Qualidade das silagens de sorgo reensiladas com e sem inoculante microbiano

• Autor(a) principal: Pedro Henrique Fulgêncio Michel
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AC9MTU
• topic: Estabilidade aeróbia; Leveduras; Propionibacterium acidipropionici; Fungos; Zootecnia

A ensilagem é o principal método de conservação de forrageiras utilizado no Brasil. Dentre as plantas utilizadas, o sorgo se destaca por apresentar maior tolerância ao déficit hídrico, alta produtividade de forragem e possibilidade de utilização da rebrota. Quando se trata de silagens, a entrada de oxigênio no silo após a abertura é prejudicial, pois favorece o crescimento de leveduras e fungos. Esses microrganismos degradam os carboidratos solúveis e o ácido lático com produção de calor e aumento de pH. A fim de melhorar o processo fermentativo e evitar a degradação aeróbia, vários inoculantes têm sido utilizados. No entanto, trabalhos com esses produtos em silagens que foram reensiladas ainda são escassos. Objetivou-se determinar o efeito da reensilagem e do uso de inoculante microbiano na qualidade de silagens de sorgo. O híbrido de sorgo BRS 655 foi colhido e ensilado com adicão ou não do inoculante contendo Lactobacillus plantarum e Propionibacterium acidipropionici no momento da ensilagem. Após 56 dias da ensilagem o tratamento reensilagem foi imposto de forma que o material foi desensilado e reensilado após 24 horas de exposição ao ar. As perdas por gases, efluentes e as totais de matéria seca não foram alteradas pelo inoculante. Resultados semelhantes foram obtidos para as perdas por gases e total de matéria seca em função da reensilagem. Já a perda por efluentes foi significativamente maior nas silagens reensiladas. Os parâmetros de qualidade da silagem e a composição bromatológica não foram alterados pelo inoculante e pela reensilagem. A digestibilidade in vitro da matéria seca não foi favorecida pelo inoculante, porém foi maior para as silagens que não foram reensiladas. A contagem de microrganismos na abertura dos silos não sofreu alteração pelo uso do inoculante e da reensilagem. A estabilidade aeróbia não alterou em função do uso do inoculante, no entanto, as silagens reensiladas ficaram estáveis por maior tempo. O número de microrganismos na perda da estabilidade aeróbia não foi influenciado pela utilização do inoculante e da reensilagem. A reensilagem de sorgo após 24 horas de exposição ao ar não alterou a qualidade da silagem. Porém, promoveu maior perda por efluentes e menor digestibilidade in vitro da matéria seca. A utilização do inoculante não melhorou a qualidade de silagem de sorgo.