmicas (cônjuges escravos, independentemente de pertencerem ao mesmo senhor), exogâmicas (um cônjuge escravo e o outro forro ou livre) e mistas (compostas por casais de qualidades distintas: brancos, negros, mulatos, pardos, etc.). Em razão disso, o estudo pauta-se em dinâmicas de mestiçagens biológicas e culturais envolvendo europeus, africanos, nativos e nascidos na colônia
publishDate 2016
dc.date.issued.fl_str_mv 2016-04-29
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-14T17:18:36Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-14T17:18:36Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AHJLAS
url http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AHJLAS
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AHJLAS/1/tese_elisgard_nia_de_oliveira_chaves.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AHJLAS/2/tese_elisgard_nia_de_oliveira_chaves.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 3d0a028c0a58540ee726035d2e2ce744
c88d4a9fc8480ae273bcfde4382821ac
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589521043881984