"Nas fronteiras entre o morar e o direito de decidir: uma etnografia sobre as famílias removidas do Anel Rodoviário de Belo Horizonte"

• Autor(a) principal: Luana Carola dos Santos
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AU3MYU
• topic: Remoção; Moradia; Psicologia social; Resistência; Política urbana Belo Horizonte (MG); Ocupação Vila da Paz; Psicologia social; Etnologia; Habilitação Belo Horizonte (MG); Psicologia

O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma pesquisa de doutorado que investigou um dos grandes empreendimentos urbanos presentes no contexto da cidade de Belo Horizonte, que é a duplicação do anel rodoviário. Trata-se de um estudo etnográfico das famílias em processo de remoção do Anel Rodoviário de Belo Horizonte. O objetivo central da pesquisa é compreender como os moradores, que estão na situação de remoção, vivenciam esse processo e como se relacionam com o lugar em que vivem nos aspectos simbólicos, políticos, comunitários e cidadãos. Outros objetivos da pesquisa são: Verificar como a Psicologia Social tem se aproximado e contribuído para os estudos do tema Moradia e participação social; Analisar os processos participativos dos moradores quando o problema é remoção e reassentamentos de pessoas. Esse trabalho justifica-se pelo fato de termos poucos estudos sobre a história da moradia na Psicologia Latino Americana e também na cidade de Belo Horizonte. Sendo assim, a cidade, precisa se tornar um assunto importante no escopo das Políticas Públicas, da Psicologia Social e dos debates cotidianos. A dinâmica das cidades nos revela uma série de eventos psicopolíticos e sociais, como: constante violação de direitos, violências, desocupações, criminalização das ocupações. E são esses dilemas que esse projeto buscou pesquisar. Para isso, compreendemos a cidade como um dispositivo que mantém uma série de hierarquias e preconceito sociais, por isso essa pesquisa se justifica, pela necessidade não só de pensarmos a cidade como objeto daqueles que circulam nela, mas como produtora de sujeitos e de formas de pensar e viver. A cidade, assim se apresenta como um tema potente nos debates cotidianos, e nos debates da psicologia social.