Aspectos histológicos, bioquímicos e imunológicos da infecção experimental por Leishmania (Leishmania) major no modelo de implante de parafina em camundongos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vanessa Martins Ferreira
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-7NAHFE
Resumo: O modelo de implante de parafina associado à infecção por L. major, no tecido subcutâneo de camundongos C57BL/6, é capaz de induzir um quadro de inflamação crônica com intensificação do parasitismo. O objetivo desse trabalho foi o de investigar se há mudanças do perfil imunológico (de Th1 para Th2) nesses animais. Camundongos das linhagens BALB/c e C57BL/6 foram divididos em três grupos distintos (n=5/grupo), sendo que o primeiro grupo (L+P) recebeu o implante deparafina no subcutâneo associado à infecção experimental por L. major; o segundo grupo (P) recebeu apenas o implante de parafina e o terceiro grupo (L) recebeu apenas o inóculo de L. major. Amostras de pele e cápsula inflamatória foram obtidas após 07, 21 e 30 dias. No grupo L+P, após 07 dias, os fragmentos de pele de todos os animais apresentaram uma discreta reação inflamatória crônica e difusa, com formação de tecido de granulação adjacente (cápsula inflamatória). Após 21 dias,houve intensificação dessa inflamação bem como do parasitismo. Os grupos L e P mostraram reações inflamatórias cutâneas qualitativamente semelhantes, mas com menor intensidade. O aumento da detecção de N-acetil--D-glucosaminidase (NAG) aos 21 dias pós-infecção na cápsula inflamatória não foi associada a uma queda doparasitismo. O aumento da expressão da citocina IL-10 nas cápsulas e peles de animais C57BL/6, no grupo L+P, coincidiu com o pico do parasitismo tecidual, apesar da alta expressão de IFN-g. Assim, células T reguladoras (Treg) podem ser a fonte de IL-10, devido a grande expressão de quimiocina CXCL9 na cápsula inflamatória desses animais. A maior expressão da quimiocina CCL3 (MIP-1a) em relação a CCL2 (MCP-1) poderia estar associado ao pico de parasitismo observado nesse intervalo de tempo. Concluímos que não houve alteração do perfil imunológico de Th1 para Th2, nos animais C57BL/6 que apresentaram quadro histológico semelhante ao de animais BALB/c.
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No grupo L+P, após 07 dias, os fragmentos de pele de todos os animais apresentaram uma discreta reação inflamatória crônica e difusa, com formação de tecido de granulação adjacente (cápsula inflamatória). Após 21 dias,houve intensificação dessa inflamação bem como do parasitismo. Os grupos L e P mostraram reações inflamatórias cutâneas qualitativamente semelhantes, mas com menor intensidade. O aumento da detecção de N-acetil--D-glucosaminidase (NAG) aos 21 dias pós-infecção na cápsula inflamatória não foi associada a uma queda doparasitismo. O aumento da expressão da citocina IL-10 nas cápsulas e peles de animais C57BL/6, no grupo L+P, coincidiu com o pico do parasitismo tecidual, apesar da alta expressão de IFN-g. Assim, células T reguladoras (Treg) podem ser a fonte de IL-10, devido a grande expressão de quimiocina CXCL9 na cápsula inflamatória desses animais. A maior expressão da quimiocina CCL3 (MIP-1a) em relação a CCL2 (MCP-1) poderia estar associado ao pico de parasitismo observado nesse intervalo de tempo. Concluímos que não houve alteração do perfil imunológico de Th1 para Th2, nos animais C57BL/6 que apresentaram quadro histológico semelhante ao de animais BALB/c.The paraffin-tablets implantation associated to an experimental L. major infection, in the subcutaneous tissue of C57BL/6 mice, is able to produce a chronic inflammatory reaction associate to an increment of the parasitism. The aim of this work was to investigate possible modifications in the immune response (Th1 towards to Th2 response) in C57BL/6 mice. BALB/c and C57BL/6 mice were divided in three groups(n=5 in each group). The first one (L+P) received the paraffin-tablets implantation associated to an experimental infection with L. major; the second group (P) received only the implantation and the group 3 (L) received only the parasites. Fragments of dorsal skin tissue and inflammatory capsule were obtained after 07, 21 and 30 days post-infection. In the L+P group, 07 days post-infection, the skin fragments showed a diffuse chronic inflammatory reaction with granulomatous tissue formation (inflammatory capsule). After 21 days, the chronic inflammatory response and the parasite tissue load were higher than 07 days. The groups L and P showed the same histological picture, but the intensity was lower intense than observed in the groupL+P. The N-acetil--D-glucosaminidase (NAG) enzyme activity was higher in 21 days in the inflammatory capsule obtained from C57BL/6 mice, but it was not directly related to a lower parasite load. In despite of IFN-gamma production, a higher IL-10 expression was detected at the same time of the parasite load pick (21 days) in both skin and inflammatory capsule of C57BL/6 animals (L+P group). Thus, regulatory T lymphocytes might be a candidate for IL-10 production, because higher levels of the CXCL9 chemokine expression were detected in inflammatory capsule of these animals. The expression levels of CCL3 (MIP-1a) was higher than CCL2 (MCP-1) ant it is could be indicating a strict correlation to the parasite load pick observed at 21 days. We have concluded that C57BL/6 Th1 immune response did not toward to theTh2 response, besides C57BL/6 animals presented the same histological picture of the BALB/c animals.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGParafina/efeitos adversosInfecçãoExperimentação animalCamundongosLeishmania majorPatologiaAspectos histológicos, bioquímicos e imunológicos da infecção experimental por Leishmania (Leishmania) major no modelo de implante de parafina em camundongosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALvanessa_martins_ferreira.pdfapplication/pdf1884912https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-7NAHFE/1/vanessa_martins_ferreira.pdf6c7fb7c4402fda0f8698f1e4632ef60aMD51TEXTvanessa_martins_ferreira.pdf.txtvanessa_martins_ferreira.pdf.txtExtracted texttext/plain102561https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-7NAHFE/2/vanessa_martins_ferreira.pdf.txte38fdc8ae7017f9d83a3678e03f39de8MD521843/ECJS-7NAHFE2019-11-14 10:29:49.217oai:repositorio.ufmg.br:1843/ECJS-7NAHFERepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T13:29:49Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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