Avaliação do efeito enteroprotetor do extrato de Fridericia chica (Bonpl.) L.G.Lohmann na mucosite induzida pela associação de 5-Fluorouracil e Irinotecano
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/FARB-BCDHTQ |
Resumo: | Mucosite é a inflamação da mucosa do trato gastrointestinal originada como um efeito adverso do tratamento quimioterápico, podendo afetar de 40-100% dos pacientes sob tratamento de câncer. Essa condição leva a lesões dolorosas, restrição alimentar, pausas ou até mesmo suspenção do tratamento, impactando diretamente no controle tumoral e na qualidade de vida do paciente. Atualmente não existem tratamentos profiláticos ou curativos em uso na prática clínica, o que torna extremamente relevante o desenvolvimento de modelos animais para estudo da mucosite. Na medicina tradicional, é relatado o uso da espécie Fridericia chica (Bonpl.) L.G.Lohmann, que já possui comprovada atividade anti-inflamatória in vitro e in vivo, para o tratamento de cólicas intestinais e diarreia sanguinolenta, sintomas também da mucosite. Nesse contexto, o objetivo desse trabalho foi investigar os possíveis efeitos benéficos do extrato hidroetanólico das folhas de F. chica, no epitélio intestinal de animais com mucosite, induzida pela associação dos quimioterápicos 5-fluorouracil (5-FU) e irinotecano. O modelo de mucosite foi desenvolvido em camundongos BALB/c machos, 8 semanas, que receberam 34 mg/kg de 5-FU e 41 mg/kg de irinotecano por via intraperitoneal, durante os quatro primeiros dias do protocolo experimental. Adicionalmente, os animais receberam uma dose de 30 mg/kg do extrato de F. chica, por gavagem, concomitantemente com os quimioterápicos, prolongando-se até o último dia o protocolo (7º dia). Os resultados não mostraram diferenças estatisticamente significativas para a evolução ponderal, consumo alimentar, níveis de permeabilidade intestinal e translocação bacteriana entre os grupos MUC e F. chica + MUC (exceto NLM) (p>0,05). Além disso, parâmetros como produção de citocinas, infiltrado inflamatório (MPO e EPO), não apresentaram alterações significativas entre os grupos estudados. O extrato foi capaz de exercer um efeito parcial enteroprotetor sobre o epitélio dos animais, reduzindo os escores de diarreia, a expressão de ZO-1, a TB para os NLM e a imunoglobulina sIgA (p<0,05). Esses resultados sugerem que o extrato de Fridericia chica poderia contribuir como medida alternativa para atenuar os efeitos indesejáveis da mucosite, abrindo perspectivas para a realização de novos experimentos, visando o desenvolvimento futuro de um fitoterápico. |
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Simone Odilia Antunes FernandesValbert Nascimento CardosoDjenane Ramalho de OliveiraAna Maria Caetano de FariaRafaela Miranda Pessoa2019-08-12T13:52:46Z2019-08-12T13:52:46Z2019-02-22http://hdl.handle.net/1843/FARB-BCDHTQMucosite é a inflamação da mucosa do trato gastrointestinal originada como um efeito adverso do tratamento quimioterápico, podendo afetar de 40-100% dos pacientes sob tratamento de câncer. Essa condição leva a lesões dolorosas, restrição alimentar, pausas ou até mesmo suspenção do tratamento, impactando diretamente no controle tumoral e na qualidade de vida do paciente. Atualmente não existem tratamentos profiláticos ou curativos em uso na prática clínica, o que torna extremamente relevante o desenvolvimento de modelos animais para estudo da mucosite. Na medicina tradicional, é relatado o uso da espécie Fridericia chica (Bonpl.) L.G.Lohmann, que já possui comprovada atividade anti-inflamatória in vitro e in vivo, para o tratamento de cólicas intestinais e diarreia sanguinolenta, sintomas também da mucosite. Nesse contexto, o objetivo desse trabalho foi investigar os possíveis efeitos benéficos do extrato hidroetanólico das folhas de F. chica, no epitélio intestinal de animais com mucosite, induzida pela associação dos quimioterápicos 5-fluorouracil (5-FU) e irinotecano. O modelo de mucosite foi desenvolvido em camundongos BALB/c machos, 8 semanas, que receberam 34 mg/kg de 5-FU e 41 mg/kg de irinotecano por via intraperitoneal, durante os quatro primeiros dias do protocolo experimental. Adicionalmente, os animais receberam uma dose de 30 mg/kg do extrato de F. chica, por gavagem, concomitantemente com os quimioterápicos, prolongando-se até o último dia o protocolo (7º dia). Os resultados não mostraram diferenças estatisticamente significativas para a evolução ponderal, consumo alimentar, níveis de permeabilidade intestinal e translocação bacteriana entre os grupos MUC e F. chica + MUC (exceto NLM) (p>0,05). Além disso, parâmetros como produção de citocinas, infiltrado inflamatório (MPO e EPO), não apresentaram alterações significativas entre os grupos estudados. O extrato foi capaz de exercer um efeito parcial enteroprotetor sobre o epitélio dos animais, reduzindo os escores de diarreia, a expressão de ZO-1, a TB para os NLM e a imunoglobulina sIgA (p<0,05). Esses resultados sugerem que o extrato de Fridericia chica poderia contribuir como medida alternativa para atenuar os efeitos indesejáveis da mucosite, abrindo perspectivas para a realização de novos experimentos, visando o desenvolvimento futuro de um fitoterápico.Mucositis is an inflammation of the gastrointestinal tract originated as an adverse effect of chemotherapy treatment and may affect 40-100% of patients under treatment of cancer. This condition leads to painful lesions, food intake restriction, breaks or even treatment suspension, impacting directly on the tumor control and patients quality of life. There are currently no prophylactic or curative treatments in use in clinical practice, which makes it extremely relevant the development of animal models to study the mucositis. In traditional medicine, is reported the use of the species Fridericia chica (Bonpl.) L.G.Lohmann, which already has proven anti-inflammatory activity in vitro and in vivo, for the treatment of intestinal cramps and bloody diarrhea, also symptoms of mucositis. In this context, the objective of this work was to investigate the possible beneficial effects of F. chica extract in the intestinal epithelium of animals with mucositis induced by 5-FU and irinotecan association. The model was developed in BALB/c mice, male, 8 weeks old, who received 34 mg/kg of 5-FU and 41 mg/kg intraperitoneal irinotecan, during the first four days of the experimental protocol. Additionally, the animals were given a dose of 30 mg/kg of F. chica extract orally along with the chemotherapy, extending until day 7 of the protocol. The results showed no difference in weight variation and food consumption, intestinal permeability levels and bacterial translocation (except for mesenteric lymphonodes) for MUC and F. chica + MUC groups (p>0,05). In addition, parameters such as production of cytokines, inflammatory infiltrate (MPO and EPO), showed no significant difference between the study groups. The extract was able to exert a partial protective effect on the epithelium of animals, reducing scores of diarrhea, the expression of ZO-1, bacterial translocation for MLN and levels of sIgA (p0.05). These results suggest that the F. chica extract could contribute as an alternative for de undesirable effects of mucositis, opening perspectives for further experimentation aiming at the future development of an herbal medicines.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGCâncer QuimioterapiaMucosite intestinalInflamaçãoSistema gastrointestinalQuimioterapiaMucosite gastrointestinalCâncerInflamaçãoAvaliação do efeito enteroprotetor do extrato de Fridericia chica (Bonpl.) L.G.Lohmann na mucosite induzida pela associação de 5-Fluorouracil e Irinotecanoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o___rafaela_miranda_pessoa.pdfapplication/pdf3093074https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/FARB-BCDHTQ/1/disserta__o___rafaela_miranda_pessoa.pdf788de0bbde1ecd2e712fbe4bd58c4b89MD51TEXTdisserta__o___rafaela_miranda_pessoa.pdf.txtdisserta__o___rafaela_miranda_pessoa.pdf.txtExtracted texttext/plain191666https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/FARB-BCDHTQ/2/disserta__o___rafaela_miranda_pessoa.pdf.txt7507c73ee4ca1afc7ef9861086113eb6MD521843/FARB-BCDHTQ2019-11-14 18:03:57.417oai:repositorio.ufmg.br:1843/FARB-BCDHTQRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T21:03:57Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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Mucosite é a inflamação da mucosa do trato gastrointestinal originada como um efeito adverso do tratamento quimioterápico, podendo afetar de 40-100% dos pacientes sob tratamento de câncer. Essa condição leva a lesões dolorosas, restrição alimentar, pausas ou até mesmo suspenção do tratamento, impactando diretamente no controle tumoral e na qualidade de vida do paciente. Atualmente não existem tratamentos profiláticos ou curativos em uso na prática clínica, o que torna extremamente relevante o desenvolvimento de modelos animais para estudo da mucosite. Na medicina tradicional, é relatado o uso da espécie Fridericia chica (Bonpl.) L.G.Lohmann, que já possui comprovada atividade anti-inflamatória in vitro e in vivo, para o tratamento de cólicas intestinais e diarreia sanguinolenta, sintomas também da mucosite. Nesse contexto, o objetivo desse trabalho foi investigar os possíveis efeitos benéficos do extrato hidroetanólico das folhas de F. chica, no epitélio intestinal de animais com mucosite, induzida pela associação dos quimioterápicos 5-fluorouracil (5-FU) e irinotecano. O modelo de mucosite foi desenvolvido em camundongos BALB/c machos, 8 semanas, que receberam 34 mg/kg de 5-FU e 41 mg/kg de irinotecano por via intraperitoneal, durante os quatro primeiros dias do protocolo experimental. Adicionalmente, os animais receberam uma dose de 30 mg/kg do extrato de F. chica, por gavagem, concomitantemente com os quimioterápicos, prolongando-se até o último dia o protocolo (7º dia). Os resultados não mostraram diferenças estatisticamente significativas para a evolução ponderal, consumo alimentar, níveis de permeabilidade intestinal e translocação bacteriana entre os grupos MUC e F. chica + MUC (exceto NLM) (p>0,05). Além disso, parâmetros como produção de citocinas, infiltrado inflamatório (MPO e EPO), não apresentaram alterações significativas entre os grupos estudados. O extrato foi capaz de exercer um efeito parcial enteroprotetor sobre o epitélio dos animais, reduzindo os escores de diarreia, a expressão de ZO-1, a TB para os NLM e a imunoglobulina sIgA (p<0,05). Esses resultados sugerem que o extrato de Fridericia chica poderia contribuir como medida alternativa para atenuar os efeitos indesejáveis da mucosite, abrindo perspectivas para a realização de novos experimentos, visando o desenvolvimento futuro de um fitoterápico. |
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